PSD: “Não estamos disponíveis para simulacros negociais”

21-01-2016
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Marco António Costa diz que as dúvidas lançadas pelo PS sobre as contas públicas são “infundadas” e que essas insinuações têm por base preocupações políticas. Quanto à coligação, garante que nunca abandonará a “atitude séria” de negociação

Um recado curto e claro para o PS. “Não estamos disponíveis para simulacros negociais”, afirmou o vice-presidente do PSD, após uma reunião com os trabalhadores sociais-democratas na sede do partido, lamentando que o partido socialista não se mostre interessado em alcançar um compromisso com a coligação.

Marco António Costa insistiu que o PS não soube aceitar a derrota eleitoral do passado dia 4 de outubro e que durante as negociações com a coligação quer impor o seu programa como base do Governo.

“O PS quer forçar a utilização do seu programa eleitoral como base de uma solução governativa para Portugal. Ora, o programa que venceu as eleições não foi o do PS. O programa que foi a sufrágio e escolhido pela esmagadora maioria dos portugueses foi o programa da coligação Portugal à Frente”, declarou.

O vice-presidente dos sociais-democratas voltou a garantir que o PS não apresentou qualquer contraproposta à coligação e que António Costa terá em breve uma resposta à carta enviada pelo PS.

Acusou ainda o líder socialista de "radicalização" e de criar uma tentativa de perturbação do processo negocial. "É claro que há uma tentativa de criar de forma artificial que as negociações só correm bem à esquerda e com a coligação é que correm bem. Isso não corresponde à verdade. Da nossa parte continuamos empenhados. Temos uma atitude séria."

Defendeu também que nada justifica que o secretário-geral do PS tenha feito, ontem à noite, uma série de "insinuações" numa entrevista à TVI, realçando que constituíram afirmações "graves". "O PS tentou lançar dúvidas injustificadas sobre as contas públicas portuguesas, que só terão por base preocupações políticas. (...) Estas declarações só podem ser justificadas por desespero político", sustentou.

Recordou que as instituições independentes têm reconhecido que o défice português deverá ficar abaixo dos 3% e que além do Conselho de Finanças Públicas e do Banco de Portugal, também as instituições europeias fazem a verificação e o controlo das contas nacionais.

Relativamente às declarações de Costa sobre o encontro entre a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o coordenador do cenário macroeconómico do PS, Mário Centeno, o vice-presidente do PSD garante: "Não há nada que possa justificar esta afirmação, tanto quanto me foi transmitido. Mas estou certo que doutora Maria Luís Albuquerque não deixará de esclarecer publicamente o conteúdo dessa reunião e de dar aos portugueses toda a informação que comprova a transparência e a veracidade de toda a situação da nossa economia e das nossas contas públicas".

Questionado sobre os riscos orçamentais levantados pelo PS, Marco António Costa reconheceu, por exemplo, que a situação financeira da TAP é difícil, o que conduziu ao próprio processo de privatização da empresa, mas sublinhou que essa é uma questão do conhecimento geral.

Por fim, assegurou que a coligação continua disposta a negociar com o PS. "Nós nunca abandonaremos uma atitude séria de negociação, nem viraremos as costas ao país", concluiu.

Na sexta-feira, o secretário-geral do PS afirmou, em entrevista à TVI, que o documento apresentado pela coligação contém "omissões gravíssimas" e que nas reuniões que tiveram "foram sempre deixando cair uma nova surpresa desagradável que se vai tornar pública um dia".

Marco António Costa diz que as dúvidas lançadas pelo PS sobre as contas públicas são “infundadas” e que essas insinuações têm por base preocupações políticas. Quanto à coligação, garante que nunca abandonará a “atitude séria” de negociação

Um recado curto e claro para o PS. “Não estamos disponíveis para simulacros negociais”, afirmou o vice-presidente do PSD, após uma reunião com os trabalhadores sociais-democratas na sede do partido, lamentando que o partido socialista não se mostre interessado em alcançar um compromisso com a coligação.

Marco António Costa insistiu que o PS não soube aceitar a derrota eleitoral do passado dia 4 de outubro e que durante as negociações com a coligação quer impor o seu programa como base do Governo.

“O PS quer forçar a utilização do seu programa eleitoral como base de uma solução governativa para Portugal. Ora, o programa que venceu as eleições não foi o do PS. O programa que foi a sufrágio e escolhido pela esmagadora maioria dos portugueses foi o programa da coligação Portugal à Frente”, declarou.

O vice-presidente dos sociais-democratas voltou a garantir que o PS não apresentou qualquer contraproposta à coligação e que António Costa terá em breve uma resposta à carta enviada pelo PS.

Acusou ainda o líder socialista de "radicalização" e de criar uma tentativa de perturbação do processo negocial. "É claro que há uma tentativa de criar de forma artificial que as negociações só correm bem à esquerda e com a coligação é que correm bem. Isso não corresponde à verdade. Da nossa parte continuamos empenhados. Temos uma atitude séria."

Defendeu também que nada justifica que o secretário-geral do PS tenha feito, ontem à noite, uma série de "insinuações" numa entrevista à TVI, realçando que constituíram afirmações "graves". "O PS tentou lançar dúvidas injustificadas sobre as contas públicas portuguesas, que só terão por base preocupações políticas. (...) Estas declarações só podem ser justificadas por desespero político", sustentou.

Recordou que as instituições independentes têm reconhecido que o défice português deverá ficar abaixo dos 3% e que além do Conselho de Finanças Públicas e do Banco de Portugal, também as instituições europeias fazem a verificação e o controlo das contas nacionais.

Relativamente às declarações de Costa sobre o encontro entre a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o coordenador do cenário macroeconómico do PS, Mário Centeno, o vice-presidente do PSD garante: "Não há nada que possa justificar esta afirmação, tanto quanto me foi transmitido. Mas estou certo que doutora Maria Luís Albuquerque não deixará de esclarecer publicamente o conteúdo dessa reunião e de dar aos portugueses toda a informação que comprova a transparência e a veracidade de toda a situação da nossa economia e das nossas contas públicas".

Questionado sobre os riscos orçamentais levantados pelo PS, Marco António Costa reconheceu, por exemplo, que a situação financeira da TAP é difícil, o que conduziu ao próprio processo de privatização da empresa, mas sublinhou que essa é uma questão do conhecimento geral.

Por fim, assegurou que a coligação continua disposta a negociar com o PS. "Nós nunca abandonaremos uma atitude séria de negociação, nem viraremos as costas ao país", concluiu.

Na sexta-feira, o secretário-geral do PS afirmou, em entrevista à TVI, que o documento apresentado pela coligação contém "omissões gravíssimas" e que nas reuniões que tiveram "foram sempre deixando cair uma nova surpresa desagradável que se vai tornar pública um dia".

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