Em três anos, PS deixou por executar cerca de 2.000 milhões de euros de despesa orçamentada. Nos quatro anos da anterior legislatura, Passos Coelho deixou cativados 1.950 milhões de euros.
Em três anos, o atual Governo deixou por executar cerca 2.000 milhões de euros de verbas inscritas nos Orçamentos do Estado entre 2016 e 2018, de acordo com verbas do Ministério das Finanças e outros organismos, citados pelo Diário de Notícias. Esse valor — que permitiu alcançar um dos défices mais baixos da história do país — supera o total de cativações que PSD e CDS fizeram durante os anos em que estiveram no Governo, sendo que, durante a maior parte desse período, Portugal esteve sob assistência financeira externa e sujeito a apertadas regras orçamentais.
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O primeiro ano sob gestão orçamental do atual Governo foi aquele em que as chamadas cativações mais contribuíram para a redução do défice, desde que António Costa tomou posse. Só em 2016, o executivo socialista reteve 1733 milhões de euros. Mas, como existe sempre uma diferença entre as cativações iniciais e a verba que acaba por ficar efetivamente retida pelas Finanças, desse bolo, ficariam por gastar 943 milhões.
No ano seguinte, e depois de um congelamento “muito acima do normal”, nas palavras da presidente do Conselho de Finanças Públicas, o Governo começou por calcular um nível de cativações superior ao de 2016, fixando essa verba nos 1885 milhões de euros. No entanto, durante a execução orçamental acabariam por ficar retidos apenas 563 milhões de euros.
No penúltimo ano da legislatura, o ministério de Mário Centeno apontou a uma cativação global na ordem dos 1505 milhões de euros. O ano chegaria ao fim com cativações efetivas “muitos próximas dos 500 milhões de euros”, de acordo com o próprio ministério.
Tudo somado, e sem que as contas de 2019 estejam fechadas, os socialistas deixaram por executar os tais 2000 milhões de euros. A um ano do final da legislatura, o valor cativado pelo PS supera as verbas cativadas por PSD e CDS durante toda a anterior legislatura: Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque deixaram por executar cerca de 1950 milhões de euros.
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A consequência da gestão orçamental feita pela equipa de Mário Centeno em merecido críticas dos partidos da oposição e até de PCP e de Bloco de Esquerda. No caso dos partidos que apoiam o Governo no Parlamento, a crítica tem-se centrado na forma como o Governo dedica esforços a controlar o défice como forma de mostrar a Bruxelas o seu compromisso com o rigor nas contas públicas.
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Em três anos, PS deixou por executar cerca de 2.000 milhões de euros de despesa orçamentada. Nos quatro anos da anterior legislatura, Passos Coelho deixou cativados 1.950 milhões de euros.
Em três anos, o atual Governo deixou por executar cerca 2.000 milhões de euros de verbas inscritas nos Orçamentos do Estado entre 2016 e 2018, de acordo com verbas do Ministério das Finanças e outros organismos, citados pelo Diário de Notícias. Esse valor — que permitiu alcançar um dos défices mais baixos da história do país — supera o total de cativações que PSD e CDS fizeram durante os anos em que estiveram no Governo, sendo que, durante a maior parte desse período, Portugal esteve sob assistência financeira externa e sujeito a apertadas regras orçamentais.
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O primeiro ano sob gestão orçamental do atual Governo foi aquele em que as chamadas cativações mais contribuíram para a redução do défice, desde que António Costa tomou posse. Só em 2016, o executivo socialista reteve 1733 milhões de euros. Mas, como existe sempre uma diferença entre as cativações iniciais e a verba que acaba por ficar efetivamente retida pelas Finanças, desse bolo, ficariam por gastar 943 milhões.
No ano seguinte, e depois de um congelamento “muito acima do normal”, nas palavras da presidente do Conselho de Finanças Públicas, o Governo começou por calcular um nível de cativações superior ao de 2016, fixando essa verba nos 1885 milhões de euros. No entanto, durante a execução orçamental acabariam por ficar retidos apenas 563 milhões de euros.
No penúltimo ano da legislatura, o ministério de Mário Centeno apontou a uma cativação global na ordem dos 1505 milhões de euros. O ano chegaria ao fim com cativações efetivas “muitos próximas dos 500 milhões de euros”, de acordo com o próprio ministério.
Tudo somado, e sem que as contas de 2019 estejam fechadas, os socialistas deixaram por executar os tais 2000 milhões de euros. A um ano do final da legislatura, o valor cativado pelo PS supera as verbas cativadas por PSD e CDS durante toda a anterior legislatura: Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque deixaram por executar cerca de 1950 milhões de euros.
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A consequência da gestão orçamental feita pela equipa de Mário Centeno em merecido críticas dos partidos da oposição e até de PCP e de Bloco de Esquerda. No caso dos partidos que apoiam o Governo no Parlamento, a crítica tem-se centrado na forma como o Governo dedica esforços a controlar o défice como forma de mostrar a Bruxelas o seu compromisso com o rigor nas contas públicas.