Em seis anos, o número de passageiros fiscalizados pelo SEF em no aeroporto de Lisboa aumentou 46%, enquanto o número de inspetores cresceu apenas 6%, avança o “Diário de Notícias” esta quinta-feira. Ao mesmo tempo, desde 2011, o número de passageiros no Aeroporto de Lisboa cresceu 51%.
Segundo o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF-SEF), estes números tornam óbvia a necessidade de um aumento de quadros e que até lá os serviços de inspeção estarão debilitados.
É urgente admitir mais profissionais, cerca de 200 já este ano, e criar um mecanismo de admissão regular de 100 inspetores por ano, para compensar as saídas e atingir o quadro “mínimo” de 1000 inspetores, defende o presidente do SCIF, Acácio Pereira, em declarações ao matutino.
Numa audição parlamentar, a 26 de abril, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, assumiu a existência deste problema. Em resposta a uma questão do PSD, confirmou a previsão de entrada de 45 novos inspetores “para o início do verão”.
“Porque há filas no aeroporto? Simplesmente porque não há inspetores suficientes no SEF. Durante 14 anos, por responsabilidade dos Governos do PS e do PSD-CDS desde Durão Barroso, não foi admitido no SEF um único inspetor – enquanto muitos iam mudando de carreira, adoecendo, reformando-se, morrendo. Ou seja: um serviço que foi pensado para a realidade portuguesa dos anos 80 do século XX – e na altura foi calculado para ter um quadro de mil inspetores – está hoje reduzido a 750 inspetores. E esta redução verificou-se exatamente nos anos em que a entrada e saída de estrangeiros em Portugal aumentou exponencialmente, batendo nos últimos anos recordes atrás de recordes. Tudo isto num contexto de aumento de riscos ligados a crises de refugiados e às crescentes ameaças do terrorismo internacional”, explicou.
Neste momento estão destacados no aeroporto de Lisboa 158 inspetores, repartidos em várias funções, com uma média de 20 em cada turno.
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Em seis anos, o número de passageiros fiscalizados pelo SEF em no aeroporto de Lisboa aumentou 46%, enquanto o número de inspetores cresceu apenas 6%, avança o “Diário de Notícias” esta quinta-feira. Ao mesmo tempo, desde 2011, o número de passageiros no Aeroporto de Lisboa cresceu 51%.
Segundo o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF-SEF), estes números tornam óbvia a necessidade de um aumento de quadros e que até lá os serviços de inspeção estarão debilitados.
É urgente admitir mais profissionais, cerca de 200 já este ano, e criar um mecanismo de admissão regular de 100 inspetores por ano, para compensar as saídas e atingir o quadro “mínimo” de 1000 inspetores, defende o presidente do SCIF, Acácio Pereira, em declarações ao matutino.
Numa audição parlamentar, a 26 de abril, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, assumiu a existência deste problema. Em resposta a uma questão do PSD, confirmou a previsão de entrada de 45 novos inspetores “para o início do verão”.
“Porque há filas no aeroporto? Simplesmente porque não há inspetores suficientes no SEF. Durante 14 anos, por responsabilidade dos Governos do PS e do PSD-CDS desde Durão Barroso, não foi admitido no SEF um único inspetor – enquanto muitos iam mudando de carreira, adoecendo, reformando-se, morrendo. Ou seja: um serviço que foi pensado para a realidade portuguesa dos anos 80 do século XX – e na altura foi calculado para ter um quadro de mil inspetores – está hoje reduzido a 750 inspetores. E esta redução verificou-se exatamente nos anos em que a entrada e saída de estrangeiros em Portugal aumentou exponencialmente, batendo nos últimos anos recordes atrás de recordes. Tudo isto num contexto de aumento de riscos ligados a crises de refugiados e às crescentes ameaças do terrorismo internacional”, explicou.
Neste momento estão destacados no aeroporto de Lisboa 158 inspetores, repartidos em várias funções, com uma média de 20 em cada turno.