PSD sem stresse no Pontal

16-08-2017
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Ambiente descontraído no Algarve. Festa começou em 1976, por iniciativa de Sá Carneiro, e Marcelo chegou a pagá-la do seu bolso

A 46.a festa do Pontal foi menos animada que o costume, mas igualmente descontraída. Luís Montenegro surgiu bronzeado e de barba por fazer, Marco António Costa calçou ténis desportivos, houve até deputados de t-shirt. O próprio líder do partido apresentou-se com um par de calças de ganga. O local, de resto, era propício à descontração sazonal.

Em ano de eleições autárquicas, a afluência ao evento que marca a rentrée do PSD tende a ser mais dispersa. A campanha para as eleições locais de outubro faz com que a festa de verão dos “laranjinhas” conte com menos hostes.

Em 2015, no ano das legislativas, a mobilização foi “naturalmente maior”, conta Cristóvão Norte, deputado eleito pelo círculo de Faro. Em 2015 estiveram mais de quatro mil e o recinto ganhava mais espaço.

Norte, que é filho de um dos fundadores da festa do Pontal (ver ao lado), sorri quando questionado sobre se espera pelo Pontal todo o ano: “O ano inteiro”, mesmo que muito tenha mudado.

Veio pela primeira vez em 1981, precisamente acompanhado pelo pai, à data líder local dos sociais--democratas e parlamentar. Nessa altura, o Pontal enchia “à vontade” com dez mil pessoas. “Era o dia inteiro, com tasquinhas, animação cultural, os grandes nomes da música popular, o campeonato nacional de motocross”. Uma militante do PSD de Faro interrompe a entrevista para cumprimentar Norte, que é candidato a presidente da Assembleia Municipal de Faro, e depois prossegue.

Francisco Sá Carneiro incentivou, na década de 70, a fundação da festa para implementar o PSD localmente contra a supremacia dos partidos mais à esquerda no sul do país.

“A mudança começou nos ‘Pontais’ cavaquistas. O Pontal moderno começa com Cavaco. Em ’85, encheu e passou para a Baixa de Faro com um cariz mais institucional que popular”, conta Norte. Antes era como uma Festa do Avante! do Partido Social Democrata, depois tornou-se mais político.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou a pagar do seu próprio bolso para realizar a Festa do Pontal, num ano em que o partido atravessava dificuldades financeiras.

Entre a liderança de Marcelo, hoje Presidente da República, e 2005 não houve Pontal. Marques Mendes tentou reintroduzi-lo em 2005, mas não correu bem, com menos de um milhar de presentes. Ontem, mesmo em ano autárquico, estiveram 2500. Um euro de cada bilhete serviu de doação aos bombeiros para o combate aos fogos deste ano.

Ambiente descontraído no Algarve. Festa começou em 1976, por iniciativa de Sá Carneiro, e Marcelo chegou a pagá-la do seu bolso

A 46.a festa do Pontal foi menos animada que o costume, mas igualmente descontraída. Luís Montenegro surgiu bronzeado e de barba por fazer, Marco António Costa calçou ténis desportivos, houve até deputados de t-shirt. O próprio líder do partido apresentou-se com um par de calças de ganga. O local, de resto, era propício à descontração sazonal.

Em ano de eleições autárquicas, a afluência ao evento que marca a rentrée do PSD tende a ser mais dispersa. A campanha para as eleições locais de outubro faz com que a festa de verão dos “laranjinhas” conte com menos hostes.

Em 2015, no ano das legislativas, a mobilização foi “naturalmente maior”, conta Cristóvão Norte, deputado eleito pelo círculo de Faro. Em 2015 estiveram mais de quatro mil e o recinto ganhava mais espaço.

Norte, que é filho de um dos fundadores da festa do Pontal (ver ao lado), sorri quando questionado sobre se espera pelo Pontal todo o ano: “O ano inteiro”, mesmo que muito tenha mudado.

Veio pela primeira vez em 1981, precisamente acompanhado pelo pai, à data líder local dos sociais--democratas e parlamentar. Nessa altura, o Pontal enchia “à vontade” com dez mil pessoas. “Era o dia inteiro, com tasquinhas, animação cultural, os grandes nomes da música popular, o campeonato nacional de motocross”. Uma militante do PSD de Faro interrompe a entrevista para cumprimentar Norte, que é candidato a presidente da Assembleia Municipal de Faro, e depois prossegue.

Francisco Sá Carneiro incentivou, na década de 70, a fundação da festa para implementar o PSD localmente contra a supremacia dos partidos mais à esquerda no sul do país.

“A mudança começou nos ‘Pontais’ cavaquistas. O Pontal moderno começa com Cavaco. Em ’85, encheu e passou para a Baixa de Faro com um cariz mais institucional que popular”, conta Norte. Antes era como uma Festa do Avante! do Partido Social Democrata, depois tornou-se mais político.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou a pagar do seu próprio bolso para realizar a Festa do Pontal, num ano em que o partido atravessava dificuldades financeiras.

Entre a liderança de Marcelo, hoje Presidente da República, e 2005 não houve Pontal. Marques Mendes tentou reintroduzi-lo em 2005, mas não correu bem, com menos de um milhar de presentes. Ontem, mesmo em ano autárquico, estiveram 2500. Um euro de cada bilhete serviu de doação aos bombeiros para o combate aos fogos deste ano.

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