Chefe de gabinete da ministra da Cultura é mulher de deputado do PS

22-05-2019
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Acumulam-se os casos de ligações familiares no atual Governo e na Administração do Estado. Depois de terem sido noticiadas as situações das mulheres de Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro e Pedro Delgado Alves, a VISÃO confirmou que também a esposa do deputado e ex-secretário de Estado da Defesa Marcos Perestrello passou a integrar o Executivo. Em outubro, Sara Gonçalves Gil foi nomeada chefe de gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca.

“Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 11.º e no artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 11/2012, de 20 de janeiro designo como Chefe do meu gabinete a mestre Sara Alexandra Gonçalves Gil Perestrello de Vasconcellos, Diretora das Lojas e Espaços Cidadão, na Agência para a Modernização Administrativa, I. P.”, pode ler-se no despacho assinado por Graça Fonseca, que produziu efeitos a partir de 15 de outubro de 2018, data em que a sucessora Luís Filipe Castro Mendes tomou posse.

A VISÃO questionou o gabinete de Graça Fonseca sobre os critérios que determinaram a nomeação e se a relação conjugal entre Sara Gonçalves Gil e Marcos Perestrello tinha pesado na decisão, mas ainda aguarda uma resposta.

Até chegar ao Governo, Sara Gonçalves Gil, de 45 anos, antigo quadro da Caixa Geral de Depósitos, tinha passado pelo gabinete de Graça Fonseca, na qualidade de adjunta, quando a agora ministra da Cultura, em 2009, era vereadora da Educação, Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa. Antes disso, fora assessora de António Costa, tanto na Administração Interna (primeiro Executivo de José Sócrates) como na Justiça (segundo mandato de António Guterres). Em 2008, desempenhou funções de adjunta do secretário de Estado da Protecção Civil José Miguel Medeiros

Na nota curricular que acompanha o despacho, é realçado que a chefe de gabinete da ministra da Cultura é mestre em Marketing pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, pós-graduada em Marketing Management na mesma faculdade e licenciada em Organização e Gestão de Empresas pela Universidade Moderna de Lisboa.

No mesmo dia em que Sara Gonçalves Gil iniciou funções, João Gomes Cravinho passou a ocupar o lugar de José Azeredo Lopes no Ministério da Defesa. A mudança, precipitada pelos desenvolvimentos acerca do desaparecimento do material militar de Tancos (e respetivas manobras de encobrimento), acabou por ditar também a saída de Marcos Perestrello do Governo.

Perestrello é também membro do Secretariado Nacional do partido, posição a que tinha renunciado em 2010 para ser presidente da poderosa Federação da Área Urbana de Lisboa. Em 2005, foi eleito deputado pela primeira vez e em 2007 tornou-se vereador na Câmara Municipal de Lisboa (da qual chegou a ser vice-presidente). Foi secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar e voltaria ao Governo em 2015 para reassumir a Secretaria de Estado da Defesa.

Este caso surge na sequência de outras situações que envolvem três dos chamados jovens turcos do PS. Primeiro, o jornal Eco revelou que Ana Catarina Gamboa, mulher do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, fora nomeada chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro. Depois, foi a vez de a Sábado noticiar que a mulher do próprio Duarte Cordeiro, Suasana Ramos, fora indicada pelo Governo, a 16 de janeiro, para a direção do Fundo para a Inovação Social (FIS).

Na altura, o agora secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares era o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde coabitou com Susana Ramos, que fora diretora do Departamento para os Direitos Sociais, funções que viria a cessar em 2017. Aí, contava a revista, foi nomeada para coordenar a nova Unidade Nacional de Gestão da EEA Grants (o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu), uma estrutura recém-criada pelo Executivo (tal como o FIS) sob tutela do então ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

Na sexta-feira, a VISÃO avançou que também a mulher de Pedro Delgado Alves (deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PS e secretário-geral da JS entre 2010 e 2012) e filha de Fernando Serrasqueiro (antigo deputado e secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor no primeiro Governo liderado por José Sócrates) tinha sido recrutada para o Executivo chefiado por António Costa. Também em outubro do ano passado, Mafalda Serrasqueiro foi designada chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro.

