O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defende que o relatório com as previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) indica que “deverá haver uma retoma para o final do ano e para o próximo ano”.
Na sede da OCDE, em Paris, o Ministro afirmou, ontem, que a revisão em baixa do crescimento do PIB em 2016 (1,2% em vez de 1,6%) é vista “com preocupação, com atenção, mas também com optimismo”.
“São previsões que reflectem um pouco o arrefecimento que houve na economia a partir de Agosto do ano passado e que ainda se reflectiu no primeiro trimestre”, disse.
As declarações de Caldeira Cabral surgem no dia em que foi divulgado o relatório da OCDE e que ontem deu conta de um corte da previsão de crescimento em 2016 para 1,2% do PIB (abaixo da previsão do Governo de 1,8% e ainda mais pessimista que a previsão do FMI que é 1,4%), contra a anterior previsão de 1,6% em Novembro. Em 2017, a economia não deverá crescer mais do que 1,3%. Já no investimento, a OCDE espera que deverá cair 1,5% em 2016, para depois acelerar em 2017 para um crescimento de 1,2%.
No relatório intercalar divulgado esta quarta-feira, a OCDE afirma esperar “um crescimento moderado em 2016 e 2017”. Uma posição reforçada hoje pelo ministro da Economia ao afirmar que “deverá haver uma melhoria também na sequência das políticas económicas” que o Governo está a adoptar e que tem vindo a adoptar para o relançamento do investimento e para o relançamento da economia portuguesa.
Ministro realça indicadores positivos…
Caldeira Cabral realçou também que “os indicadores de dados mais recentes mostram que já está a acontecer uma inversão do arrefecimento da economia e que o crescimento poderá acelerar ao longo do ano”. O governante refere-se aos indicadores de clima económico ou de confiança de consumidores que “estão já a subir em Abril e Maio”.
“Também temos dados do turismo muito interessantes que contrariam um pouco a perda que houve nas exportações, principalmente por causa de alguns mercados específicos como o de Angola”, reforça o ministro da Economia.
… e défice abaixo dos 3%
Sobre a previsão do défice, que, segundo a OCDE, atingirá 2,9% este ano (em Novembro antecipava 2,8% e acima dos 2,2% previstos pelo Executivo português), Caldeira Cabral realça: “há um reconhecimento face a revisões anteriores que o défice estará já abaixo dos 3% e é interessante que todas as instituições com ligeiras subidas ou descidas reconhecem hoje que o défice estará dentro dos limites da União Europeia”.
A OCDE admite que o Governo português tenha de implementar novas medidas de contenção orçamental, caso a economia não acelere, e lança críticas à descida do IVA na restauração e às medidas de estímulo ao consumo.
O ministro da Economia acrescentou ainda que os dados do desemprego (com a OCDE a prever uma taxa de 12,1% este ano, contra 11,4% do Governo) também apontam para uma descida ao longo do ano: “Demonstram que houve uma descida de desemprego face a Março e face a Abril do ano passado e que houve, e está a haver, criação líquida de emprego”.
“São estes dados que temos e que vêm acompanhando outros dados do início do ano, tais como os das contribuições para a Segurança Social, que apontam no sentido de estar a ser criado mais emprego e de estar a haver um ritmo positivo de criação de emprego e, portanto, uma descida de desemprego ao longo do ano”, afirmou.
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O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defende que o relatório com as previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) indica que “deverá haver uma retoma para o final do ano e para o próximo ano”.
Na sede da OCDE, em Paris, o Ministro afirmou, ontem, que a revisão em baixa do crescimento do PIB em 2016 (1,2% em vez de 1,6%) é vista “com preocupação, com atenção, mas também com optimismo”.
“São previsões que reflectem um pouco o arrefecimento que houve na economia a partir de Agosto do ano passado e que ainda se reflectiu no primeiro trimestre”, disse.
As declarações de Caldeira Cabral surgem no dia em que foi divulgado o relatório da OCDE e que ontem deu conta de um corte da previsão de crescimento em 2016 para 1,2% do PIB (abaixo da previsão do Governo de 1,8% e ainda mais pessimista que a previsão do FMI que é 1,4%), contra a anterior previsão de 1,6% em Novembro. Em 2017, a economia não deverá crescer mais do que 1,3%. Já no investimento, a OCDE espera que deverá cair 1,5% em 2016, para depois acelerar em 2017 para um crescimento de 1,2%.
No relatório intercalar divulgado esta quarta-feira, a OCDE afirma esperar “um crescimento moderado em 2016 e 2017”. Uma posição reforçada hoje pelo ministro da Economia ao afirmar que “deverá haver uma melhoria também na sequência das políticas económicas” que o Governo está a adoptar e que tem vindo a adoptar para o relançamento do investimento e para o relançamento da economia portuguesa.
Ministro realça indicadores positivos…
Caldeira Cabral realçou também que “os indicadores de dados mais recentes mostram que já está a acontecer uma inversão do arrefecimento da economia e que o crescimento poderá acelerar ao longo do ano”. O governante refere-se aos indicadores de clima económico ou de confiança de consumidores que “estão já a subir em Abril e Maio”.
“Também temos dados do turismo muito interessantes que contrariam um pouco a perda que houve nas exportações, principalmente por causa de alguns mercados específicos como o de Angola”, reforça o ministro da Economia.
… e défice abaixo dos 3%
Sobre a previsão do défice, que, segundo a OCDE, atingirá 2,9% este ano (em Novembro antecipava 2,8% e acima dos 2,2% previstos pelo Executivo português), Caldeira Cabral realça: “há um reconhecimento face a revisões anteriores que o défice estará já abaixo dos 3% e é interessante que todas as instituições com ligeiras subidas ou descidas reconhecem hoje que o défice estará dentro dos limites da União Europeia”.
A OCDE admite que o Governo português tenha de implementar novas medidas de contenção orçamental, caso a economia não acelere, e lança críticas à descida do IVA na restauração e às medidas de estímulo ao consumo.
O ministro da Economia acrescentou ainda que os dados do desemprego (com a OCDE a prever uma taxa de 12,1% este ano, contra 11,4% do Governo) também apontam para uma descida ao longo do ano: “Demonstram que houve uma descida de desemprego face a Março e face a Abril do ano passado e que houve, e está a haver, criação líquida de emprego”.
“São estes dados que temos e que vêm acompanhando outros dados do início do ano, tais como os das contribuições para a Segurança Social, que apontam no sentido de estar a ser criado mais emprego e de estar a haver um ritmo positivo de criação de emprego e, portanto, uma descida de desemprego ao longo do ano”, afirmou.