Análise de Hernâni Carvalho ao atentado terrorista em Barcelona

03-09-2017
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Reuters

Sexta-feira, 18, no dia a seguir ao duplo ataque terrorista de Barcelona e Cambrils, 30 mil pessoas concentraram-se ao meio-dia, na Praça da Catalunha, em Barcelona. Após um minuto de silêncio em memória das vítimas, a população quis mostrar resistência e afirmar não temer terroristas. E por isso gritaram “No tinc por” (“Não tenho medo”, em catalão).

Duplo ataque terrorista

Em Barcelona mataram 15 pessoas e feriram 130. A 120 km dali, em Cambrils, uma mulher morreu depois de ser apunhalada por um grupo de cinco terroristas. Fugiram a pé, com armas brancas e falsos cintos de explosivos. Acabaram abatidos pela polícia.

Procurado

Ambos os atentados foram reinvincados pelo Daesh. O de Barcelona no próprio dia e o de Cambrils no sábado (19). Younes Abouyaaqoub, tido como principal suspeito e líder do atentado, terá sido abatido pela polícia, de acordo com a imprensa espanhola. O homem que terá conduzido a carrinha usada para matar nas nas Ramblas, em Barcelona, tem 22 anos, nasceu em Marrocos, morava na cidade de Ripoll, a norte de Barcelona, onde a polícia já deteve três pessoas. Está a monte e poderá ter conseguido passar a fronteira.

Célula terrorista

Os atentados foram preparados com meses de antecedência. As autoridades falam de uma célula de 12 pessoas, nenhuma sinalizada por suspeita de extremismo ou terrorismo. Diz o jornal “El País” que na casa de Tarragona, que os terroristas ocuparam meses antes, as autoridades encontraram 106 botijas de gás e traços do explosivo TATP, também usado em outros atentados reivindicados pelo Daesh na Europa. A célula integrava espanhóis e marroquinos. “Gente muito jovem”, disse o comissário-chefe dos Mossos de Barcelona. Quatro estão detidos, cinco foram mortos no ataque em Cambrils.

Planos falhados

O que era para ser um ataque de grande escala teve várias contrariedades. Primeiro não terão conseguido alugar um camião. O objectivo seria que as bombas fossem postas no camião e este largado contra um alvo. Depois, tentaram fazer a coisa com botijas de gás nos carros. Também correu mal. Na véspera do atentado, em Alcanar, o carro explodiu e morreram dois. Sobreviveu um terceiro que está no hospital e é uma das fontes vitais da investigação. Com dois planos falhados, usaram os veículos como arma.

Um “modus operandi” conhecido

Atirar um carro contra a população inocente e indefesa. Foi assim em Barcelona, nesta passada semana, como foi no Passeio dos Ingleses em Nice (2016), como foi no do mercado de Natal, em Berlim (2016), e como foi em Westminster, Londres (2017), por exemplo. É o modus operandi deste terrorismo. Um qualquer automóvel usado como arma, atirado contra uma grande concentração de pessoas. De preferência com turistas. Para estes terroristas, matar turistas alarga a margem de medo e terror. Num só acto atingem diversas nacionalidades. Em Barcelona, foram atingidas pessoas de 35 nacionalidades diferentes.

Duas vítimas portuguesas

Uma avó de 74 anos e a neta de 20, tinham acabado de chegar a Barcelona para umas férias, naquela quinta-feira (dia 17). Decidiram depois dar um passeio nas Ramblas, uma das avenidas mais turísticas. “Chegaram, instalaram-se contactaram com a família e foram dar um pequeno passeio. E foram colhidas neste incidente trágico”, disse em Barcelona o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, citado pela agência Lusa.

Reuters

Sexta-feira, 18, no dia a seguir ao duplo ataque terrorista de Barcelona e Cambrils, 30 mil pessoas concentraram-se ao meio-dia, na Praça da Catalunha, em Barcelona. Após um minuto de silêncio em memória das vítimas, a população quis mostrar resistência e afirmar não temer terroristas. E por isso gritaram “No tinc por” (“Não tenho medo”, em catalão).

Duplo ataque terrorista

Em Barcelona mataram 15 pessoas e feriram 130. A 120 km dali, em Cambrils, uma mulher morreu depois de ser apunhalada por um grupo de cinco terroristas. Fugiram a pé, com armas brancas e falsos cintos de explosivos. Acabaram abatidos pela polícia.

Procurado

Ambos os atentados foram reinvincados pelo Daesh. O de Barcelona no próprio dia e o de Cambrils no sábado (19). Younes Abouyaaqoub, tido como principal suspeito e líder do atentado, terá sido abatido pela polícia, de acordo com a imprensa espanhola. O homem que terá conduzido a carrinha usada para matar nas nas Ramblas, em Barcelona, tem 22 anos, nasceu em Marrocos, morava na cidade de Ripoll, a norte de Barcelona, onde a polícia já deteve três pessoas. Está a monte e poderá ter conseguido passar a fronteira.

Célula terrorista

Os atentados foram preparados com meses de antecedência. As autoridades falam de uma célula de 12 pessoas, nenhuma sinalizada por suspeita de extremismo ou terrorismo. Diz o jornal “El País” que na casa de Tarragona, que os terroristas ocuparam meses antes, as autoridades encontraram 106 botijas de gás e traços do explosivo TATP, também usado em outros atentados reivindicados pelo Daesh na Europa. A célula integrava espanhóis e marroquinos. “Gente muito jovem”, disse o comissário-chefe dos Mossos de Barcelona. Quatro estão detidos, cinco foram mortos no ataque em Cambrils.

Planos falhados

O que era para ser um ataque de grande escala teve várias contrariedades. Primeiro não terão conseguido alugar um camião. O objectivo seria que as bombas fossem postas no camião e este largado contra um alvo. Depois, tentaram fazer a coisa com botijas de gás nos carros. Também correu mal. Na véspera do atentado, em Alcanar, o carro explodiu e morreram dois. Sobreviveu um terceiro que está no hospital e é uma das fontes vitais da investigação. Com dois planos falhados, usaram os veículos como arma.

Um “modus operandi” conhecido

Atirar um carro contra a população inocente e indefesa. Foi assim em Barcelona, nesta passada semana, como foi no Passeio dos Ingleses em Nice (2016), como foi no do mercado de Natal, em Berlim (2016), e como foi em Westminster, Londres (2017), por exemplo. É o modus operandi deste terrorismo. Um qualquer automóvel usado como arma, atirado contra uma grande concentração de pessoas. De preferência com turistas. Para estes terroristas, matar turistas alarga a margem de medo e terror. Num só acto atingem diversas nacionalidades. Em Barcelona, foram atingidas pessoas de 35 nacionalidades diferentes.

Duas vítimas portuguesas

Uma avó de 74 anos e a neta de 20, tinham acabado de chegar a Barcelona para umas férias, naquela quinta-feira (dia 17). Decidiram depois dar um passeio nas Ramblas, uma das avenidas mais turísticas. “Chegaram, instalaram-se contactaram com a família e foram dar um pequeno passeio. E foram colhidas neste incidente trágico”, disse em Barcelona o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, citado pela agência Lusa.

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