Avenida Central: O Dia Depois de Amanhã

11-07-2018
marcar artigo

© JN

No dia em que os portugueses escolheram a composição da nova Assembleia da República, muitas são as interrogações que ainda se colocam quanto ao futuro do país. Antes demais, convém deixar bem claro que a vitória do Partido Socialista tem um amargo sabor a derrota, só amenizado pelo autêntico desaire do PSD. José Sócrates tem um resultado inferior ao obtido por Ferro Rodrigues no ocaso do guterrismo e, ainda assim, o PSD mostrou-se incapaz de gerar uma alternativa credível que pudesse dar ao país um novo governo. Pior do que isso, o PSD afastou-se da matriz social democrata, entregando-se ao conservadorismo mais beato e inimigo das causas sociais e da liberdade individual. Manuela Ferreira Leite e José Pacheco Pereira são os grandes derrotados desta noite.

Custe a quem custar, é preciso dizer com muita clareza que o grande vencedor da noite é o CDS-PP e Paulo Portas. A habilidade política garantiu-lhe uma aumento significativo do número de votos, a quase duplicação do número de deputados e, mais importante, a quase imprescindibilidade para a solução governativa do país. Ainda no campeonato dos pequenos partidos, o Bloco de Esquerda duplica o número de deputados, ultrapassa a CDU, mas não chega ao pódio. 

É pouco provável que os próximos dias, em plena campanha autárquica, sejam pródigos em novidades quanto ao futuro governo do país, mas, quanto a mim, as soluções plausíveis são apenas três: 1) o Partido Socialista governa sozinho, viabilizado pela abstenção do PSD no Orçamento; 2) o PS governa com base em acordos de incidência parlamentar pontuais com diferentes partidos; 3) o PS governa em coligação com o CDS-PP. Veremos.

© JN

No dia em que os portugueses escolheram a composição da nova Assembleia da República, muitas são as interrogações que ainda se colocam quanto ao futuro do país. Antes demais, convém deixar bem claro que a vitória do Partido Socialista tem um amargo sabor a derrota, só amenizado pelo autêntico desaire do PSD. José Sócrates tem um resultado inferior ao obtido por Ferro Rodrigues no ocaso do guterrismo e, ainda assim, o PSD mostrou-se incapaz de gerar uma alternativa credível que pudesse dar ao país um novo governo. Pior do que isso, o PSD afastou-se da matriz social democrata, entregando-se ao conservadorismo mais beato e inimigo das causas sociais e da liberdade individual. Manuela Ferreira Leite e José Pacheco Pereira são os grandes derrotados desta noite.

Custe a quem custar, é preciso dizer com muita clareza que o grande vencedor da noite é o CDS-PP e Paulo Portas. A habilidade política garantiu-lhe uma aumento significativo do número de votos, a quase duplicação do número de deputados e, mais importante, a quase imprescindibilidade para a solução governativa do país. Ainda no campeonato dos pequenos partidos, o Bloco de Esquerda duplica o número de deputados, ultrapassa a CDU, mas não chega ao pódio. 

É pouco provável que os próximos dias, em plena campanha autárquica, sejam pródigos em novidades quanto ao futuro governo do país, mas, quanto a mim, as soluções plausíveis são apenas três: 1) o Partido Socialista governa sozinho, viabilizado pela abstenção do PSD no Orçamento; 2) o PS governa com base em acordos de incidência parlamentar pontuais com diferentes partidos; 3) o PS governa em coligação com o CDS-PP. Veremos.

marcar artigo