“Domingo é preciso derrotar de novo a redução da TSU dos patrões”

18-07-2018
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Num comício em Santa Maria da Feira, Catarina Martins acusou Passos Coelho de desenterrar a proposta da TSU derrotada nas ruas em 2012 e estranhou que António Costa tenha perdido um dia de campanha a atacar o Bloco de Esquerda.

A porta-voz do Bloco apelou à memória de quem participou nas manifestações do 15 de setembro de 2012 e assim derrotou as mudanças na Taxa Social Única, depois de Passos Coelho ter “desenterrado a mesma medida” esta semana numa entrevista. Para Catarina Martins, quem saiu à rua para derrotar a “proposta aviltante de abdicar de um mês de salário para o entregar ao patrão” terá de sair de casa no próximo domingo e votar para derrotar de novo essa proposta.

A propósito das notícias sobre a manipulação dos números do défice de 2012, a porta-voz do Bloco registou ainda o incómodo de Passos Coelho quando se fala na Parvalorem, a empresa liderada “pelo amigo que trouxe da Tecnoforma" e que tem por missão gerir os prejuízos do BPN. Para Catarina Martins, ficou claro que Maria Luís Albuquerque mandou “alterar contas que já estavam fechadas e auditadas”, tratando “uma empresa pública como se fosse o seu quintal”.

Catarina Martins confessou “alguma estranheza” por ver que “António Costa decidiu dedicar o dia a atacar o Bloco de Esquerda”. E lembrou que o líder do PS ainda não respondeu se está disponível para abandonar a proposta de cortar na TSU, que no entender do Bloco equivale a "descapitalizar hoje a Segurança Social e ter pensões mais baixas no futuro, por isso não resolve nenhum dos problemas que temos”.

“O Bloco não está nesta campanha para atacar o PS. Está nesta campanha para procurar soluções que rompam com a austeridade e o que era mesmo bom era que o PS dissesse qualquer coisa de esquerda”, prosseguiu a porta-voz do Bloco.

No início da intervenção, Catarina quis homenagear “as mulheres e homens que fazem as lutas pela dignidade no trabalho”, ao lembrar que foi só em junho deste ano que finalmente se conseguiu a igualdade salarial entre homens e mulheres no setor da cortiça, após “tantos anos de luta, tanta humilhação das mulheres na cortiça, tanta subserviência dos vários poderes políticos aos Amorins desta vida”.

Moisés Ferreira: “Domingo é dia de ajuste de contas para quem perdeu salário e direitos”

Moisés Ferreira. Foto Paulete Matos

O cabeça de lista do Bloco por Aveiro afirmou a sua confiança num reforço eleitoral do Bloco com mais votos a elegerem mais deputados. Moisés Ferreira responsabilizou o candidato do PSD/CDS, Luís Montenegro, por ter liderado a “maioria de chumbo” dos últimos quatro anos, que cortou apoios sociais aos desempregados, aumentou impostos, promoveu a pobreza e a emigração. E também não poupou Paulo Portas, o antigo candidato do CDS pelo distrito. “Diz que encontraram a casa a arder e desatou a arrumá-la, mas nós sabemos que o incêndio continuou a lavrar na vida das pessoas”, prosseguiu Moisés Ferreira, falando no “incêndio da dívida pública”, que tem justificado os cortes na Saúde e Educação.

“O que vamos fazer nas urnas é um ajuste de contas” com todos os que viram salário e direitos cortados, acrescentou o candidato do Bloco por Aveiro. Sobre os apelos ao voto útil por parte do presidente do PS, que afirmou que votar à esquerda do seu partido era ajudar a direita, Moisés Ferreira pediu que alguém avisasse Carlos César que quem tem dado a mão à direita em todas as questões fundamentais para o país não é o Bloco, é o PS”. “O PS é que tem sido útil à direita”, defendeu o candidato bloquista, lembrando a facilitação dos despedimentos prevista no programa do PS.

Luís Fazenda: “Tratado Orçamental é a Bíblia da austeridade”

Luís Fazenda. Foto Paulete Matos

Na sua intervenção, Luís Fazenda criticou o “silêncio cúmplice do PSD, CDS e PS sobre o Tratado Orçamental”, o documento que contém os mandamentos da austeridade que tem sido aplicada e prevê aplicar-se ao país. E lembrou que foi o Bloco o único partido a propor na Assembleia da República o referendo ao Tratado Orçamental, para que a sua natureza e implicações fossem alvo de debate na sociedade, com a direita e o PS a votarem contra.

