António Filipe: "As coisas estão muitíssimo bem organizadas"

25-08-2017
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António Filipe foi para Luanda observar as eleições indicado pelo MPLA e formalmente convidado pela Comissão Nacional de Eleições angolana

© EPA/MANUEL DE ALMEIDA

António Filipe, deputado do PCP - e um dos parlamentares portugueses com maior veterania -, foi para Luanda observar as eleições indicado pelo MPLA e formalmente convidado pela Comissão Nacional de Eleições angolana. Ontem percorreu várias assembleias de voto em Luanda e gostou do que viu. As três principais candidaturas tinham representação em todas as mesas e nalgumas estavam mesmo elementos de todas as seis formações concorrentes. Do que viu na capital angolana, aponta uma taxa de participação na ordem dos 80%. E surpreendeu-se com o facto de os cadernos do recenseamento terem fotografia dos eleitores.

Deputado do PCP, 54 anos, jurista. Chegou ao Parlamento em 1989Diana Quintela/ Global Imagens

Onde esteve?

Luanda.

O que viu?

14 assembleias de voto.

Qual foi a sua missão exatamente?

Observar, ver tudo...

Falar com pessoas?

Sim, sim, andar no meio do pessoal, tudo, sem qualquer limitação.

Sentiu que as várias candidaturas tinham representação nas mesas?

Todas. Não vi mesa nenhuma com menos de três. Normalmente, MPLA, CASA-CE e UNITA tinham sempre representação. Nalgumas mesas, raras, cheguei a ver representantes das seis candidaturas.

O que sentiu da adesão ao ato eleitoral?

Muita, muita. A adesão deverá ser para cima dos 80%, pelo menos do que me pareceu do número de votos entrados ao fim da tarde. Uma adesão muito forte, muito forte.

Como é que foi recrutado para essa missão?

Os partidos têm quotas de indicação dos convites, que oficialmente foram feitos pela Comissão Nacional de Eleições, e eu fui indicado pela quota do MPLA, que convidou quatro partidos portugueses - PS, PSD, CDS e PSD - a enviarem observadores. Aqui, no mesmo estatuto do que eu, está o Pedro Mota Soares, do CDS, e o Luís Vales, do PSD. Sei que pela CPLP está o Marco António Costa (PSD) e o Porfírio Silva (PS).

Portanto, não detetou nada de irregular?

Não, não, isto está a correr muito bem. Está tudo muito bem organizado, com uma logística muito bem organizada. Estive cá há dez anos e a diferença é abissal. As coisas estão muitíssimo bem organizadas. Há jovens à porta das mesas de voto devidamente identificados para ajudarem as pessoas e encaminhá-las diretamente para as mesas de voto. Têm uns aparelhos eletrónicos que permitem dizer logo à pessoa onde é que vota. E os cadernos eleitorais estão muito organizados, até têm a fotografia dos eleitores...

Coisa que cá não há...

Há aqui muita coisa que nós aí não temos, é curioso... mas isso fica para depois.

Mas o esquema de voto é completamente manual, não é? Não há voto eletrónico, suponho...

É completamente manual. Cada boletim tem as denominações dos partidos, a fotografia dos respetivos candidatos presidenciais, o símbolo do partido e o quadrado.

Há estimativas de quando haverá resultados.

Não nos disseram muito bem quando haveria resultados. Agora [19.30 de ontem] estão as mesas a fazer as contagens. Julgo que pelas primeiras horas de amanhã [hoje] talvez já haja.

Tem falado com os outros observadores portugueses?

Sim, sim, tenho estado sobretudo com o Mota Soares e o Luís Vales.

E a perceção é positiva?

É muito parecida com a minha.

António Filipe foi para Luanda observar as eleições indicado pelo MPLA e formalmente convidado pela Comissão Nacional de Eleições angolana

© EPA/MANUEL DE ALMEIDA

António Filipe, deputado do PCP - e um dos parlamentares portugueses com maior veterania -, foi para Luanda observar as eleições indicado pelo MPLA e formalmente convidado pela Comissão Nacional de Eleições angolana. Ontem percorreu várias assembleias de voto em Luanda e gostou do que viu. As três principais candidaturas tinham representação em todas as mesas e nalgumas estavam mesmo elementos de todas as seis formações concorrentes. Do que viu na capital angolana, aponta uma taxa de participação na ordem dos 80%. E surpreendeu-se com o facto de os cadernos do recenseamento terem fotografia dos eleitores.

Deputado do PCP, 54 anos, jurista. Chegou ao Parlamento em 1989Diana Quintela/ Global Imagens

Onde esteve?

Luanda.

O que viu?

14 assembleias de voto.

Qual foi a sua missão exatamente?

Observar, ver tudo...

Falar com pessoas?

Sim, sim, andar no meio do pessoal, tudo, sem qualquer limitação.

Sentiu que as várias candidaturas tinham representação nas mesas?

Todas. Não vi mesa nenhuma com menos de três. Normalmente, MPLA, CASA-CE e UNITA tinham sempre representação. Nalgumas mesas, raras, cheguei a ver representantes das seis candidaturas.

O que sentiu da adesão ao ato eleitoral?

Muita, muita. A adesão deverá ser para cima dos 80%, pelo menos do que me pareceu do número de votos entrados ao fim da tarde. Uma adesão muito forte, muito forte.

Como é que foi recrutado para essa missão?

Os partidos têm quotas de indicação dos convites, que oficialmente foram feitos pela Comissão Nacional de Eleições, e eu fui indicado pela quota do MPLA, que convidou quatro partidos portugueses - PS, PSD, CDS e PSD - a enviarem observadores. Aqui, no mesmo estatuto do que eu, está o Pedro Mota Soares, do CDS, e o Luís Vales, do PSD. Sei que pela CPLP está o Marco António Costa (PSD) e o Porfírio Silva (PS).

Portanto, não detetou nada de irregular?

Não, não, isto está a correr muito bem. Está tudo muito bem organizado, com uma logística muito bem organizada. Estive cá há dez anos e a diferença é abissal. As coisas estão muitíssimo bem organizadas. Há jovens à porta das mesas de voto devidamente identificados para ajudarem as pessoas e encaminhá-las diretamente para as mesas de voto. Têm uns aparelhos eletrónicos que permitem dizer logo à pessoa onde é que vota. E os cadernos eleitorais estão muito organizados, até têm a fotografia dos eleitores...

Coisa que cá não há...

Há aqui muita coisa que nós aí não temos, é curioso... mas isso fica para depois.

Mas o esquema de voto é completamente manual, não é? Não há voto eletrónico, suponho...

É completamente manual. Cada boletim tem as denominações dos partidos, a fotografia dos respetivos candidatos presidenciais, o símbolo do partido e o quadrado.

Há estimativas de quando haverá resultados.

Não nos disseram muito bem quando haveria resultados. Agora [19.30 de ontem] estão as mesas a fazer as contagens. Julgo que pelas primeiras horas de amanhã [hoje] talvez já haja.

Tem falado com os outros observadores portugueses?

Sim, sim, tenho estado sobretudo com o Mota Soares e o Luís Vales.

E a perceção é positiva?

É muito parecida com a minha.

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