O VILACONDENSE: Revista de Opinião Vilacondense

24-03-2019
marcar artigo

O Terras do Ave traz sete textos, enquanto o Primeiro de Janeiro avança com oito. É demais. E, no caso do Janeiro, que é semanal, não pode haver justificação para tamanho concentrado opinativo, até porque, há apenas uma semana, foram apenas três os textos dados ao prelo. Quem é que pega num jornal e, deparando-se com oito textos, os vai ler todos?No Terras do Ave, temos:- Santos Cruz, "V. Exª meteu água, Senhor Presidente!...";- Romeu Cunha Reis, "O aborto - Um pouco além do discurso corrente ( II )";- José Luís Ferraz, "Carta aberta ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde";- Luís Soares/Nuno Miguel Santos, "O PS e o “Jornal de Vila do Conde”";- Fernando Ferreira, "Decisão sem retorno";- Miguel Torres, "Férias"; e- Rui Silva, "Água em tempo de seca".No suplemento de Vila do Conde d'O Primeiro de Janeiro escrevem:- Alexandre Raposo, "Reflexões para Agosto";- Abel Maia, "Problemas transparentes";- Santos Cruz, "V. Exª meteu água, senhor presidente!...";- João Fonseca, "Carta aberta a José Luís Ferraz"- António José Gonçalves, "Rio Douro, Rio Ave..."- Jorge Laranja, "Sem ambiguidades com transparência"- Fernando Reis, "Águas inquinadas";- Sérgio Vinagre, "Contra a indiferença"Há, claramente, dois grandes temas nos articulistas desta semana: a água e as autárquicas. Curiosamente, das autárquicas só falam os socialistas; da água só fala a oposição.Romeu Cunha Reis continua a sua dissertação sobre o aborto, numa série de artigos sempre excelentes. Miguel Torres, num registo descontraído e divertido, fala sobre as férias, especialmente as do jornal onde escreve. Fernando Pinheiro aborda a questão dos funcionário públicos e das recentes decisões governamentais sobre o assunto. Muito bom o artigo da dupla Luís Soares/Nuno Miguel Santos, ao abordarem um dos grandes cancros de Vila do Conde, o Jornal de Vila do Conde. Os dois bloggers não se limitam a analisar, avançando para citações de um Manual de Jornalismo para expor ao ridículo a prática daquela publicação. Por isso, levam o MELHOR DA SEMANA.Relativamente à questão da água, ou seja, da privatização da concessão de água e sanemanto, Santos Cruz fez sair um mesmo texto em dois jornais. Uma jogada inteligente, já que cobre todo o espectro jornalístico vilacondense. E a sua posição é bastante clara: a partir da sentença do Tribunal Administrativo, desafia Mário Almeida para responder a duas questões elementares: qual vai ser o preço concreto da água e se o Presidente não acha anormal a confusão entre pessoas do júri do concurso e vereadores da autarquia. Está-se mesmo a ver que Mário Almeida vai responder... Também Rui Silva, director do Terras do Ave, alinha pelo mesmo diapasão, alertando para a gravidade do que vem na sentença e Fernando Reis, da CDU, com toda a pertinência política, vê na decisão judicial o mérito das reclamações e protestos da força política que encabeça.Passando às autárquicas, Sérgio Vinagre destila ironia e acidez para cima de Mário Almeida, um pouco na onda de José Luís Ferraz. António José Gonçalves oscila entre “dois amores”: o Porto, do seu amigo Assis, e Vila do Conde, de... Mário Almeida. E apela para que o PS “construa uma equipa forte” que contenha “boas qualidades éticas e profissionais”. Já vi directas mais indirectas, mas a verdade é que o PS está, claramente, a desaproveitar uma pessoa como este militante ao não o lançar em voos mais altos, como a muito falada candidatura à Junta de Freguesia de Vila do Conde, que seria muito do seu agrado. Abel Maia, continuando a sua dramática agonia política, agora que foi corrido da Câmara, ainda tenta cair nas graças de Mário Almeida, atacando a oposição com a firmeza de um solitário sniper embriagado.Depois, há o “dossier Ferraz”, que deixou atarantados os socialistas vilacondenses. Muito bom artigo de João Fonseca, defendendo o seu partido com racionalidade e argúcia. Pelo estilo, tiques de escrita e abordagem, se não tivesse assinado, juraria que tinha saído da pena de Mário Almeida – o que é natural num sucessor... E o recurso a um jovem, por contraponto ao “velho” Ferraz é de raposa velha e merece apreciação... Jorge Laranja, num artigo em que quer falar de muita coisa mas onde tudo acaba por sair demasiado “cinzento”, também toca no assunto, para concluir que foi “um tiro de pólvora seca”. Alexandre Raposo recorda o seu antigo professor de Filosofia e sente orgulho no seu escrito. Para o líder parlamentar do PP, há algo que está a mudar: “Será que de repente, o sol começa a clarear?”. Um bom encerramento antes de férias.Dupont

