Hotéis Tivoli já têm donos tailandeses

02-02-2016
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O grupo tailandês Minor Hotels acabou de se tornar proprietário da cadeia Tivoli, os hotéis que eram do ex-grupo Espírito Santo. O contrato de aquisição foi selado segunda-feira e a apresentação oficial do negócio decorreu esta terça-feira de no Hotel Tivoli Lisboa, na Avenida da Liberdade, contando com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

"Encerramos agora um período conturbado na vida da Tivoli, com quase dois anos, e iniciamos um novo ciclo no seio do Minor Group", enfatizou nesta apresentação Filipe Santiago, CEO da Tivoli Hotels, lembrando o embrulhado processo judicial que envolveu a venda dos Tivoli e que foi apanhado no turbilhão relativo ao colapso do grupo Espírito Santo.

Levar a marca Tivoli para fora de Portugal

"É um momento histórico para o Minor Hotel Group. Portugal é o melhor país para investir e com esta aquisição entramos na Europa e na América do Sul", salientou Dillip Rajakarier, CEO do Minor Hotel Group, referindo que o grupo quer a curto prazo investir mais 50 milhões de euros na renovação de três hotéis Tivoli em Portugal.

Segundo Dillip Rajakarier, o objetivo da Minor é manter a marca Tivoli, acrescentando-a ao seu portefólio de marcas hoteleiras, e "levar a Tivoli para fora de Portugal - queremos posicioná-la como uma das marcas hoteleiras de elevado valor a nível mundial".

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, quis na ocasião "desafiar o grupo Minor para novos investimentos em Portugal" e frisou que o Governo está empenhado em "simplificar a vida a quem quer investir em Portugal".

Há dois anos que os tailandeses do grupo Minor mantêm firme a intenção de ficar donos dos hotéis Tivoli, apesar de todo o imbróglio judicial protagonizado pelos hotéis do ex-grupo Espírito Santo, na sequência do colapso do grupo presidido por Ricardo Salgado.

A venda dos hotéis Tivoli já tinha sido decidida em finais de 2013, antes do colapso do GES, e em janeiro de 2014 o grupo Minor foi escolhido como tendo a melhor proposta para a compra dos 14 hotéis em Portugal e no Brasil. Quando o GES colapsou, em julho de 2014, apanhou o processo de negociação com a Minor em pleno curso e a venda foi inviabilizada pelo Tribunal do Luxemburgo, país onde estava a sede da Rioforte, holding não financeira do grupo Espírito Santo.

Trabalhadores mobilizaram-se para desatar o último nó judicial

Para salvar a empresa da insolvência e pô-la a salvo do complexo processo judicial em torno da Rioforte, a administração da Tivoli decide avançar ao tribunal pedidos de PER (Processo Especial de Revitalização), apresentando aos credores um plano de recuperação que consistia na venda dos hotéis à Minor.

O grupo Minor foi comprando tudo o que podia da Tivoli e estava fora de processo judicial, designadamente a operação integral dos dois hotéis no Brasil (resort Praia do Forte na Bahia e Mofarrej São Paulo) e a propriedade dos edifícios de cinco hotéis em Portugal (Tivoli Lisboa, Tivoli Oriente, Tivoli Victoria em Vilamoura, Tivoli Marina em Portimão e Tivoli Carvoeiro), mas sem a parte da gestão hoteleira. Nestas aquisições do universo Tivoli, a Minor desembolsou cerca de 296 milhões de euros, incluindo 90 milhões de euros de dívidas pagas a credores no âmbito do PER.

O processo da venda à Minor sofreu alguns revezes em 2015, designadamente um recurso avançado pelo Montepio em agosto pedindo a insolvência da Tivoli (e que foi resolvido em outubro), e o "último nó" era o arresto que tinha sido decretado em maio a todos os ativos do ex-grupo Espírito Santo, incluindo os hotéis, o que empatou o caso e era um obstáculo para que se concretizasse a venda à Minor.

Foram os próprios trabalhadores que decidiram entregar em mãos nos tribunais uma petição apelando ao levantamento do arresto e à "celeridade no andamento do processo", pois "muitas famílias dependiam deste trabalho". O arresto acabou por ser levantado pelos tribunais em dezembro de 2015, deixando caminho livre à compra pela Minor.

Concretizada a compra pela Minor, fica encerrado o PER a que estavam sujeitos os hotéis Tivoli, que passam a fazer parte de um grupo com 145 hotéis em 22 países

"Dentro de cinco anos, a dimensão da marca Tivoli será muito diferente", prometeu o CEO da Minor, enfatizando aqui o potencial de crescimento da marca no Médio Oriente e na Ásia.

