Bloco de Esquerda quer ouvir Sócrates e Vara na Comissão de Inquérito à CGD

28-02-2019
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A consultora EY, autora da auditoria aos atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos entre 2000 e 2015, vai ser a primeira entidade a ser ouvida na II Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à CGD, a 12 de março. Os deputados chegaram a consenso sobre os primeiros nomes a ser ouvidos, seguindo-se o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, a 13 de março, e o ex-governador Vítor Constâncio, a 14 de março.

No entanto, o entendimento dos deputados da CPI é que — para que se realizem estas primeiras audições — a comissão terá de receber documentação já pedida, sobretudo o relatório final da auditoria da EY, na sua versão não rasurada. Os deputados entendem que a Caixa Geral terá de fornecer uma versão completa, com os nomes dos clientes devedores (não aquela entregue por Paulo Macedo na AR, que listava os clientes em código). No total, consideram, haverá tempo para ouvir entre 25 a 30 nomes na CPI.

O Bloco de Esquerda quer ouvir o ex-primeiro-ministro José Sócrates no âmbito da II Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Caixa Geral de Depósitos (CGD). A lista de documentos e e audições pedidos pelo partido foi entregue esta terça-feira no Parlamento. O nome do antigo Chefe de Governo é um dos mais sonantes num role de personalidades do qual faz ainda parte o nome de Armando Vara, ex-administrador-executivo da CGD e anitgo ministro de António Guterres, que está atualmente a cumprir uma pena de prisão de cinco anos no estabelecimento prisional de Évora, onde Sócrates também esteve detido de forma preventiva durante nove meses.

Sobre a audição de Armando Vara, e os problemas logísticos levantados pelo facto de estar já a cumprir pena em Évora, vários deputados da comissão desvalorizaram os entraves, lembrando que há um precedente nesta matéria, quando Oliveira e Costa foi chamado à comissão de inquérito do BPN.

Ainda entre os decisores políticos que o BE chama ao Parlamento estão três ex-ministros das Finanças: Luís Campos e Cunha, Teixeira dos Santos e Maria Luís Albuquerque. Também o ex-ministro da Economia Manuel Pinho vai voltar às salas de comissões de São Bento para ser questionado pelos deputados que compõem a segunda Comissão de Inquérito ao banco público.

De fora fica Vítor Gaspar, que foi Ministro das Finanças entre 2011 e 2013. O Observador sabe que o nome faz parte das prioridades de outros partidos e que o Bloco de Esquerda apoiará uma eventual audição ao ex-governante do PSD.

A lista é extensa e não se limita apenas a pedir audições a responsáveis políticos. De resto, há mais personalidades relacionadas com a banca do que com os Governos que estão abrangidos pelo período que esta CPI pretende investigar (2000-2015). À cabeça, estão os nomes do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o do seu antecessor, Vítor Constâncio.

Das figuras relacionadas diretamente com a gestão da Caixa Geral de Depósitos, o Bloco de Esquerda pretende ainda ouvir nomes como o de Fernando Faria de Oliveira, presidente do Conselho de Administração entre julho 2008 e julho 2013, o de Tomás Correia, que foi administrador executivo entre janeiro 2000 e agosto 2003, ou o de Carlos Santos Faria, presidente do Conselho de Administração entre agosto de 2005 e janeiro de 2008.

Fora da esfera de atuação do banco e do Governo, os bloquistas querem ouvir Joe Berardo, Joaquim Barroca (Grupo Lena, Diogo Gaspar Ferreira e Rui Horta e Costa (Vale do Lobo).

A lista que o Bloco de Esquerda apresenta depende ainda de uma consensualização com outros partidos, já que o período de duração da CPI é de apenas seis meses, limitando assim o número de audições até um máximo de 30.

Abusos na Igreja Se tiver uma história que queira partilhar ou informações que considere importantes sobre abusos sexuais na Igreja em Portugal, pode contactar o Observador de várias formas — com a certeza de que garantiremos o seu anonimato, se assim o pretender: Pode preencher este formulário; Pode enviar-nos um email para abusos@observador.pt ou, pessoalmente, para Sónia Simões (ssimoes@observador.pt) ou para João Francisco Gomes (jfgomes@observador.pt); Pode contactar-nos através do WhatsApp para o número 913 513 883; Ou pode ligar-nos pelo mesmo número: 913 513 883.