O Terras do Ave traz sete textos, enquanto o Primeiro de Janeiro avança com oito. É demais. E, no caso do Janeiro, que é semanal, não pode haver justificação para tamanho concentrado opinativo, até porque, há apenas uma semana, foram apenas três os textos dados ao prelo. Quem é que pega num jornal e, deparando-se com oito textos, os vai ler todos?No Terras do Ave, temos:- Santos Cruz, "V. Exª meteu água, Senhor Presidente!...";- Romeu Cunha Reis, "O aborto - Um pouco além do discurso corrente ( II )";- José Luís Ferraz, "Carta aberta ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde";- Luís Soares/Nuno Miguel Santos, "O PS e o “Jornal de Vila do Conde”";- Fernando Ferreira, "Decisão sem retorno";- Miguel Torres, "Férias"; e- Rui Silva, "Água em tempo de seca".No suplemento de Vila do Conde d'O Primeiro de Janeiro escrevem:- Alexandre Raposo, "Reflexões para Agosto";- Abel Maia, "Problemas transparentes";- Santos Cruz, "V. Exª meteu água, senhor presidente!...";- João Fonseca, "Carta aberta a José Luís Ferraz"- António José Gonçalves, "Rio Douro, Rio Ave..."- Jorge Laranja, "Sem ambiguidades com transparência"- Fernando Reis, "Águas inquinadas";- Sérgio Vinagre, "Contra a indiferença"Há, claramente, dois grandes temas nos articulistas desta semana: a água e as autárquicas. Curiosamente, das autárquicas só falam os socialistas; da água só fala a oposição.Romeu Cunha Reis continua a sua dissertação sobre o aborto, numa série de artigos sempre excelentes. Miguel Torres, num registo descontraído e divertido, fala sobre as férias, especialmente as do jornal onde escreve. Fernando Pinheiro aborda a questão dos funcionário públicos e das recentes decisões governamentais sobre o assunto. Muito bom o artigo da dupla Luís Soares/Nuno Miguel Santos, ao abordarem um dos grandes cancros de Vila do Conde, o Jornal de Vila do Conde. Os dois bloggers não se limitam a analisar, avançando para citações de um Manual de Jornalismo para expor ao ridículo a prática daquela publicação. Por isso, levam o MELHOR DA SEMANA.Relativamente à questão da água, ou seja, da privatização da concessão de água e sanemanto, Santos Cruz fez sair um mesmo texto em dois jornais. Uma jogada inteligente, já que cobre todo o espectro jornalístico vilacondense. E a sua posição é bastante clara: a partir da sentença do Tribunal Administrativo, desafia Mário Almeida para responder a duas questões elementares: qual vai ser o preço concreto da água e se o Presidente não acha anormal a confusão entre pessoas do júri do concurso e vereadores da autarquia. Está-se mesmo a ver que Mário Almeida vai responder... Também Rui Silva, director do Terras do Ave, alinha pelo mesmo diapasão, alertando para a gravidade do que vem na sentença e Fernando Reis, da CDU, com toda a pertinência política, vê na decisão judicial o mérito das reclamações e protestos da força política que encabeça.Passando às autárquicas, Sérgio Vinagre destila ironia e acidez para cima de Mário Almeida, um pouco na onda de José Luís Ferraz. António José Gonçalves oscila entre “dois amores”: o Porto, do seu amigo Assis, e Vila do Conde, de... Mário Almeida. E apela para que o PS “construa uma equipa forte” que contenha “boas qualidades éticas e profissionais”. Já vi directas mais indirectas, mas a verdade é que o PS está, claramente, a desaproveitar uma pessoa como este militante ao não o lançar em voos mais altos, como a muito falada candidatura à Junta de Freguesia de Vila do Conde, que seria muito do seu agrado. Abel Maia, continuando a sua dramática agonia política, agora que foi corrido da Câmara, ainda tenta cair nas graças de Mário Almeida, atacando a oposição com a firmeza de um solitário sniper embriagado.Depois, há o “dossier Ferraz”, que deixou atarantados os socialistas vilacondenses. Muito bom artigo de João Fonseca, defendendo o seu partido com racionalidade e argúcia. Pelo estilo, tiques de escrita e abordagem, se não tivesse assinado, juraria que tinha saído da pena de Mário Almeida – o que é natural num sucessor... E o recurso a um jovem, por contraponto ao “velho” Ferraz é de raposa velha e merece apreciação... Jorge Laranja, num artigo em que quer falar de muita coisa mas onde tudo acaba por sair demasiado “cinzento”, também toca no assunto, para concluir que foi “um tiro de pólvora seca”. Alexandre Raposo recorda o seu antigo professor de Filosofia e sente orgulho no seu escrito. Para o líder parlamentar do PP, há algo que está a mudar: “Será que de repente, o sol começa a clarear?”. Um bom encerramento antes de férias.Dupont

marcar artigo