Maria Luís questiona atraso do processo de venda do Novo Banco

18-05-2017
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A ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, está a ser ouvida na comissão de orçamento e finanças no Parlamento sobre o caso do BES. "Lamento que o Novo Banco que não tenha sido vendido em 2015", afirmou

A ex-ministra das Finanças defende que o Governo deverá esclarecer se a proposta escolhida para a venda do Novo Banco "foi a melhor" e questiona por que razão o processo "está atrasado", considerando que isso poderá "ser sinal de um problema". Maria Luís Albuquerque está a ser ouvida esta terça-feira na comissão de orçamento no Parlamento, sobre a situação do Banco Espírito Santo (BES)/Novo Banco.

Maria Luís defende ser necessário perceber que outras propostas existiam, por que razão foi escolhida esta e se era a melhor . "Isto terá de ser esclarecido", afirmou, questionando o que explica que "uma cláusula tão fundamental como o envolvimento voluntário dos obrigacionistas esteja ainda tão atrasada". "Atendendo a que isso é determinante para a conclusão do processo, deveria ter sido uma prioridade absoluta de quem está a vender o banco."

"Receio que esse atraso possa ser sinal de um problema que não venha a ser resolvido", realçou, pedindo "esclarecimentos cabais" para que se saiba "o que se está a passar no processo, por que é que não está mais avançado e por que é que há várias entidades que afirmam que tinham proposta melhor e não foram consideradas".

A audição da ex-ministra das Finanças foi pedida a propósito da resolução do BES. "À data, uma não-resolução teria tido como consequência a liquidação ou a nacionalização", afirmou Maria Luís, sublinhando que a nacionalização "era uma solução que dependeria do Governo" e que "não seria uma boa solução". Por outro lado, refere que a liquidação teria "consequências sérias". "Lamento que o Novo Banco que não tenha sido vendido em 2015", disse Maria Luís Albuquerque.

"Continuo a defender que a nacionalização [do BES] era uma má opção", reforça a ex-ministra, depois da pergunta do deputado comunista Miguel Tiago sobre se a nacionalização ão teria sido a melhor solução.

Também Mariana Mortágua, deputada do BE, deixou críticas ao processo de resolução. "Não há nenhuma forma milagrosa para lidar com bancos que vão à falência. O problema está na ficção que ajudou a criar, em como esta era uma solução milagrosa e que não teria custos para os contribuintes." À intervenção da deputada bloquista, Maria Luís reforça. "Eu disse e mantenho que não tinha custos para os contribuintes."

Em particular sobre a venda, a ex-ministra considera "negativa" a decisão de manter uma parte do capital. O que ficou acertado no final de março, na venda do Novo Banco, é que o fundo americano Lone Star ficará com 75% do banco e o Fundo de Resolução com os restantes 25%.

A ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, está a ser ouvida na comissão de orçamento e finanças no Parlamento sobre o caso do BES. "Lamento que o Novo Banco que não tenha sido vendido em 2015", afirmou

A ex-ministra das Finanças defende que o Governo deverá esclarecer se a proposta escolhida para a venda do Novo Banco "foi a melhor" e questiona por que razão o processo "está atrasado", considerando que isso poderá "ser sinal de um problema". Maria Luís Albuquerque está a ser ouvida esta terça-feira na comissão de orçamento no Parlamento, sobre a situação do Banco Espírito Santo (BES)/Novo Banco.

Maria Luís defende ser necessário perceber que outras propostas existiam, por que razão foi escolhida esta e se era a melhor . "Isto terá de ser esclarecido", afirmou, questionando o que explica que "uma cláusula tão fundamental como o envolvimento voluntário dos obrigacionistas esteja ainda tão atrasada". "Atendendo a que isso é determinante para a conclusão do processo, deveria ter sido uma prioridade absoluta de quem está a vender o banco."

"Receio que esse atraso possa ser sinal de um problema que não venha a ser resolvido", realçou, pedindo "esclarecimentos cabais" para que se saiba "o que se está a passar no processo, por que é que não está mais avançado e por que é que há várias entidades que afirmam que tinham proposta melhor e não foram consideradas".

A audição da ex-ministra das Finanças foi pedida a propósito da resolução do BES. "À data, uma não-resolução teria tido como consequência a liquidação ou a nacionalização", afirmou Maria Luís, sublinhando que a nacionalização "era uma solução que dependeria do Governo" e que "não seria uma boa solução". Por outro lado, refere que a liquidação teria "consequências sérias". "Lamento que o Novo Banco que não tenha sido vendido em 2015", disse Maria Luís Albuquerque.

"Continuo a defender que a nacionalização [do BES] era uma má opção", reforça a ex-ministra, depois da pergunta do deputado comunista Miguel Tiago sobre se a nacionalização ão teria sido a melhor solução.

Também Mariana Mortágua, deputada do BE, deixou críticas ao processo de resolução. "Não há nenhuma forma milagrosa para lidar com bancos que vão à falência. O problema está na ficção que ajudou a criar, em como esta era uma solução milagrosa e que não teria custos para os contribuintes." À intervenção da deputada bloquista, Maria Luís reforça. "Eu disse e mantenho que não tinha custos para os contribuintes."

Em particular sobre a venda, a ex-ministra considera "negativa" a decisão de manter uma parte do capital. O que ficou acertado no final de março, na venda do Novo Banco, é que o fundo americano Lone Star ficará com 75% do banco e o Fundo de Resolução com os restantes 25%.

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