Marques Mendes: “O Governo assustou-se com as sondagens”

19-10-2019
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O Governo vai voltar à mesa de negociações com os enfermeiros, numa atitude que, para Luís Marques Mendes, significa um recuo face à posição de força mostrada quando as greves tiveram início. “Há uma ordem de cima para que se negoceie”, aponta o comentador político, referindo-se a outros braços de ferro que o Executivo enfrenta, nomeadamente com professores, juízes e com os privados na ADSE.

Para Marques Mendes, há uma explicação e três motivos para essa abertura negocial: “O Governo está assustado”. Com o quê? Com a greve de fome de um enfermeiro, que “até podia ter dado qualquer coisa pior”; com a reação dos funcionários públicos, “a base de apoio eleitoral do Governo”, a negociação entre a ADSE e os prestadores de saúde privados; e, sobretudo, “com a queda nas sondagens”. Para o comentador político, “as greves não matam, mas moem”, e o efeito dos protestos já se faz sentir na popularidade do Executivo.

Negociação para inglês ver?

Para o comentador, há uma dúvida que persiste perante a proximidade das rondas negociais, e que é a de saber se o Governo vai levar a negociação a sério. “É que temos o primeiro-ministro a fazer de polícia bom, a mandar negociar, e o ministro das Finanças a fazer de polícia mau, dizendo que não há dinheiro para fazer cedências”.

Marques Mendes crê que o resultado estará mais perto da segunda opção, a do polícia mau. “Mário Centeno quer fazer um brilharete lá para o fim de junho”, acredita. Isto porque “a economia está a cair”, o que diminui a possibilidade de fazer cedências — “talvez no caso dos enfermeiros se consiga alguma coisa” — e porque, afirma o comentador, Centeno “quer chegar ao fim do primeiro semestre deste ano, no fim de junho, com o défice a zero ou até com um superavit.” Para que tal aconteça, conclui, não há dinheiro para todos, enfermeiros, professores, magistrados e demais grupos profissionais.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, ao domingo, Luís Marques Mendes abordou ainda a “cimeira histórica” da igreja Católica, organizada pelo Papa Francisco, a moção de censura apresentada pela líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ao Governo de António Costa, a aproximação das eleições europeias e as estratégias dos partidos nacionais, os lucros dos bancos (nomeadamente BCP e BPI), e a crise na Venezuela, que conheceu este fim de semana novos desenvolvimentos e não parece ter fim à vista.

O Governo vai voltar à mesa de negociações com os enfermeiros, numa atitude que, para Luís Marques Mendes, significa um recuo face à posição de força mostrada quando as greves tiveram início. “Há uma ordem de cima para que se negoceie”, aponta o comentador político, referindo-se a outros braços de ferro que o Executivo enfrenta, nomeadamente com professores, juízes e com os privados na ADSE.

Para Marques Mendes, há uma explicação e três motivos para essa abertura negocial: “O Governo está assustado”. Com o quê? Com a greve de fome de um enfermeiro, que “até podia ter dado qualquer coisa pior”; com a reação dos funcionários públicos, “a base de apoio eleitoral do Governo”, a negociação entre a ADSE e os prestadores de saúde privados; e, sobretudo, “com a queda nas sondagens”. Para o comentador político, “as greves não matam, mas moem”, e o efeito dos protestos já se faz sentir na popularidade do Executivo.

Negociação para inglês ver?

Para o comentador, há uma dúvida que persiste perante a proximidade das rondas negociais, e que é a de saber se o Governo vai levar a negociação a sério. “É que temos o primeiro-ministro a fazer de polícia bom, a mandar negociar, e o ministro das Finanças a fazer de polícia mau, dizendo que não há dinheiro para fazer cedências”.

Marques Mendes crê que o resultado estará mais perto da segunda opção, a do polícia mau. “Mário Centeno quer fazer um brilharete lá para o fim de junho”, acredita. Isto porque “a economia está a cair”, o que diminui a possibilidade de fazer cedências — “talvez no caso dos enfermeiros se consiga alguma coisa” — e porque, afirma o comentador, Centeno “quer chegar ao fim do primeiro semestre deste ano, no fim de junho, com o défice a zero ou até com um superavit.” Para que tal aconteça, conclui, não há dinheiro para todos, enfermeiros, professores, magistrados e demais grupos profissionais.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, ao domingo, Luís Marques Mendes abordou ainda a “cimeira histórica” da igreja Católica, organizada pelo Papa Francisco, a moção de censura apresentada pela líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ao Governo de António Costa, a aproximação das eleições europeias e as estratégias dos partidos nacionais, os lucros dos bancos (nomeadamente BCP e BPI), e a crise na Venezuela, que conheceu este fim de semana novos desenvolvimentos e não parece ter fim à vista.

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