servir o porto: Parlamento chumba lei autárquica

19-04-2019
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De como uma boa ideia reformadora do PS se transforma numa trapalhada ao, por um lado, não ouvir as pessoas no terreno, por outro, aceitar todo o tipo de cedências, transformando-se num nada político e num monte de incoerências. Sendo que Alegre votou contra, estamos curiosos em conhecer as declarações de voto de Seguro e de Coelho. E parabéns aos autarcas que se bateram contra a forma final da lei.Esperemos que o mesmo não venha a suceder com outra iniciativa de Mota Andrade visando obrigar à suspensão de mandatos a todos os autarcas acusados pelo Ministério Público. Aliás, esperamos que o mesmo venha a suceder, ou seja venha a ser chumbada, porque não passa dum pontapé primário e bárbaro no estado de Direito. O acusado pelo Ministério Público mantem-se tão inocente como o cidadão que está em casa sem nunca ter sido arquigo em caso algum. Só há penas sobre condenados e estes só o podem ser depois de julgamento definitivo, sendo que o autarca condenado só tem de deixar o seu lugar se for essa exactamente a condenação. Era o que faltava, qualquer caluniador com umas cartas anónimas e umas testemunhas arregimentadas poder urdir uma cena para o ministério Público fazer o jeito às oposições locais de derrubarem (pela suspensão) quem os opositores não são capazes de derrubar com o voto popular! Toda a gente sabe que quando fossem ploclamados inocentes já estavam arrumados politicamente há muito! Como é possível entrar tal coisa na cabeça de pessoas do PS?Mas tanto num projecto de lei como noutro, é a mesma arrogância que sobe à cabeça de alguns parlamentares de vários partidos, que pensam que por estarem na A.R. passaram a ser o "nec plus ultra" das virtudes, enquanto lá em baixo, pelas parvónias, a súcia de ladrões que seriam os autarcas, sujariam a imagem da política, como se não fosse exactamente das diversas instâncias do poder central, que passa, mesmo que injustamente, por serem mais mediatizadas, a pior imagem. Ou como se as corrupções não atravessassem todos os sectores e todos os escalões e, já agora, nas devidas proporções. Donde, como diria o Outro, é só fazer as contas.(JN) 17 Abril 2008 O diploma conjunto do PS e do PSD de revisão da lei eleitoral autárquica foi chumbado, ontem, no Parlamento, em votação final global, com os votos contra dos sociais-democratas, CDS/PP, PCP, BE e PEV. Os socialistas ameaçam agora não fazer mais iniciativas conjuntas com o PSD. No PS, de registar a abstenção de Manuel Alegre. Os deputados do PSD Luís Marques Guedes, Miguel Macedo, Regina Bastos e Aguiar Branco vão entregar declarações de voto, tal como os deputados do PS António José Seguro e Miguel Coelho."O meu voto acompanhou o do grupo parlamentar por respeito à disciplina de voto. Estou em desacordo completo com a posição assumida pelo PSD, no conteúdo e na forma como a definiu", revelou Marques Guedes, que negociou o princípio de acordo. No final, o vice-presidente da bancada do PS Mota Andrade acusou o PSD de "rasgar um compromisso livremente assumido e sufragado pelos órgãos nacionais dos partidos". E avisou que estão "ameaçadas as condições de confiança" para outras iniciativas. O "vice" da bancada do PSD Luís Montenegro contra-atacou "A convergência de opiniões é incompatível com a intransigência e com a arrogância. O PS não pode querer acordar com o PSD sem ouvir as posições do PSD. A Associação Nacional de Freguesias já se declarou "satisfeita com a decisão, que já esperava".


De como uma boa ideia reformadora do PS se transforma numa trapalhada ao, por um lado, não ouvir as pessoas no terreno, por outro, aceitar todo o tipo de cedências, transformando-se num nada político e num monte de incoerências. Sendo que Alegre votou contra, estamos curiosos em conhecer as declarações de voto de Seguro e de Coelho. E parabéns aos autarcas que se bateram contra a forma final da lei.Esperemos que o mesmo não venha a suceder com outra iniciativa de Mota Andrade visando obrigar à suspensão de mandatos a todos os autarcas acusados pelo Ministério Público. Aliás, esperamos que o mesmo venha a suceder, ou seja venha a ser chumbada, porque não passa dum pontapé primário e bárbaro no estado de Direito. O acusado pelo Ministério Público mantem-se tão inocente como o cidadão que está em casa sem nunca ter sido arquigo em caso algum. Só há penas sobre condenados e estes só o podem ser depois de julgamento definitivo, sendo que o autarca condenado só tem de deixar o seu lugar se for essa exactamente a condenação. Era o que faltava, qualquer caluniador com umas cartas anónimas e umas testemunhas arregimentadas poder urdir uma cena para o ministério Público fazer o jeito às oposições locais de derrubarem (pela suspensão) quem os opositores não são capazes de derrubar com o voto popular! Toda a gente sabe que quando fossem ploclamados inocentes já estavam arrumados politicamente há muito! Como é possível entrar tal coisa na cabeça de pessoas do PS?Mas tanto num projecto de lei como noutro, é a mesma arrogância que sobe à cabeça de alguns parlamentares de vários partidos, que pensam que por estarem na A.R. passaram a ser o "nec plus ultra" das virtudes, enquanto lá em baixo, pelas parvónias, a súcia de ladrões que seriam os autarcas, sujariam a imagem da política, como se não fosse exactamente das diversas instâncias do poder central, que passa, mesmo que injustamente, por serem mais mediatizadas, a pior imagem. Ou como se as corrupções não atravessassem todos os sectores e todos os escalões e, já agora, nas devidas proporções. Donde, como diria o Outro, é só fazer as contas.(JN) 17 Abril 2008 O diploma conjunto do PS e do PSD de revisão da lei eleitoral autárquica foi chumbado, ontem, no Parlamento, em votação final global, com os votos contra dos sociais-democratas, CDS/PP, PCP, BE e PEV. Os socialistas ameaçam agora não fazer mais iniciativas conjuntas com o PSD. No PS, de registar a abstenção de Manuel Alegre. Os deputados do PSD Luís Marques Guedes, Miguel Macedo, Regina Bastos e Aguiar Branco vão entregar declarações de voto, tal como os deputados do PS António José Seguro e Miguel Coelho."O meu voto acompanhou o do grupo parlamentar por respeito à disciplina de voto. Estou em desacordo completo com a posição assumida pelo PSD, no conteúdo e na forma como a definiu", revelou Marques Guedes, que negociou o princípio de acordo. No final, o vice-presidente da bancada do PS Mota Andrade acusou o PSD de "rasgar um compromisso livremente assumido e sufragado pelos órgãos nacionais dos partidos". E avisou que estão "ameaçadas as condições de confiança" para outras iniciativas. O "vice" da bancada do PSD Luís Montenegro contra-atacou "A convergência de opiniões é incompatível com a intransigência e com a arrogância. O PS não pode querer acordar com o PSD sem ouvir as posições do PSD. A Associação Nacional de Freguesias já se declarou "satisfeita com a decisão, que já esperava".

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