PSD rejeita Assunção, espera por Pedro, pensa em Zé Eduardo e tem na manga um Jorge e uma Maria

10-10-2017
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Assunção Cristas não conta com o apoio do PSD na sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa (CML), e o facto de não ter procurado previamente esse apoio – apenas tratou de informar Pedro Passos Coelho imediatamente antes do anúncio público – é o sintoma mais claro de que os dois ex-parceiros estão cada um por sua conta na disputa da capital. E Cristas bem pode não contar com o PSD, pois o que o PSD-Lisboa tem para lhe dizer é que nunca a apoiaria. “O apoio do PSD a Assunção Cristas é uma não-questão”, garante ao Expresso Mauro Xavier, o líder da concelhia de Lisboa dos sociais-democratas, reafirmando uma predisposição que já era pública desde que se começou a falar da eventual candidatura da presidente do CDS.

O responsável pelo PSD da capital puxa pela memória para lembrar que sempre rejeitou apoiar uma coligação liderada pelo CDS e desvaloriza o anúncio de Cristas, do qual só retira a vantagem dessa questão ter ficado clarificada. Mas, quando ouve Marques Mendes falar em “xeque-mate ao PSD”, que deixa o partido de Passos Coelho “numa situação muito difícil”, Mauro Xavier não podia estar mais em desacordo. No seu comentário dominical na SIC, o antigo líder do PSD resumiu a situação do seu partido em Lisboa como uma escolha entre a espada e a parede. Apoiar Cristas, diz Mendes, seria “suicídio”; “se não apoiar Cristas, dificilmente o PSD consegue ter um candidato vitorioso”, pois “sem coligação é muito difícil ganhar a Câmara de Lisboa”.

“Discordo totalmente”, diz o presidente da concelhia. E lembra os exemplos do passado: quando Paulo Portas se candidatou à CML, Pedro Santana Lopes conseguiu a sua primeira eleição como presidente; depois, quando o CDS avançou com outra cartada forte – Maria José Nogueira Pinto –, o PSD voltou a triunfar. “Nesses dois momentos, contra apostas fortes do CDS, o PSD teve as suas maiores vitórias”, recorda Mauro Xavier. Mais: em ambos os casos, o anúncio do candidato do PSD foi “poucos meses antes das eleições”, o que dá força à tese de que “não faz sentido estar a lançar um candidato a um ano de distância” das autárquicas.

Para o dirigente concelhio, “se o PSD tiver um candidato mobilizador, o facto de não ir coligado com o CDS até é bom, porque isso permite segurar o voto de protesto à direita”.

A questão é quem será esse “candidato mobilizador” – mas, sobre isso, Mauro Xavier não fala.

Para já, só há candidatos a candidatos. Pedro Santana Lopes ainda não tomou uma decisão e o partido continua à sua espera - apesar dos calendários permitirem apresentar candidatos até março, o PSD conta que até ao final de outubro Santana diga se troca ou não a Santa Casa por uma recandidatura autárquica.

Santana é o único denominador comum numa decisão que, por ser a capital do país, envolve a concelhia, a distrital e a direção nacional do partido. Sem Santana, cada um puxa para o seu lado.

Conforme o Expresso noticiou, a concelhia já sondou o ex-deputado José Eduardo Martins para o caso da aposta em Santana falhar - este crítico de Passos Coelho não fechou a porta, mas o deslizar do calendário torna cada vez mais improvável que aceite. Para além de que é o nome que menos agrada a Passos Coelho.

Por outro lado, há dois nomes da direção nacional que podem ir a jogo: os vice-presidentes Jorge Moreira da Silva – que, questionado sobre essa hipótese, não a pôs de parte – e Maria Luís Albuquerque, nome lançado por Marques Mendes na sua tribuna televisiva.

Certo, certo, é que depois de Assunção Cristas ter dado sozinha o tiro de partida, na direção do PSD a palavra de ordem é que seria “impensável” não ir a jogo na principal cidade do país.

Quanto a calendários, não há pressa. “Fevereiro era um bom timing”, diz o líder da concelhia – nem na primeira nem na última leva de candidatos. “Keep cool”, tem sido a frase mais repetida por estes dias – uma frase que Santana Lopes foi o primeiro a puxar para este contexto.