O grupo tailandês Minor Hotels acabou de se tornar proprietário da cadeia Tivoli, os hotéis que eram do ex-grupo Espírito Santo. O contrato de aquisição foi selado segunda-feira e a apresentação oficial do negócio decorreu esta terça-feira de no Hotel Tivoli Lisboa, na Avenida da Liberdade, contando com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

"Encerramos agora um período conturbado na vida da Tivoli, com quase dois anos, e iniciamos um novo ciclo no seio do Minor Group", enfatizou nesta apresentação Filipe Santiago, CEO da Tivoli Hotels, lembrando o embrulhado processo judicial que envolveu a venda dos Tivoli e que foi apanhado no turbilhão relativo ao colapso do grupo Espírito Santo.

Levar a marca Tivoli para fora de Portugal

"É um momento histórico para o Minor Hotel Group. Portugal é o melhor país para investir e com esta aquisição entramos na Europa e na América do Sul", salientou Dillip Rajakarier, CEO do Minor Hotel Group, referindo que o grupo quer a curto prazo investir mais 50 milhões de euros na renovação de três hotéis Tivoli em Portugal.

Segundo Dillip Rajakarier, o objetivo da Minor é manter a marca Tivoli, acrescentando-a ao seu portefólio de marcas hoteleiras, e "levar a Tivoli para fora de Portugal - queremos posicioná-la como uma das marcas hoteleiras de elevado valor a nível mundial".

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, quis na ocasião "desafiar o grupo Minor para novos investimentos em Portugal" e frisou que o Governo está empenhado em "simplificar a vida a quem quer investir em Portugal".

Há dois anos que os tailandeses do grupo Minor mantêm firme a intenção de ficar donos dos hotéis Tivoli, apesar de todo o imbróglio judicial protagonizado pelos hotéis do ex-grupo Espírito Santo, na sequência do colapso do grupo presidido por Ricardo Salgado.

A venda dos hotéis Tivoli já tinha sido decidida em finais de 2013, antes do colapso do GES, e em janeiro de 2014 o grupo Minor foi escolhido como tendo a melhor proposta para a compra dos 14 hotéis em Portugal e no Brasil. Quando o GES colapsou, em julho de 2014, apanhou o processo de negociação com a Minor em pleno curso e a venda foi inviabilizada pelo Tribunal do Luxemburgo, país onde estava a sede da Rioforte, holding não financeira do grupo Espírito Santo.

Trabalhadores mobilizaram-se para desatar o último nó judicial

Para salvar a empresa da insolvência e pô-la a salvo do complexo processo judicial em torno da Rioforte, a administração da Tivoli decide avançar ao tribunal pedidos de PER (Processo Especial de Revitalização), apresentando aos credores um plano de recuperação que consistia na venda dos hotéis à Minor.

O grupo Minor foi comprando tudo o que podia da Tivoli e estava fora de processo judicial, designadamente a operação integral dos dois hotéis no Brasil (resort Praia do Forte na Bahia e Mofarrej São Paulo) e a propriedade dos edifícios de cinco hotéis em Portugal (Tivoli Lisboa, Tivoli Oriente, Tivoli Victoria em Vilamoura, Tivoli Marina em Portimão e Tivoli Carvoeiro), mas sem a parte da gestão hoteleira. Nestas aquisições do universo Tivoli, a Minor desembolsou cerca de 296 milhões de euros, incluindo 90 milhões de euros de dívidas pagas a credores no âmbito do PER.

O processo da venda à Minor sofreu alguns revezes em 2015, designadamente um recurso avançado pelo Montepio em agosto pedindo a insolvência da Tivoli (e que foi resolvido em outubro), e o "último nó" era o arresto que tinha sido decretado em maio a todos os ativos do ex-grupo Espírito Santo, incluindo os hotéis, o que empatou o caso e era um obstáculo para que se concretizasse a venda à Minor.

Foram os próprios trabalhadores que decidiram entregar em mãos nos tribunais uma petição apelando ao levantamento do arresto e à "celeridade no andamento do processo", pois "muitas famílias dependiam deste trabalho". O arresto acabou por ser levantado pelos tribunais em dezembro de 2015, deixando caminho livre à compra pela Minor.

Concretizada a compra pela Minor, fica encerrado o PER a que estavam sujeitos os hotéis Tivoli, que passam a fazer parte de um grupo com 145 hotéis em 22 países

"Dentro de cinco anos, a dimensão da marca Tivoli será muito diferente", prometeu o CEO da Minor, enfatizando aqui o potencial de crescimento da marca no Médio Oriente e na Ásia.

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