Geração de 60: O Pirata de Estado

26-07-2018
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Leve, livre e certeiro o discurso de José Pedro Aguiar Branco foi o mais revolucionário do 25 de Abril de 2010.Falou quem nada tinha a perder: nem a fama, tão arreigada, da burguesia conservadora do Porto, nem a liderança do PSD nem um futuro ministeriável com Passos Coelho, aparentemente garantido.Aguiar Branco pirateou os autores e os símbolos «de esquerda» como um corsário com «cem anos de perdão» que resgatou dos abusadores oficiais o que era de todos e que era seu. Neste sentido, foi «ladrão» que «roubou a ladrões»: atreveu-se ao cravo encarnado e à citação de figuras históricas que o próprio Partido Comunista Português evita. E gozou, com deleite, a alergia da esquerda à palavra Pátria, que também é de todos e não apenas da Direita. Neste caso, dividiu magnanimamente o saque da pirataria que fez em todos os navios.No alto da sua gravata às riscas, exibiu com humor a verdadeira sede e os actores do preconceito. Demostrou que o estar e o verbo pseudo-libertos da esquerda mais não são do que grilhões inamovíveis de ideias feitas de uma gente que registou patentes que não lhe pertencem e se deixou enclausurar nesse bafio. Pelo meio, disse o que tinha a dizer sobre o País, com clareza e sentido de Estado. Gostei a valer.

Leve, livre e certeiro o discurso de José Pedro Aguiar Branco foi o mais revolucionário do 25 de Abril de 2010.Falou quem nada tinha a perder: nem a fama, tão arreigada, da burguesia conservadora do Porto, nem a liderança do PSD nem um futuro ministeriável com Passos Coelho, aparentemente garantido.Aguiar Branco pirateou os autores e os símbolos «de esquerda» como um corsário com «cem anos de perdão» que resgatou dos abusadores oficiais o que era de todos e que era seu. Neste sentido, foi «ladrão» que «roubou a ladrões»: atreveu-se ao cravo encarnado e à citação de figuras históricas que o próprio Partido Comunista Português evita. E gozou, com deleite, a alergia da esquerda à palavra Pátria, que também é de todos e não apenas da Direita. Neste caso, dividiu magnanimamente o saque da pirataria que fez em todos os navios.No alto da sua gravata às riscas, exibiu com humor a verdadeira sede e os actores do preconceito. Demostrou que o estar e o verbo pseudo-libertos da esquerda mais não são do que grilhões inamovíveis de ideias feitas de uma gente que registou patentes que não lhe pertencem e se deixou enclausurar nesse bafio. Pelo meio, disse o que tinha a dizer sobre o País, com clareza e sentido de Estado. Gostei a valer.

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