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A consultora EY, autora da auditoria aos atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos entre 2000 e 2015, vai ser a primeira entidade a ser ouvida na II Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à CGD, a 12 de março. Os deputados chegaram a consenso sobre os primeiros nomes a ser ouvidos, seguindo-se o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, a 13 de março, e o ex-governador Vítor Constâncio, a 14 de março.

No entanto, o entendimento dos deputados da CPI é que — para que se realizem estas primeiras audições — a comissão terá de receber documentação já pedida, sobretudo o relatório final da auditoria da EY, na sua versão não rasurada. Os deputados entendem que a Caixa Geral terá de fornecer uma versão completa, com os nomes dos clientes devedores (não aquela entregue por Paulo Macedo na AR, que listava os clientes em código). No total, consideram, haverá tempo para ouvir entre 25 a 30 nomes na CPI.

O Bloco de Esquerda quer ouvir o ex-primeiro-ministro José Sócrates no âmbito da II Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Caixa Geral de Depósitos (CGD). A lista de documentos e e audições pedidos pelo partido foi entregue esta terça-feira no Parlamento. O nome do antigo Chefe de Governo é um dos mais sonantes num role de personalidades do qual faz ainda parte o nome de Armando Vara, ex-administrador-executivo da CGD e anitgo ministro de António Guterres, que está atualmente a cumprir uma pena de prisão de cinco anos no estabelecimento prisional de Évora, onde Sócrates também esteve detido de forma preventiva durante nove meses.

Sobre a audição de Armando Vara, e os problemas logísticos levantados pelo facto de estar já a cumprir pena em Évora, vários deputados da comissão desvalorizaram os entraves, lembrando que há um precedente nesta matéria, quando Oliveira e Costa foi chamado à comissão de inquérito do BPN.

Ainda entre os decisores políticos que o BE chama ao Parlamento estão três ex-ministros das Finanças: Luís Campos e Cunha, Teixeira dos Santos e Maria Luís Albuquerque. Também o ex-ministro da Economia Manuel Pinho vai voltar às salas de comissões de São Bento para ser questionado pelos deputados que compõem a segunda Comissão de Inquérito ao banco público.

De fora fica Vítor Gaspar, que foi Ministro das Finanças entre 2011 e 2013. O Observador sabe que o nome faz parte das prioridades de outros partidos e que o Bloco de Esquerda apoiará uma eventual audição ao ex-governante do PSD.

A lista é extensa e não se limita apenas a pedir audições a responsáveis políticos. De resto, há mais personalidades relacionadas com a banca do que com os Governos que estão abrangidos pelo período que esta CPI pretende investigar (2000-2015). À cabeça, estão os nomes do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o do seu antecessor, Vítor Constâncio.

Das figuras relacionadas diretamente com a gestão da Caixa Geral de Depósitos, o Bloco de Esquerda pretende ainda ouvir nomes como o de Fernando Faria de Oliveira, presidente do Conselho de Administração entre julho 2008 e julho 2013, o de Tomás Correia, que foi administrador executivo entre janeiro 2000 e agosto 2003, ou o de Carlos Santos Faria, presidente do Conselho de Administração entre agosto de 2005 e janeiro de 2008.

Fora da esfera de atuação do banco e do Governo, os bloquistas querem ouvir Joe Berardo, Joaquim Barroca (Grupo Lena, Diogo Gaspar Ferreira e Rui Horta e Costa (Vale do Lobo).

A lista que o Bloco de Esquerda apresenta depende ainda de uma consensualização com outros partidos, já que o período de duração da CPI é de apenas seis meses, limitando assim o número de audições até um máximo de 30.

Abusos na Igreja Se tiver uma história que queira partilhar ou informações que considere importantes sobre abusos sexuais na Igreja em Portugal, pode contactar o Observador de várias formas — com a certeza de que garantiremos o seu anonimato, se assim o pretender: Pode preencher este formulário; Pode enviar-nos um email para abusos@observador.pt ou, pessoalmente, para Sónia Simões (ssimoes@observador.pt) ou para João Francisco Gomes (jfgomes@observador.pt); Pode contactar-nos através do WhatsApp para o número 913 513 883; Ou pode ligar-nos pelo mesmo número: 913 513 883.

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