Governo encontra-se com deputados lusodescendentes da oposição venezuelana

20-06-2019
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O encontro não consta da agenda oficial da visita de três dias do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas à Venezuela, mas foi admitido pelo próprio em entrevista ao Expresso, durante a qual afirmou que pretende encontrar-se com deputados lusodescendentes da oposição, eleitos para a Assembleia Nacional. A reunião está prevista para esta quarta-feira de manhã, às 9h00, e terá sido pedida pelos próprios deputados.

“Falarei com todos aqueles que quiserem falar. O meu dever é ouvir as suas preocupações e procurar canalizá-las pela via consular e diplomática”, disse José Luís Carneiro ao Expresso, negando que se trate de um encontro de natureza política. “Estou aqui para falar com os portugueses e os lusodescendentes. E obviamente que os portugueses e os lusodescendentes que têm funções políticas também são merecedores da nossa atenção”, insistiu, lembrando que já se reuniu tanto com membros da oposição como com representantes do regime de Nicolás Maduro no âmbito das reuniões do Grupo de Contacto Internacional (constituído por dez países, incluindo Portugal, pelo Executivo liderado por Nicolás Maduro e a oposição de Guaidó, cujo objetivo é o de mediar as negociações entre ambos os lados e marcar eleições livres no país).

“O Governo tem mantido diálogos com todas as forças políticas e institucionais da Venezuela. Todos os atores institucionais são merecedores do nosso respeito e todos podem concorrer para uma solução política e pacífica para o impasse que se vive no país. Não se trata de um encontro político bilateral.” Ainda assim, não está previsto qualquer encontro com deputados do partido no poder eleitos para a Assembleia Nacional, destituída de poderes pelo regime de Nicolás Maduro.

A visita de José Luís Carneiro à Venezuela teve início esta segunda-feira, com uma visita à Consulta Médica à comunidade portuguesa em Los Teques, cidade capital do estado de Miranda, no norte do país. O secretário de Estado também visitou o lar Padre Joaquim Ferreira e o consulado-geral de Portugal em Caracas. Para esta tarde, estavam agendadas reuniões com cônsules honorários, conselheiros das comunidades portuguesas e dirigentes associativos na residência oficial do embaixador de Portugal, em Caracas. “O objetivo é avaliar os termos em que os canais de comunicação e os apoios estabelecidos, assim como as medidas que têm vindo a ser adotadas, estão a produzir os seus efeitos na vida concreta dos portugueses e dos luso-descendentes”, explicou José Luís Carneiro, momentos antes de participar na receção à comunidade portuguesa no contexto das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, na residência oficial do embaixador.

Trata-se da sexta visita do secretário de Estado ao país. A mais recente aconteceu em maio, no contexto da visita do Grupo de Contacto Internacional, constituído no início do ano pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, com o objetivo de alcançar, num prazo de 90 dias, uma saída política, pacífica e democrática para a crise na Venezuela, com a realização de eleições presidenciais. Portugal faz parte do grupo, assim como Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Reino Unido, Costa Rica, Uruguai, Equador e Bolívia.

A primeira reunião do grupo realizou-se a 7 de fevereiro em Montevideu, Uruguai, a segunda em Quito, no Equador (28 de março) a terceira em San José, na Costa Rica, durante os dias 6 e 7 de maio. Segundo um comunicado divulgado na altura pela União Europeia, foi acordado com ambas as partes (governo de Nicolás Maduro de um lado e oposição liderada por Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino do país com o apoio da UE, EUA e outros países, do outro) acelerar os esforços diplomáticos para alcançar um processo político negociado que leve a novas eleições presidenciais livres e justas”, de acordo com a Constituição venezuelana.

Dias depois dessa reunião, a 16 de maio, uma delegação do Grupo de Contacto Internacional, em que estava integrado o secretário de Estado, viajou para a Venezuela e reuniu-se de novo com representantes do Governo venezuelano e da oposição para discutir “a possível via para um caminho eleitoral negociado”. A visita terá servido ainda para sublinhar o compromisso político do grupo formado por vários países para uma solução democrática para a crise.

A agenda oficial inclui ainda uma visita a Valencia — onde o secretário de Estado irá visitar o consulado-geral, clínicas e associações, e reunir-se, à semelhança do primeiro dia da visita, com cônsules honorários, conselheiros das comunidades e dirigentes associativos locais — e Maracay. No mesmo dia, terça-feira, voltará a Caracas, para uma reunião com a comunidade portuguesa no Centro Português de Caracas, seguida de um jantar, e permanecerá na capital venezuelana até quarta-feira, estando agendada uma entrevista com órgãos de comunicação social na residência do embaixador português em Caracas.

