Portugal Adormecido: Aguiar-branco e os lobos

04-09-2019
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Numa curiosa hifenização coletiva, a nossa imprensa passou a grafar o apelido de José Pedro Aguiar Branco como Aguiar-Branco. O que me parece impossível, em qualquer uma das três grafias oficiais da língua portuguesa (a europeia, a afro-asiática e a americana). Daí que o meu título não seja gralha: com hífen, o apelido há de ser mesmo Aguiar-branco. Assim como não lhe serve a pele de lobo meigo com que se pretende cobrir numa entrevista de hoje ao Jornal i com sugestiva chamada de capa: “Debaixo da pele de cordeiro social-democrata, Costa é um lobo marxista”.

Apoiei publicamente a candidatura de José Pedro Aguiar Branco contra Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel nas últimas verdadeiras eleições para presidente do PSD. O escasso resultado ficou conhecido. Acompanhei-o e participei ativamente na batalha interna para revivescer o PSD que se traduziu no Gene PSD, projeto de revisão de estatutos e linha política que está publicado e foi posto de lado por Pedro Passos Coelho. Acompanhei José Pedro Aguiar Branco nos trabalhos de estaleiro em que tanto socialismo deixou este Portugal adormecido. Não virei a casaca. Já não somos amigos.

“Está na altura de o PSD virar para o futuro”, diz hoje José Pedro Aguiar Branco. Reconheço-lhe a insistência, não o valor nem as qualidades necessárias para chegar a ser uma verdadeira alternativa (de que bem vamos precisar mais cedo do que mais tarde) a António Costa como Primeiro-ministro.

Luis Miguel Novais


Numa curiosa hifenização coletiva, a nossa imprensa passou a grafar o apelido de José Pedro Aguiar Branco como Aguiar-Branco. O que me parece impossível, em qualquer uma das três grafias oficiais da língua portuguesa (a europeia, a afro-asiática e a americana). Daí que o meu título não seja gralha: com hífen, o apelido há de ser mesmo Aguiar-branco. Assim como não lhe serve a pele de lobo meigo com que se pretende cobrir numa entrevista de hoje ao Jornal i com sugestiva chamada de capa: “Debaixo da pele de cordeiro social-democrata, Costa é um lobo marxista”.

Apoiei publicamente a candidatura de José Pedro Aguiar Branco contra Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel nas últimas verdadeiras eleições para presidente do PSD. O escasso resultado ficou conhecido. Acompanhei-o e participei ativamente na batalha interna para revivescer o PSD que se traduziu no Gene PSD, projeto de revisão de estatutos e linha política que está publicado e foi posto de lado por Pedro Passos Coelho. Acompanhei José Pedro Aguiar Branco nos trabalhos de estaleiro em que tanto socialismo deixou este Portugal adormecido. Não virei a casaca. Já não somos amigos.

“Está na altura de o PSD virar para o futuro”, diz hoje José Pedro Aguiar Branco. Reconheço-lhe a insistência, não o valor nem as qualidades necessárias para chegar a ser uma verdadeira alternativa (de que bem vamos precisar mais cedo do que mais tarde) a António Costa como Primeiro-ministro.

Luis Miguel Novais

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