Legislativas. Portas faz tudo para não ficar de fora dos debates nas televisões

28-09-2016
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OCDS não abdica de ter Paulo Portas nos debates televisivos. A posição dos centristas está a dificultar um acordo entre os partidos, já que os socialistas dificilmente aceitarão um modelo em que a coligação seria representada por Passos e Portas.

A proposta das televisões, que foi discutida na reunião de ontem com os representantes dos partidos, previa três debates entre Passos Coelho e António Costa, um debate alargado com os partidos com assento parlamentar e vários debates a dois.

O problema é que a coligação entende que Paulo Portas também deve participar nos debates com todos os partidos. Um sinal de que os centristas não estão dispostos a abdicar desta posição é que se fizeram representar nesta segunda reunião pelo ministro Pedro Mota Soares, enquanto na primeira esteve a deputada Cecília Meireles.

Mota Soares deu peso político à posição do partido e argumentou que o CDS não quer deixar de defender o trabalho que fez no governo. O ministro centrista advogou que, para além de Passos, Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, o CDS deve estar representado nos debates televisivos por Paulo Portas.

O vice-presidente do PSD Marco António Costa esteve ao lado do parceiro de coligação, mas o PS contestou abertamente um debate a seis, já que o PCPtambém exige a participação de Heloísa Apolónia e a presença do CDS nos frente-a-frente. O principal argumento dos socialistas é que a nova lei é “muito clara” e fala em “candidaturas concorrentes” e não em partidos. Na prática, alega ainda o PS, um debate com Portas e Heloísa prejudicaria António Costa, que ficaria com menos tempo e teria de se confrontar com dois candidatos em vez de um.

A lei prevê que “os debates entre candidaturas promovidos pelos órgãos de comunicação social obedecem ao princípio da liberdade editorial e de autonomia de programação, devendo ter em conta a representatividade política e social das candidaturas concorrentes”. A “representatividade política e social é aferida tendo em conta a candidatura ter obtido representação nas últimas eleições, relativas ao órgão a que se candidata”.

PASSOS SÓ QUER UM DEBATE

Os partidos políticos vão voltar a reunir-se na sexta-feira para tentar chegar a um acordo, mas discordam também no número de debates a realizar entre Passos e Costa. OPS aceita a proposta das televisões para que cada canal faça um debate, mas o PSD discorda e quer realizar apenas um. Em contrapartida, Marco António Costa defendeu, na reunião entre as televisões e os partidos com assento parlamentar, que esse debate seja mais longo e propôs que tenha a duração de uma hora e meia.

O PSD argumenta ainda que já está previsto um debate entre Passos e Costa, que será transmitido pelas rádios no início de Setembro, e que os dois vão também estar juntos no debate com todos os candidatos.

QUEM SERÁ O VENCEDOR?

Nas últimas eleições legislativas, em 2011, José Sócrates e Passos Coelho fizeram apenas um debate e a maioria dos analistas considerou que o vencedor foi o presidente do PSD. O politólogo António Costa Pinto defende, em declarações ao i, que Passos e Costa estão equilibrados e não é fácil prever qual dos dois poderá sair a ganhar de um debate televisivo. “Se tecnicamente António Costa tem boa capacidade discursiva, Pedro Passos Coelho não tem menos. Não há uma grande diferença entre os dois."

O professor universitário considera que os debates não serão decisivos para o resultado final das legislativas e prevê que, se não houver nenhuma surpresa, por exemplo no caso Sócrates ou na situação da Grécia, a coligação irá insistir na necessidade de estabilidade e o secretário-geral dos socialistas fará um discurso “mais ofensivo e, ao mesmo tempo, moderado”.

OCDS não abdica de ter Paulo Portas nos debates televisivos. A posição dos centristas está a dificultar um acordo entre os partidos, já que os socialistas dificilmente aceitarão um modelo em que a coligação seria representada por Passos e Portas.

A proposta das televisões, que foi discutida na reunião de ontem com os representantes dos partidos, previa três debates entre Passos Coelho e António Costa, um debate alargado com os partidos com assento parlamentar e vários debates a dois.

O problema é que a coligação entende que Paulo Portas também deve participar nos debates com todos os partidos. Um sinal de que os centristas não estão dispostos a abdicar desta posição é que se fizeram representar nesta segunda reunião pelo ministro Pedro Mota Soares, enquanto na primeira esteve a deputada Cecília Meireles.

Mota Soares deu peso político à posição do partido e argumentou que o CDS não quer deixar de defender o trabalho que fez no governo. O ministro centrista advogou que, para além de Passos, Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, o CDS deve estar representado nos debates televisivos por Paulo Portas.

O vice-presidente do PSD Marco António Costa esteve ao lado do parceiro de coligação, mas o PS contestou abertamente um debate a seis, já que o PCPtambém exige a participação de Heloísa Apolónia e a presença do CDS nos frente-a-frente. O principal argumento dos socialistas é que a nova lei é “muito clara” e fala em “candidaturas concorrentes” e não em partidos. Na prática, alega ainda o PS, um debate com Portas e Heloísa prejudicaria António Costa, que ficaria com menos tempo e teria de se confrontar com dois candidatos em vez de um.

A lei prevê que “os debates entre candidaturas promovidos pelos órgãos de comunicação social obedecem ao princípio da liberdade editorial e de autonomia de programação, devendo ter em conta a representatividade política e social das candidaturas concorrentes”. A “representatividade política e social é aferida tendo em conta a candidatura ter obtido representação nas últimas eleições, relativas ao órgão a que se candidata”.

PASSOS SÓ QUER UM DEBATE

Os partidos políticos vão voltar a reunir-se na sexta-feira para tentar chegar a um acordo, mas discordam também no número de debates a realizar entre Passos e Costa. OPS aceita a proposta das televisões para que cada canal faça um debate, mas o PSD discorda e quer realizar apenas um. Em contrapartida, Marco António Costa defendeu, na reunião entre as televisões e os partidos com assento parlamentar, que esse debate seja mais longo e propôs que tenha a duração de uma hora e meia.

O PSD argumenta ainda que já está previsto um debate entre Passos e Costa, que será transmitido pelas rádios no início de Setembro, e que os dois vão também estar juntos no debate com todos os candidatos.

QUEM SERÁ O VENCEDOR?

Nas últimas eleições legislativas, em 2011, José Sócrates e Passos Coelho fizeram apenas um debate e a maioria dos analistas considerou que o vencedor foi o presidente do PSD. O politólogo António Costa Pinto defende, em declarações ao i, que Passos e Costa estão equilibrados e não é fácil prever qual dos dois poderá sair a ganhar de um debate televisivo. “Se tecnicamente António Costa tem boa capacidade discursiva, Pedro Passos Coelho não tem menos. Não há uma grande diferença entre os dois."

O professor universitário considera que os debates não serão decisivos para o resultado final das legislativas e prevê que, se não houver nenhuma surpresa, por exemplo no caso Sócrates ou na situação da Grécia, a coligação irá insistir na necessidade de estabilidade e o secretário-geral dos socialistas fará um discurso “mais ofensivo e, ao mesmo tempo, moderado”.

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