O encontro não consta da agenda oficial da visita de três dias do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas à Venezuela, mas foi admitido pelo próprio em entrevista ao Expresso, durante a qual afirmou que pretende encontrar-se com deputados lusodescendentes da oposição, eleitos para a Assembleia Nacional. A reunião está prevista para esta quarta-feira de manhã, às 9h00, e terá sido pedida pelos próprios deputados.

“Falarei com todos aqueles que quiserem falar. O meu dever é ouvir as suas preocupações e procurar canalizá-las pela via consular e diplomática”, disse José Luís Carneiro ao Expresso, negando que se trate de um encontro de natureza política. “Estou aqui para falar com os portugueses e os lusodescendentes. E obviamente que os portugueses e os lusodescendentes que têm funções políticas também são merecedores da nossa atenção”, insistiu, lembrando que já se reuniu tanto com membros da oposição como com representantes do regime de Nicolás Maduro no âmbito das reuniões do Grupo de Contacto Internacional (constituído por dez países, incluindo Portugal, pelo Executivo liderado por Nicolás Maduro e a oposição de Guaidó, cujo objetivo é o de mediar as negociações entre ambos os lados e marcar eleições livres no país).

“O Governo tem mantido diálogos com todas as forças políticas e institucionais da Venezuela. Todos os atores institucionais são merecedores do nosso respeito e todos podem concorrer para uma solução política e pacífica para o impasse que se vive no país. Não se trata de um encontro político bilateral.” Ainda assim, não está previsto qualquer encontro com deputados do partido no poder eleitos para a Assembleia Nacional, destituída de poderes pelo regime de Nicolás Maduro.

A visita de José Luís Carneiro à Venezuela teve início esta segunda-feira, com uma visita à Consulta Médica à comunidade portuguesa em Los Teques, cidade capital do estado de Miranda, no norte do país. O secretário de Estado também visitou o lar Padre Joaquim Ferreira e o consulado-geral de Portugal em Caracas. Para esta tarde, estavam agendadas reuniões com cônsules honorários, conselheiros das comunidades portuguesas e dirigentes associativos na residência oficial do embaixador de Portugal, em Caracas. “O objetivo é avaliar os termos em que os canais de comunicação e os apoios estabelecidos, assim como as medidas que têm vindo a ser adotadas, estão a produzir os seus efeitos na vida concreta dos portugueses e dos luso-descendentes”, explicou José Luís Carneiro, momentos antes de participar na receção à comunidade portuguesa no contexto das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, na residência oficial do embaixador.

Trata-se da sexta visita do secretário de Estado ao país. A mais recente aconteceu em maio, no contexto da visita do Grupo de Contacto Internacional, constituído no início do ano pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, com o objetivo de alcançar, num prazo de 90 dias, uma saída política, pacífica e democrática para a crise na Venezuela, com a realização de eleições presidenciais. Portugal faz parte do grupo, assim como Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Reino Unido, Costa Rica, Uruguai, Equador e Bolívia.

A primeira reunião do grupo realizou-se a 7 de fevereiro em Montevideu, Uruguai, a segunda em Quito, no Equador (28 de março) a terceira em San José, na Costa Rica, durante os dias 6 e 7 de maio. Segundo um comunicado divulgado na altura pela União Europeia, foi acordado com ambas as partes (governo de Nicolás Maduro de um lado e oposição liderada por Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino do país com o apoio da UE, EUA e outros países, do outro) acelerar os esforços diplomáticos para alcançar um processo político negociado que leve a novas eleições presidenciais livres e justas”, de acordo com a Constituição venezuelana.

Dias depois dessa reunião, a 16 de maio, uma delegação do Grupo de Contacto Internacional, em que estava integrado o secretário de Estado, viajou para a Venezuela e reuniu-se de novo com representantes do Governo venezuelano e da oposição para discutir “a possível via para um caminho eleitoral negociado”. A visita terá servido ainda para sublinhar o compromisso político do grupo formado por vários países para uma solução democrática para a crise.

A agenda oficial inclui ainda uma visita a Valencia — onde o secretário de Estado irá visitar o consulado-geral, clínicas e associações, e reunir-se, à semelhança do primeiro dia da visita, com cônsules honorários, conselheiros das comunidades e dirigentes associativos locais — e Maracay. No mesmo dia, terça-feira, voltará a Caracas, para uma reunião com a comunidade portuguesa no Centro Português de Caracas, seguida de um jantar, e permanecerá na capital venezuelana até quarta-feira, estando agendada uma entrevista com órgãos de comunicação social na residência do embaixador português em Caracas.

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