“O Tratado Orçamental é a Bíblia da política de austeridade, está lá o programa todo. É ele que sanciona a dívida, o défice, a obrigatoriedade de em 20 anos solvermos uma divida pública impagável, a supervisão da troika”, prosseguiu Luís Fazenda, acrescentando que “é este Tratado que expulsa as competências do parlamento português” e a autonomia de cada governo para decidir as suas políticas. Para o ex-líder parlamentar do Bloco, o silêncio de PSD/CDS e PS sobre este condicionamento com que se comprometeram em Bruxelas leva-os em campanha eleitoral a discutir “o poder troikista”, uma vez que do seu lado “só há um programa de governo e ele chama-se Tratado Orçamental”.

Nelson Peralta: “É preciso dizer ao dono da Altice que este não é o país da aldrabice nem da vigarice”

Nelson Peralta. Foto Paulete Matos

O segundo candidato do Bloco por Aveiro fez uma intervenção centrada na defesa dos direitos do trabalho contra a ameaça do desemprego e a exploração laboral que se tem agravado. E deu o exemplo da PT Inovação, que passou a fazer parte do grupo Altice. Nelson Peralta recordou as palavras recentes do dono do grupo, Patrick Drahi: “Não gosto de pagar salários, pago o mínimo que puder”.

“Claro que ele não estava a falar do seu salário e das suas regalias”, prosseguiu Nelson Peralta, explicando que a Altice quer agora cortar 30% no salário dos trabalhadores da PT Inovação. O candidato bloquista desafiou os candidatos da coligação PSD/CDS e do PS, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, a virem a público dizer o que acham disto, para que no domingo os eleitores de Aveiro saibam se representam os trabalhadores daquela empresa ou Patrick Drahi. “No Bloco não temos dúvidas: defendemos o trabalho com direitos e defendemos o salário”, acrescentou Nelson Peralta, concluindo que “é preciso no domingo dizer ao dono da Altice que este não é o país da aldrabice e não é o país da vigarice. É o país da dignidade. O país do trabalho com direitos”.

Num comício em Santa Maria da Feira, Catarina Martins acusou Passos Coelho de desenterrar a proposta da TSU derrotada nas ruas em 2012 e estranhou que António Costa tenha perdido um dia de campanha a atacar o Bloco de Esquerda.

A porta-voz do Bloco apelou à memória de quem participou nas manifestações do 15 de setembro de 2012 e assim derrotou as mudanças na Taxa Social Única, depois de Passos Coelho ter “desenterrado a mesma medida” esta semana numa entrevista. Para Catarina Martins, quem saiu à rua para derrotar a “proposta aviltante de abdicar de um mês de salário para o entregar ao patrão” terá de sair de casa no próximo domingo e votar para derrotar de novo essa proposta.

A propósito das notícias sobre a manipulação dos números do défice de 2012, a porta-voz do Bloco registou ainda o incómodo de Passos Coelho quando se fala na Parvalorem, a empresa liderada “pelo amigo que trouxe da Tecnoforma" e que tem por missão gerir os prejuízos do BPN. Para Catarina Martins, ficou claro que Maria Luís Albuquerque mandou “alterar contas que já estavam fechadas e auditadas”, tratando “uma empresa pública como se fosse o seu quintal”.

Catarina Martins confessou “alguma estranheza” por ver que “António Costa decidiu dedicar o dia a atacar o Bloco de Esquerda”. E lembrou que o líder do PS ainda não respondeu se está disponível para abandonar a proposta de cortar na TSU, que no entender do Bloco equivale a "descapitalizar hoje a Segurança Social e ter pensões mais baixas no futuro, por isso não resolve nenhum dos problemas que temos”.

“O Bloco não está nesta campanha para atacar o PS. Está nesta campanha para procurar soluções que rompam com a austeridade e o que era mesmo bom era que o PS dissesse qualquer coisa de esquerda”, prosseguiu a porta-voz do Bloco.

No início da intervenção, Catarina quis homenagear “as mulheres e homens que fazem as lutas pela dignidade no trabalho”, ao lembrar que foi só em junho deste ano que finalmente se conseguiu a igualdade salarial entre homens e mulheres no setor da cortiça, após “tantos anos de luta, tanta humilhação das mulheres na cortiça, tanta subserviência dos vários poderes políticos aos Amorins desta vida”.