Acumulam-se os casos de ligações familiares no atual Governo e na Administração do Estado. Depois de terem sido noticiadas as situações das mulheres de Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro e Pedro Delgado Alves, a VISÃO confirmou que também a esposa do deputado e ex-secretário de Estado da Defesa Marcos Perestrello passou a integrar o Executivo. Em outubro, Sara Gonçalves Gil foi nomeada chefe de gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca.

“Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 11.º e no artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 11/2012, de 20 de janeiro designo como Chefe do meu gabinete a mestre Sara Alexandra Gonçalves Gil Perestrello de Vasconcellos, Diretora das Lojas e Espaços Cidadão, na Agência para a Modernização Administrativa, I. P.”, pode ler-se no despacho assinado por Graça Fonseca, que produziu efeitos a partir de 15 de outubro de 2018, data em que a sucessora Luís Filipe Castro Mendes tomou posse.

A VISÃO questionou o gabinete de Graça Fonseca sobre os critérios que determinaram a nomeação e se a relação conjugal entre Sara Gonçalves Gil e Marcos Perestrello tinha pesado na decisão, mas ainda aguarda uma resposta.

Até chegar ao Governo, Sara Gonçalves Gil, de 45 anos, antigo quadro da Caixa Geral de Depósitos, tinha passado pelo gabinete de Graça Fonseca, na qualidade de adjunta, quando a agora ministra da Cultura, em 2009, era vereadora da Educação, Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa. Antes disso, fora assessora de António Costa, tanto na Administração Interna (primeiro Executivo de José Sócrates) como na Justiça (segundo mandato de António Guterres). Em 2008, desempenhou funções de adjunta do secretário de Estado da Protecção Civil José Miguel Medeiros

Na nota curricular que acompanha o despacho, é realçado que a chefe de gabinete da ministra da Cultura é mestre em Marketing pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, pós-graduada em Marketing Management na mesma faculdade e licenciada em Organização e Gestão de Empresas pela Universidade Moderna de Lisboa.

No mesmo dia em que Sara Gonçalves Gil iniciou funções, João Gomes Cravinho passou a ocupar o lugar de José Azeredo Lopes no Ministério da Defesa. A mudança, precipitada pelos desenvolvimentos acerca do desaparecimento do material militar de Tancos (e respetivas manobras de encobrimento), acabou por ditar também a saída de Marcos Perestrello do Governo.

Perestrello é também membro do Secretariado Nacional do partido, posição a que tinha renunciado em 2010 para ser presidente da poderosa Federação da Área Urbana de Lisboa. Em 2005, foi eleito deputado pela primeira vez e em 2007 tornou-se vereador na Câmara Municipal de Lisboa (da qual chegou a ser vice-presidente). Foi secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar e voltaria ao Governo em 2015 para reassumir a Secretaria de Estado da Defesa.

Este caso surge na sequência de outras situações que envolvem três dos chamados jovens turcos do PS. Primeiro, o jornal Eco revelou que Ana Catarina Gamboa, mulher do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, fora nomeada chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro. Depois, foi a vez de a Sábado noticiar que a mulher do próprio Duarte Cordeiro, Suasana Ramos, fora indicada pelo Governo, a 16 de janeiro, para a direção do Fundo para a Inovação Social (FIS).

Na altura, o agora secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares era o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde coabitou com Susana Ramos, que fora diretora do Departamento para os Direitos Sociais, funções que viria a cessar em 2017. Aí, contava a revista, foi nomeada para coordenar a nova Unidade Nacional de Gestão da EEA Grants (o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu), uma estrutura recém-criada pelo Executivo (tal como o FIS) sob tutela do então ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

Na sexta-feira, a VISÃO avançou que também a mulher de Pedro Delgado Alves (deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PS e secretário-geral da JS entre 2010 e 2012) e filha de Fernando Serrasqueiro (antigo deputado e secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor no primeiro Governo liderado por José Sócrates) tinha sido recrutada para o Executivo chefiado por António Costa. Também em outubro do ano passado, Mafalda Serrasqueiro foi designada chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro.

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