Maria Luís: “Por cá e em Bruxelas comenta-se que o Governo tenciona integrar o Novo Banco na CGD”

22-06-2016
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“Por cá e em Bruxelas comenta-se que o Governo tenciona integrar o Novo Banco na CGD. E há rumores de que uma recusa de Bruxelas poderia fazer cair o Executivo. A questão a colocar é saber porque estariam os portugueses dispostos agora a pagar para suportar a geringonça, depois da fraude eleitoral”, escreve Maria Luís Albuquerque, vice-presidente do PSD, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no “Jornal de Negócios” .

A ex-ministra das Finanças do Governo PSD/CDS introduz uma nova carta no baralho das possibilidades futuras para o Novo Banco que, até agora, não tinha vindo a público: a Caixa integrar o Novo Banco, sendo que o segundo deve mais de mil milhões de euros ao primeiro. “Não sabemos a verdade sobre este dossiê ‘integração’, mas normalmente não há fumo sem fogo…”, explica a social-democrata. De qualquer forma, antes que esta solução seja posta na mesa, Maria Luís Albuquerque deixa uma série de questões a que quer ter resposta.

“A confirmar-se, em que termos tal seria feito? O Novo Banco não é público, não pertence ao mesmo dono que a CGD. Seria comprado? A que preço? Seria nacionalizado? Com ou sem indemnização? Será que é intenção do Governo fazer recair o custo da resolução do BES sobre os contribuintes, quando a forma como o processo foi conduzido se destinou precisamente a protegê-los?”, questiona.

Para a ex-ministra das Finanças, seja qual for a resposta a estas questões, os dois bancos em conjunto ficariam com “uma posição de mercado excessiva”. “A menos que o plano de restruturação fosse de tal modo agressivo que resultasse, na prática, no desaparecimento do equivalente ao Novo Banco, ou perto disso”, escreve.

Maria Luís questiona ainda no mesmo texto de opinião a necessidade de injetar 4000 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos, não porque o PSD tenha ocultado a situação do banco do Estado, mas precisamente pelo PSD saber como é que estavam as contas da Caixa até novembro de 2015. “Queremos saber porque é pedido aos portugueses um esforço tão significativo para a recapitalização do banco público”, escreve.

Esta semana, o PSD avançou sozinho com uma comissão parlamentar de inquérito à CGD, depois de não obter o acordo dos restantes grupos parlamentares. Maria Luís Albuquerque defende, então, que as comissões de inquérito não servem apenas para fazer autópsias ao que correu mal: “Podem e devem servir para evitar o mal”.

“Por cá e em Bruxelas comenta-se que o Governo tenciona integrar o Novo Banco na CGD. E há rumores de que uma recusa de Bruxelas poderia fazer cair o Executivo. A questão a colocar é saber porque estariam os portugueses dispostos agora a pagar para suportar a geringonça, depois da fraude eleitoral”, escreve Maria Luís Albuquerque, vice-presidente do PSD, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no “Jornal de Negócios” .

A ex-ministra das Finanças do Governo PSD/CDS introduz uma nova carta no baralho das possibilidades futuras para o Novo Banco que, até agora, não tinha vindo a público: a Caixa integrar o Novo Banco, sendo que o segundo deve mais de mil milhões de euros ao primeiro. “Não sabemos a verdade sobre este dossiê ‘integração’, mas normalmente não há fumo sem fogo…”, explica a social-democrata. De qualquer forma, antes que esta solução seja posta na mesa, Maria Luís Albuquerque deixa uma série de questões a que quer ter resposta.

“A confirmar-se, em que termos tal seria feito? O Novo Banco não é público, não pertence ao mesmo dono que a CGD. Seria comprado? A que preço? Seria nacionalizado? Com ou sem indemnização? Será que é intenção do Governo fazer recair o custo da resolução do BES sobre os contribuintes, quando a forma como o processo foi conduzido se destinou precisamente a protegê-los?”, questiona.

Para a ex-ministra das Finanças, seja qual for a resposta a estas questões, os dois bancos em conjunto ficariam com “uma posição de mercado excessiva”. “A menos que o plano de restruturação fosse de tal modo agressivo que resultasse, na prática, no desaparecimento do equivalente ao Novo Banco, ou perto disso”, escreve.

Maria Luís questiona ainda no mesmo texto de opinião a necessidade de injetar 4000 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos, não porque o PSD tenha ocultado a situação do banco do Estado, mas precisamente pelo PSD saber como é que estavam as contas da Caixa até novembro de 2015. “Queremos saber porque é pedido aos portugueses um esforço tão significativo para a recapitalização do banco público”, escreve.

Esta semana, o PSD avançou sozinho com uma comissão parlamentar de inquérito à CGD, depois de não obter o acordo dos restantes grupos parlamentares. Maria Luís Albuquerque defende, então, que as comissões de inquérito não servem apenas para fazer autópsias ao que correu mal: “Podem e devem servir para evitar o mal”.

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