Deputados avaliam mina de urânio a céu aberto junto a Portugal

04-03-2018
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Deputados avaliam mina de urânio a céu aberto junto a Portugal

Mina de Retortillo será visitada por deputados da Comissão do Ambiente e Ordenamento do Território.

Uma delegação da Assembleia da República desloca-se a Retortillo (Espanha), hoje. Os deputados da Comissão do Ambiente e Ordenamento do Território pretendem avaliar os impactos da instalação de uma mina de urânio a céu aberto perto da fronteira portuguesa de Almeida, disse à agência Lusa fonte parlamentar.

"Há um risco de contaminação por via área e também fluvial, através da bacia hidrográfica do Douro, uma vez que todas as escorrências vão dar ao rio", disse à Lusa o deputado Pedro Soares (BE), que integra a delegação portuguesa composta ainda por Manuel Frexes, Berta Cabral, Emília Cerqueira (PSD), Maria da Luz Rosinha, José Manuel Carpinteira, Santinho Pacheco (PS), Patrícia Fonseca (CDS-PP), Paula Santos (PCP) e André Silva (PAN). Serão recebidos em Boada, às dez horas, pelo presidente da Câmara Juan Matías Garzón e pelo alcaide de Villavieja de Yeltes, Jorge Rodríguez. Outros políticos espanhóis, do PSOE e Podemos, entre outros, também se encontrarão com os portugueses.

Os deputados vão visitar o local onde a empresa (Berkeley) pretende fazer a exploração e manterão contactos com as autoridades locais.

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O Governo português já pediu informação sobre a matéria, indicou o deputado, acrescentando que as autoridades espanholas não accionaram o mecanismo de avaliação ambiental partilhada."É uma situação idêntica à de Almaraz [central nuclear, junto ao rio Tejo, a cem quilómetros da fronteira com Portugal] , que levou o Governo português a fazer um protesto", explicou.Segundo o deputado, o Governo espanhol já fez a sua avaliação, mas as autoridades portuguesas não foram envolvidas."Estamos preocupados e temos recebido preocupações dos autarcas. A mina já está a ser instalada, já começaram a cortar árvores", afirmou Pedro Soares.Daniel Navia, secretário de Estado da Energia, disse no dia 13 de Fevereiro que não havia "nenhum tipo de queixa do governo português devido à exploração mineira. O governo espanhol já deu uma autorização prévia ao projecto, em 2015, faltando ainda autorizações da Junta de Castilha e Leão e do Conselho de Segurança Nuclear (CSN). A segunda confirmação do governo espanhol só ocorre depois de recebida a informação do CSN.A visita iniciou-se no domingo, com contactos com as autoridades portuguesas, prosseguindo em Espanha hoje."A Comissão de Ambiente foi contactada. Agora vamos analisar a situação e recolher toda a informação possível para depois, na Assembleia da República, podermos tomar mais iniciativas sobre esta questão", declarou.É um elemento essencial ao funcionamento das centrais nucleares. Em Retortillo, será explorado pela Berkeley, uma empresa anglo-australiana. A mina deverá produzir mais de duas toneladas de urânio por ano, durante 30 anos. A licença pode ser renovada por mais dois períodos de 30 anos.Segundo a Associação Nuclear Mundial, as pessoas que trabalham nas minas de urânio sofrem uma exposição potencial a materiais naturalmente radioactivos, pelo que é necessário controlar os riscos.

Deputados avaliam mina de urânio a céu aberto junto a Portugal

Mina de Retortillo será visitada por deputados da Comissão do Ambiente e Ordenamento do Território.

Uma delegação da Assembleia da República desloca-se a Retortillo (Espanha), hoje. Os deputados da Comissão do Ambiente e Ordenamento do Território pretendem avaliar os impactos da instalação de uma mina de urânio a céu aberto perto da fronteira portuguesa de Almeida, disse à agência Lusa fonte parlamentar.

"Há um risco de contaminação por via área e também fluvial, através da bacia hidrográfica do Douro, uma vez que todas as escorrências vão dar ao rio", disse à Lusa o deputado Pedro Soares (BE), que integra a delegação portuguesa composta ainda por Manuel Frexes, Berta Cabral, Emília Cerqueira (PSD), Maria da Luz Rosinha, José Manuel Carpinteira, Santinho Pacheco (PS), Patrícia Fonseca (CDS-PP), Paula Santos (PCP) e André Silva (PAN). Serão recebidos em Boada, às dez horas, pelo presidente da Câmara Juan Matías Garzón e pelo alcaide de Villavieja de Yeltes, Jorge Rodríguez. Outros políticos espanhóis, do PSOE e Podemos, entre outros, também se encontrarão com os portugueses.

Os deputados vão visitar o local onde a empresa (Berkeley) pretende fazer a exploração e manterão contactos com as autoridades locais.

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O Governo português já pediu informação sobre a matéria, indicou o deputado, acrescentando que as autoridades espanholas não accionaram o mecanismo de avaliação ambiental partilhada."É uma situação idêntica à de Almaraz [central nuclear, junto ao rio Tejo, a cem quilómetros da fronteira com Portugal] , que levou o Governo português a fazer um protesto", explicou.Segundo o deputado, o Governo espanhol já fez a sua avaliação, mas as autoridades portuguesas não foram envolvidas."Estamos preocupados e temos recebido preocupações dos autarcas. A mina já está a ser instalada, já começaram a cortar árvores", afirmou Pedro Soares.Daniel Navia, secretário de Estado da Energia, disse no dia 13 de Fevereiro que não havia "nenhum tipo de queixa do governo português devido à exploração mineira. O governo espanhol já deu uma autorização prévia ao projecto, em 2015, faltando ainda autorizações da Junta de Castilha e Leão e do Conselho de Segurança Nuclear (CSN). A segunda confirmação do governo espanhol só ocorre depois de recebida a informação do CSN.A visita iniciou-se no domingo, com contactos com as autoridades portuguesas, prosseguindo em Espanha hoje."A Comissão de Ambiente foi contactada. Agora vamos analisar a situação e recolher toda a informação possível para depois, na Assembleia da República, podermos tomar mais iniciativas sobre esta questão", declarou.É um elemento essencial ao funcionamento das centrais nucleares. Em Retortillo, será explorado pela Berkeley, uma empresa anglo-australiana. A mina deverá produzir mais de duas toneladas de urânio por ano, durante 30 anos. A licença pode ser renovada por mais dois períodos de 30 anos.Segundo a Associação Nuclear Mundial, as pessoas que trabalham nas minas de urânio sofrem uma exposição potencial a materiais naturalmente radioactivos, pelo que é necessário controlar os riscos.

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