Assunção Cristas não conta com o apoio do PSD na sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa (CML), e o facto de não ter procurado previamente esse apoio – apenas tratou de informar Pedro Passos Coelho imediatamente antes do anúncio público – é o sintoma mais claro de que os dois ex-parceiros estão cada um por sua conta na disputa da capital. E Cristas bem pode não contar com o PSD, pois o que o PSD-Lisboa tem para lhe dizer é que nunca a apoiaria. “O apoio do PSD a Assunção Cristas é uma não-questão”, garante ao Expresso Mauro Xavier, o líder da concelhia de Lisboa dos sociais-democratas, reafirmando uma predisposição que já era pública desde que se começou a falar da eventual candidatura da presidente do CDS.

O responsável pelo PSD da capital puxa pela memória para lembrar que sempre rejeitou apoiar uma coligação liderada pelo CDS e desvaloriza o anúncio de Cristas, do qual só retira a vantagem dessa questão ter ficado clarificada. Mas, quando ouve Marques Mendes falar em “xeque-mate ao PSD”, que deixa o partido de Passos Coelho “numa situação muito difícil”, Mauro Xavier não podia estar mais em desacordo. No seu comentário dominical na SIC, o antigo líder do PSD resumiu a situação do seu partido em Lisboa como uma escolha entre a espada e a parede. Apoiar Cristas, diz Mendes, seria “suicídio”; “se não apoiar Cristas, dificilmente o PSD consegue ter um candidato vitorioso”, pois “sem coligação é muito difícil ganhar a Câmara de Lisboa”.

“Discordo totalmente”, diz o presidente da concelhia. E lembra os exemplos do passado: quando Paulo Portas se candidatou à CML, Pedro Santana Lopes conseguiu a sua primeira eleição como presidente; depois, quando o CDS avançou com outra cartada forte – Maria José Nogueira Pinto –, o PSD voltou a triunfar. “Nesses dois momentos, contra apostas fortes do CDS, o PSD teve as suas maiores vitórias”, recorda Mauro Xavier. Mais: em ambos os casos, o anúncio do candidato do PSD foi “poucos meses antes das eleições”, o que dá força à tese de que “não faz sentido estar a lançar um candidato a um ano de distância” das autárquicas.

Para o dirigente concelhio, “se o PSD tiver um candidato mobilizador, o facto de não ir coligado com o CDS até é bom, porque isso permite segurar o voto de protesto à direita”.

A questão é quem será esse “candidato mobilizador” – mas, sobre isso, Mauro Xavier não fala.

Para já, só há candidatos a candidatos. Pedro Santana Lopes ainda não tomou uma decisão e o partido continua à sua espera - apesar dos calendários permitirem apresentar candidatos até março, o PSD conta que até ao final de outubro Santana diga se troca ou não a Santa Casa por uma recandidatura autárquica.

Santana é o único denominador comum numa decisão que, por ser a capital do país, envolve a concelhia, a distrital e a direção nacional do partido. Sem Santana, cada um puxa para o seu lado.

Conforme o Expresso noticiou, a concelhia já sondou o ex-deputado José Eduardo Martins para o caso da aposta em Santana falhar - este crítico de Passos Coelho não fechou a porta, mas o deslizar do calendário torna cada vez mais improvável que aceite. Para além de que é o nome que menos agrada a Passos Coelho.

Por outro lado, há dois nomes da direção nacional que podem ir a jogo: os vice-presidentes Jorge Moreira da Silva – que, questionado sobre essa hipótese, não a pôs de parte – e Maria Luís Albuquerque, nome lançado por Marques Mendes na sua tribuna televisiva.

Certo, certo, é que depois de Assunção Cristas ter dado sozinha o tiro de partida, na direção do PSD a palavra de ordem é que seria “impensável” não ir a jogo na principal cidade do país.

Quanto a calendários, não há pressa. “Fevereiro era um bom timing”, diz o líder da concelhia – nem na primeira nem na última leva de candidatos. “Keep cool”, tem sido a frase mais repetida por estes dias – uma frase que Santana Lopes foi o primeiro a puxar para este contexto.

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