Ladrões de Bicicletas: Défice (de curiosidade jornalística)

22-05-2019
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Sem margem de manobra, Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque reagiram com «satisfação» à fixação do défice de 2016 em 2,1% e à perspetiva de saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo.

Mas logo a seguir enveredam pela ladainha do costume. Passos Coelho defende que Portugal precisa de outras políticas para poder crescer, de «políticas mais amigas dos investidores e dos mercados», de «políticas que normalmente os partidos que apoiam o Governo não gostam». E que políticas são essas? Ele não disse. E nenhum jornalista, aparentemente, quis saber.

Maria Luís Albuquerque, por seu turno, assegura que o caminho seguido pelo Governo «para conseguir este resultado», assente em «medidas extraordinárias e irrepetíveis e numa contenção do investimento público», a continuar, «terá certamente consequências muito negativas para a economia portuguesa e para a prestação de serviços públicos de qualidade». Se o caminho seguido foi errado, qual seria, para a ex-ministra, o caminho certo? Ela não disse. E nenhum jornalista, aparentemente, lhe perguntou. Nenhum jornalista, aparentemente, quis saber.


Sem margem de manobra, Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque reagiram com «satisfação» à fixação do défice de 2016 em 2,1% e à perspetiva de saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo.

Mas logo a seguir enveredam pela ladainha do costume. Passos Coelho defende que Portugal precisa de outras políticas para poder crescer, de «políticas mais amigas dos investidores e dos mercados», de «políticas que normalmente os partidos que apoiam o Governo não gostam». E que políticas são essas? Ele não disse. E nenhum jornalista, aparentemente, quis saber.

Maria Luís Albuquerque, por seu turno, assegura que o caminho seguido pelo Governo «para conseguir este resultado», assente em «medidas extraordinárias e irrepetíveis e numa contenção do investimento público», a continuar, «terá certamente consequências muito negativas para a economia portuguesa e para a prestação de serviços públicos de qualidade». Se o caminho seguido foi errado, qual seria, para a ex-ministra, o caminho certo? Ela não disse. E nenhum jornalista, aparentemente, lhe perguntou. Nenhum jornalista, aparentemente, quis saber.

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