Intervenção de secretário de Estado sobre autárquicas no Porto criticada no PS e no Governo

01-02-2017
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José Luís Carneiro, o secretário de Estado das Comunidades, disse que, “sem um candidato no Porto, o PS perde autonomia estratégica para se afirmar como alternativa”.

Causaram incómodo no Governo as declarações do secretário de Estado das Comunidade, José Luís Carneiro, que afirmou que o PS fica diminuído ao não apresentar um candidato próprio no Porto nas eleições autárquicas do próximo ano.

Numa altura em que as atenções estão todas voltadas para o PSD por não ter ainda uma candidatura em Lisboa, “não faz nenhum sentido o PS envolver-se em polémicas e fazer declarações que não servem para ajudar o Governo”, disse ao PÚBLICO uma fonte da direcção socialista, censurando a intervenção do secretário de Estado das Comunidades. “Querem reacender um debate de uma coisa que está decida pelos órgãos do partido”, comentou a mesma fonte. O PÚBLICO sabe que a intervenção de Carneiro foi criticada por outros governantes.

Este domingo, em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, José Luís Carneiro insurgiu-se contra o facto de o PS não ter um candidato próprio ao Porto, uma estratégia que, do seu ponto de vista, prejudica o partido.“ Sem candidato no Porto, o PS perde autonomia estratégica para se afirmar como alternativa”, disse o governante.

Em declarações ao PÚBLICO, o líder da federação do PS-Porto, Manuel Pizarro, dispara contra o seu antecessor na liderança da distrital, acusando-o de ter uma “visão paroquial e sectária sobre a vida politica local”.

“Se José Luís Carneiro andasse pelo Porto, perceberia como a governação autárquica liderada por Rui Moreira é apreciada e como a participação do PS nessa governação é valorizada pelos cidadãos”, declarou Manuel Pizarro, afirmando que a “realidade é totalmente contrária à percepção distante do secretário de Estado”.

“O PS não apenas não se diluiu na governação autárquica como ganhou mais prestígio e autoridade por ter colocado a sua força partidária ao serviço de um programa política com o qual se identifica em absoluto”, acrescentou o líder federativo, assinalando a “consonância programática e o capital de três anos e meio de uma governação em comum bem-sucedida. Não há nenhuma boa razão para que o PS não deva apoiar a recandidatura de Rui Moreira”.

José Luís Carneiro faz parte de uma ala do PS que discorda do apoio do partido a Rui Moreira. Mas não está sozinho. Há uma semana, Manuel Machado presidente da Câmara de Coimbra e da Associação Nacional de Municípios Portugueses, deixou claro que entendia que o PS devia concorrer a todas as câmaras, assembleias municipais e juntas de freguesias. Foi da boca de Francisco Assis que se ouviu a crítica mais violenta à estratégia da distrital socialista. O eurodeputado diz que o “PS cometerá uma indignidade”, se optar por não apresentar uma candidatura própria à Câmara do Porto, alternativa a Rui Moreira. “O PS tem um projecto e um programa para cidade, tem personalidades capazes de liderarem uma candidatura à Câmara do Porto e, por isso, não vejo como seja possível não ter um candidato”, disse.

No PS há quem considere que esta sucessão de declarações de figuras ligadas ao segurismo a criticar a falta de um candidato no Porto “tem um alinhamento, porque em política o que parece é”. Mas não são apenas os seguristas que pensam assim. Socráticos como Renato Sampaio e Isabel Santos, ambos deputados, discordam desde a primeira hora o apoio do partido a Rui Moreria e, durante muito tempo, foi ponderada a apresentação de uma candidatura do partido que agrupasse os descontentes.

José Luís Carneiro, o secretário de Estado das Comunidades, disse que, “sem um candidato no Porto, o PS perde autonomia estratégica para se afirmar como alternativa”.

Causaram incómodo no Governo as declarações do secretário de Estado das Comunidade, José Luís Carneiro, que afirmou que o PS fica diminuído ao não apresentar um candidato próprio no Porto nas eleições autárquicas do próximo ano.

Numa altura em que as atenções estão todas voltadas para o PSD por não ter ainda uma candidatura em Lisboa, “não faz nenhum sentido o PS envolver-se em polémicas e fazer declarações que não servem para ajudar o Governo”, disse ao PÚBLICO uma fonte da direcção socialista, censurando a intervenção do secretário de Estado das Comunidades. “Querem reacender um debate de uma coisa que está decida pelos órgãos do partido”, comentou a mesma fonte. O PÚBLICO sabe que a intervenção de Carneiro foi criticada por outros governantes.

Este domingo, em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, José Luís Carneiro insurgiu-se contra o facto de o PS não ter um candidato próprio ao Porto, uma estratégia que, do seu ponto de vista, prejudica o partido.“ Sem candidato no Porto, o PS perde autonomia estratégica para se afirmar como alternativa”, disse o governante.

Em declarações ao PÚBLICO, o líder da federação do PS-Porto, Manuel Pizarro, dispara contra o seu antecessor na liderança da distrital, acusando-o de ter uma “visão paroquial e sectária sobre a vida politica local”.

“Se José Luís Carneiro andasse pelo Porto, perceberia como a governação autárquica liderada por Rui Moreira é apreciada e como a participação do PS nessa governação é valorizada pelos cidadãos”, declarou Manuel Pizarro, afirmando que a “realidade é totalmente contrária à percepção distante do secretário de Estado”.

“O PS não apenas não se diluiu na governação autárquica como ganhou mais prestígio e autoridade por ter colocado a sua força partidária ao serviço de um programa política com o qual se identifica em absoluto”, acrescentou o líder federativo, assinalando a “consonância programática e o capital de três anos e meio de uma governação em comum bem-sucedida. Não há nenhuma boa razão para que o PS não deva apoiar a recandidatura de Rui Moreira”.

José Luís Carneiro faz parte de uma ala do PS que discorda do apoio do partido a Rui Moreira. Mas não está sozinho. Há uma semana, Manuel Machado presidente da Câmara de Coimbra e da Associação Nacional de Municípios Portugueses, deixou claro que entendia que o PS devia concorrer a todas as câmaras, assembleias municipais e juntas de freguesias. Foi da boca de Francisco Assis que se ouviu a crítica mais violenta à estratégia da distrital socialista. O eurodeputado diz que o “PS cometerá uma indignidade”, se optar por não apresentar uma candidatura própria à Câmara do Porto, alternativa a Rui Moreira. “O PS tem um projecto e um programa para cidade, tem personalidades capazes de liderarem uma candidatura à Câmara do Porto e, por isso, não vejo como seja possível não ter um candidato”, disse.

No PS há quem considere que esta sucessão de declarações de figuras ligadas ao segurismo a criticar a falta de um candidato no Porto “tem um alinhamento, porque em política o que parece é”. Mas não são apenas os seguristas que pensam assim. Socráticos como Renato Sampaio e Isabel Santos, ambos deputados, discordam desde a primeira hora o apoio do partido a Rui Moreria e, durante muito tempo, foi ponderada a apresentação de uma candidatura do partido que agrupasse os descontentes.

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