CDS descarta PSD nas cinco câmaras que ganhou sozinho

21-05-2017
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Em 2013 Paulo Portas conquistou o "penta", com o CDS a passar de uma para cinco câmaras. © Vitor Rios / Global Imagens

O CDS vai continuar a apostar sozinho no "penta" que conquistou nas eleições autárquicas de 2013, quando subiu de uma para cinco câmaras municipais, descartando o apoio do PSD. Os centristas ganharam ao PSD três das quatro novas câmaras (Vale de Cambra, Montemor-o-Velho e Santana) e acreditam numa nova vitória. Ontem foi assinado o "Acordo Quadro Autárquico Nacional" entre os dois partidos da oposição, onde estão definidas as regras a seguir pelas estruturas locais.

Em 2013 os dois partidos foram coligados em 92 das 308 autarquias e venceram 20. Posteriormente foram firmados acordos pós-autárquicos em duas outras câmaras e a coligação venceu numas eleições intercalares em S.João da Madeira. O secretário-geral do CDS, Pedro Morais Soares, não adiantou o número de coligações previstas desta vez, afiançando apenas que "tudo aponta para que possamos andar no mesmo número".

Em relação às câmaras ganhas pelo CDS sozinho, nada a alterar. "Já foram anunciadas as recandidaturas e vamos sozinhos outra vez", assegurou este dirigente.

Por seu lado, em declarações aos jornalistas depois da assinatura do acordo, o coordenador nacional autárquico do PSD, Carlos Carreiras, expressou diferente previsão: "Temos uma expectativa positiva fundamentada, de podermos aumentar as coligações a nível nacional em comparação com 2013", assinalou.

A menos de um ano das eleições autárquicas continua em aberto, do lado do PSD, que candidato vai apoiar na capital portuguesa. No Porto, o PSD escolheu um independente, Álvaro Almeida, presidente da Entidade Reguladora da Saúde, anunciado no início deste mês. O CDS já tinha divulgado a sua decisão muito antes. Tal como em 2013, os centristas vão apoiar Rui Moreira e foi a própria presidente do partido a confirmá-lo no congresso que a elegeu como líder, em março deste ano.

Para Lisboa, Cristas anunciou a sua própria candidatura em setembro, surpreendendo os sociais-democratas.

Com Santana Lopes fora de jogo, o PSD perdeu a sua primeira escolha para Lisboa, deixando o palco da direita, para já, em exclusivo para Assunção Cristas. Questionado sobre um possível apoio à presidente centrista, Carlos Carreiras desviou a resposta para os "objetivos" do partido. Até 31 de março do próximo ano, "apresentar projetos que sejam ganhadores do ponto de vista eleitoral mas, acima de tudo, que possam ser concretizadas essas mesmas vitórias do ponto de vista qualitativo", defendeu.

Acordo igual a 2013

Apesar destas divergências, PSD e CDS anteciparam o acordo nacional. Foi assinado cerca de um mês mais cedo que em 2013 (a 31de janeiro). Consultando ambos os documentos, praticamente não há diferenças no conteúdo do texto, apenas alguma na organização dos parágrafos e com outras assinaturas. Desta vez assinaram, do lado do PSD, o secretário-geral José de Matos Rosa e o coordenador nacional autárquico Carlos Carreiras; do CDS o secretário-geral Pedro Morais Soares e o coordenador nacional autárquico, Domingos Doutel. Há três anos os protagonistas foram, pelo PSD, também José Matos Rosa e Jorge Moreira da Silva, e pelo CDS, Nuno Melo e António Carlos Monteiro. O contexto político era então bem diferente, com a coligação PAF a governar o país.

O acordo hoje assinado define "regras enquadradoras" das alianças pré-eleitorais já negociadas ou a negociar, "podendo ser extensível a outras forças partidárias desde que acordado previamente", estabelece o documento distribuído aos jornalistas. É estabelecido que "a apresentação dos candidatos é da responsabilidade do partido que indicar o cabeça de lista à Câmara Municipal, devendo estar presente um dirigente nacional do outro partido".

O documento define que, "para efeitos de repartição de votos e da subvenção pública" os dois partidos acordaram que "o critério de repartição pelas coligações será: PPD/PSD 80% e CDS-PP 20%".