Moisés Ferreira: “Domingo é dia de ajuste de contas para quem perdeu salário e direitos”

Moisés Ferreira. Foto Paulete Matos

O cabeça de lista do Bloco por Aveiro afirmou a sua confiança num reforço eleitoral do Bloco com mais votos a elegerem mais deputados. Moisés Ferreira responsabilizou o candidato do PSD/CDS, Luís Montenegro, por ter liderado a “maioria de chumbo” dos últimos quatro anos, que cortou apoios sociais aos desempregados, aumentou impostos, promoveu a pobreza e a emigração. E também não poupou Paulo Portas, o antigo candidato do CDS pelo distrito. “Diz que encontraram a casa a arder e desatou a arrumá-la, mas nós sabemos que o incêndio continuou a lavrar na vida das pessoas”, prosseguiu Moisés Ferreira, falando no “incêndio da dívida pública”, que tem justificado os cortes na Saúde e Educação.

“O que vamos fazer nas urnas é um ajuste de contas” com todos os que viram salário e direitos cortados, acrescentou o candidato do Bloco por Aveiro. Sobre os apelos ao voto útil por parte do presidente do PS, que afirmou que votar à esquerda do seu partido era ajudar a direita, Moisés Ferreira pediu que alguém avisasse Carlos César que quem tem dado a mão à direita em todas as questões fundamentais para o país não é o Bloco, é o PS”. “O PS é que tem sido útil à direita”, defendeu o candidato bloquista, lembrando a facilitação dos despedimentos prevista no programa do PS.

Luís Fazenda: “Tratado Orçamental é a Bíblia da austeridade”

Luís Fazenda. Foto Paulete Matos

Na sua intervenção, Luís Fazenda criticou o “silêncio cúmplice do PSD, CDS e PS sobre o Tratado Orçamental”, o documento que contém os mandamentos da austeridade que tem sido aplicada e prevê aplicar-se ao país. E lembrou que foi o Bloco o único partido a propor na Assembleia da República o referendo ao Tratado Orçamental, para que a sua natureza e implicações fossem alvo de debate na sociedade, com a direita e o PS a votarem contra.

“O Tratado Orçamental é a Bíblia da política de austeridade, está lá o programa todo. É ele que sanciona a dívida, o défice, a obrigatoriedade de em 20 anos solvermos uma divida pública impagável, a supervisão da troika”, prosseguiu Luís Fazenda, acrescentando que “é este Tratado que expulsa as competências do parlamento português” e a autonomia de cada governo para decidir as suas políticas. Para o ex-líder parlamentar do Bloco, o silêncio de PSD/CDS e PS sobre este condicionamento com que se comprometeram em Bruxelas leva-os em campanha eleitoral a discutir “o poder troikista”, uma vez que do seu lado “só há um programa de governo e ele chama-se Tratado Orçamental”.

Nelson Peralta: “É preciso dizer ao dono da Altice que este não é o país da aldrabice nem da vigarice”

Nelson Peralta. Foto Paulete Matos

O segundo candidato do Bloco por Aveiro fez uma intervenção centrada na defesa dos direitos do trabalho contra a ameaça do desemprego e a exploração laboral que se tem agravado. E deu o exemplo da PT Inovação, que passou a fazer parte do grupo Altice. Nelson Peralta recordou as palavras recentes do dono do grupo, Patrick Drahi: “Não gosto de pagar salários, pago o mínimo que puder”.

“Claro que ele não estava a falar do seu salário e das suas regalias”, prosseguiu Nelson Peralta, explicando que a Altice quer agora cortar 30% no salário dos trabalhadores da PT Inovação. O candidato bloquista desafiou os candidatos da coligação PSD/CDS e do PS, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, a virem a público dizer o que acham disto, para que no domingo os eleitores de Aveiro saibam se representam os trabalhadores daquela empresa ou Patrick Drahi. “No Bloco não temos dúvidas: defendemos o trabalho com direitos e defendemos o salário”, acrescentou Nelson Peralta, concluindo que “é preciso no domingo dizer ao dono da Altice que este não é o país da aldrabice e não é o país da vigarice. É o país da dignidade. O país do trabalho com direitos”.

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