Venda do Novo Banco está mesmo atrasada e preocupação de Passos com a CGD “é natural”

21-01-2016
marcar artigo

Interrogado no final do Conselho de Ministros sobre o impacto do atraso da venda do Novo Banco no défice, o ministro da Presidência disse que a questão não foi tratada na reunião - mas admitiu atrasos no processo. Marques Guedes comentou ainda as preocupações de Passos com a Caixa Geral de Depósitos

O ministro da Presidência diz que será uma “boa notícia” se a venda do Novo Banco estiver concluída durante o mês de agosto, porque significa que o processo não se arrastará demasiado.

Questionado em conferência de imprensa, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros, sobre a notícia avançada pelo Expresso de que a venda do Novo Banco, prevista para o final deste mês ou início do próximo, deverá ser adiada até meados de agosto, Luís Marques Guedes disse que “será, apesar de tudo, uma boa notícia”. E continuou salientando que isso significará que “o processo não se arrastará demasiado”, não obstante a derrapagem em relação ao prazo inicialmente previsto.

Ressalvando que o assunto da venda do Novo Banco não foi tratado na reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira de manhã, Marques Guedes recordou que o processo de alienação “é todo ele tratado pelo Banco de Portugal enquanto supervisor e regulador do sistema financeiro”.

Apesar disso, “o Governo acompanha o assunto”, nomeadamente através da ministra das Finanças, que vai sendo informada pelo governador do Banco de Portugal sobre como tudo está a correr, acrescentou.

“Mas isso não quer dizer que seja matéria que tenha de ser tratada em Conselho de Ministros. Não é nem tem de ser tratado em Conselho de Ministros”, insistiu.

Interrogado ainda sobre o impacto do atraso da venda do Novo Banco no défice, o ministro da Presidência referiu que essa questão também não foi tratada na reunião. Recordou, contudo, que há ainda “alguma indefinição” sobre como tratar e acolher em termos de contas nacionais o impacto desta medida de resolução.

“Portugal é o único país, pelo menos até ao momento, que se viu obrigado a utilizar o mecanismo de resolução que está previsto nas regras europeias, nas diretivas europeias. Tudo o que se está a passar em Portugal é um pouco novo relativamente a essas mesmas regras. Portugal aguarda que as instâncias europeias definam exatamente como é que se deve fazer a classificação financeira do impacto destas medidas”, disse.

CGD: as preocupações de Passos

Relativamente à “preocupação” manifestada recentemente pelo primeiro-ministro sobre a necessidade de a Caixa Geral de Depósito (CGD) aumentar os seus níveis de rentabilidade para devolver o empréstimo do Estado, Marques Guedes disse que o assunto também não foi discutido em Conselho de Ministros e considerou ter-se tratado apenas de uma referência de Passos Coelho a uma “preocupação natural”.

“Não é mais do que isso, trata-se apenas de uma nota de que a CGD tem de melhorar os seus níveis de rentabilidade interna para que possa satisfazer os seus compromissos”, sustentou.

Em entrevista ao “Negócios”, o primeiro-ministro diz estar preocupado porque a Caixa Geral de Depósitos é o único banco que teve ajuda pública e ainda não fez qualquer reembolso. “O recado à administração do banco foi enviado”, escreve o jornal.

Interrogado no final do Conselho de Ministros sobre o impacto do atraso da venda do Novo Banco no défice, o ministro da Presidência disse que a questão não foi tratada na reunião - mas admitiu atrasos no processo. Marques Guedes comentou ainda as preocupações de Passos com a Caixa Geral de Depósitos

O ministro da Presidência diz que será uma “boa notícia” se a venda do Novo Banco estiver concluída durante o mês de agosto, porque significa que o processo não se arrastará demasiado.

Questionado em conferência de imprensa, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros, sobre a notícia avançada pelo Expresso de que a venda do Novo Banco, prevista para o final deste mês ou início do próximo, deverá ser adiada até meados de agosto, Luís Marques Guedes disse que “será, apesar de tudo, uma boa notícia”. E continuou salientando que isso significará que “o processo não se arrastará demasiado”, não obstante a derrapagem em relação ao prazo inicialmente previsto.

Ressalvando que o assunto da venda do Novo Banco não foi tratado na reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira de manhã, Marques Guedes recordou que o processo de alienação “é todo ele tratado pelo Banco de Portugal enquanto supervisor e regulador do sistema financeiro”.

Apesar disso, “o Governo acompanha o assunto”, nomeadamente através da ministra das Finanças, que vai sendo informada pelo governador do Banco de Portugal sobre como tudo está a correr, acrescentou.

“Mas isso não quer dizer que seja matéria que tenha de ser tratada em Conselho de Ministros. Não é nem tem de ser tratado em Conselho de Ministros”, insistiu.

Interrogado ainda sobre o impacto do atraso da venda do Novo Banco no défice, o ministro da Presidência referiu que essa questão também não foi tratada na reunião. Recordou, contudo, que há ainda “alguma indefinição” sobre como tratar e acolher em termos de contas nacionais o impacto desta medida de resolução.

“Portugal é o único país, pelo menos até ao momento, que se viu obrigado a utilizar o mecanismo de resolução que está previsto nas regras europeias, nas diretivas europeias. Tudo o que se está a passar em Portugal é um pouco novo relativamente a essas mesmas regras. Portugal aguarda que as instâncias europeias definam exatamente como é que se deve fazer a classificação financeira do impacto destas medidas”, disse.

CGD: as preocupações de Passos

Relativamente à “preocupação” manifestada recentemente pelo primeiro-ministro sobre a necessidade de a Caixa Geral de Depósito (CGD) aumentar os seus níveis de rentabilidade para devolver o empréstimo do Estado, Marques Guedes disse que o assunto também não foi discutido em Conselho de Ministros e considerou ter-se tratado apenas de uma referência de Passos Coelho a uma “preocupação natural”.

“Não é mais do que isso, trata-se apenas de uma nota de que a CGD tem de melhorar os seus níveis de rentabilidade interna para que possa satisfazer os seus compromissos”, sustentou.

Em entrevista ao “Negócios”, o primeiro-ministro diz estar preocupado porque a Caixa Geral de Depósitos é o único banco que teve ajuda pública e ainda não fez qualquer reembolso. “O recado à administração do banco foi enviado”, escreve o jornal.

marcar artigo