A designação do mandatário de lista e do mandatário financeiro será da responsabilidade do partido que indicar o cabeça de lista, fixa ainda o acordo. O acordo, que tem 10 pontos, dita ainda que "a resolução de conflitos" que emerjam do mesmo e as "dúvidas interpretativas" serão resolvidas "mediante decisão conjunta das comissões coordenadoras autárquicas dos dois partidos". As estruturas locais já começaram a negociar. Com Lusa

Em 2013 Paulo Portas conquistou o "penta", com o CDS a passar de uma para cinco câmaras. © Vitor Rios / Global Imagens

O CDS vai continuar a apostar sozinho no "penta" que conquistou nas eleições autárquicas de 2013, quando subiu de uma para cinco câmaras municipais, descartando o apoio do PSD. Os centristas ganharam ao PSD três das quatro novas câmaras (Vale de Cambra, Montemor-o-Velho e Santana) e acreditam numa nova vitória. Ontem foi assinado o "Acordo Quadro Autárquico Nacional" entre os dois partidos da oposição, onde estão definidas as regras a seguir pelas estruturas locais.

Em 2013 os dois partidos foram coligados em 92 das 308 autarquias e venceram 20. Posteriormente foram firmados acordos pós-autárquicos em duas outras câmaras e a coligação venceu numas eleições intercalares em S.João da Madeira. O secretário-geral do CDS, Pedro Morais Soares, não adiantou o número de coligações previstas desta vez, afiançando apenas que "tudo aponta para que possamos andar no mesmo número".

Em relação às câmaras ganhas pelo CDS sozinho, nada a alterar. "Já foram anunciadas as recandidaturas e vamos sozinhos outra vez", assegurou este dirigente.

Por seu lado, em declarações aos jornalistas depois da assinatura do acordo, o coordenador nacional autárquico do PSD, Carlos Carreiras, expressou diferente previsão: "Temos uma expectativa positiva fundamentada, de podermos aumentar as coligações a nível nacional em comparação com 2013", assinalou.

A menos de um ano das eleições autárquicas continua em aberto, do lado do PSD, que candidato vai apoiar na capital portuguesa. No Porto, o PSD escolheu um independente, Álvaro Almeida, presidente da Entidade Reguladora da Saúde, anunciado no início deste mês. O CDS já tinha divulgado a sua decisão muito antes. Tal como em 2013, os centristas vão apoiar Rui Moreira e foi a própria presidente do partido a confirmá-lo no congresso que a elegeu como líder, em março deste ano.

Para Lisboa, Cristas anunciou a sua própria candidatura em setembro, surpreendendo os sociais-democratas.

Com Santana Lopes fora de jogo, o PSD perdeu a sua primeira escolha para Lisboa, deixando o palco da direita, para já, em exclusivo para Assunção Cristas. Questionado sobre um possível apoio à presidente centrista, Carlos Carreiras desviou a resposta para os "objetivos" do partido. Até 31 de março do próximo ano, "apresentar projetos que sejam ganhadores do ponto de vista eleitoral mas, acima de tudo, que possam ser concretizadas essas mesmas vitórias do ponto de vista qualitativo", defendeu.

Acordo igual a 2013

Apesar destas divergências, PSD e CDS anteciparam o acordo nacional. Foi assinado cerca de um mês mais cedo que em 2013 (a 31de janeiro). Consultando ambos os documentos, praticamente não há diferenças no conteúdo do texto, apenas alguma na organização dos parágrafos e com outras assinaturas. Desta vez assinaram, do lado do PSD, o secretário-geral José de Matos Rosa e o coordenador nacional autárquico Carlos Carreiras; do CDS o secretário-geral Pedro Morais Soares e o coordenador nacional autárquico, Domingos Doutel. Há três anos os protagonistas foram, pelo PSD, também José Matos Rosa e Jorge Moreira da Silva, e pelo CDS, Nuno Melo e António Carlos Monteiro. O contexto político era então bem diferente, com a coligação PAF a governar o país.

O acordo hoje assinado define "regras enquadradoras" das alianças pré-eleitorais já negociadas ou a negociar, "podendo ser extensível a outras forças partidárias desde que acordado previamente", estabelece o documento distribuído aos jornalistas. É estabelecido que "a apresentação dos candidatos é da responsabilidade do partido que indicar o cabeça de lista à Câmara Municipal, devendo estar presente um dirigente nacional do outro partido".

O documento define que, "para efeitos de repartição de votos e da subvenção pública" os dois partidos acordaram que "o critério de repartição pelas coligações será: PPD/PSD 80% e CDS-PP 20%".

A designação do mandatário de lista e do mandatário financeiro será da responsabilidade do partido que indicar o cabeça de lista, fixa ainda o acordo. O acordo, que tem 10 pontos, dita ainda que "a resolução de conflitos" que emerjam do mesmo e as "dúvidas interpretativas" serão resolvidas "mediante decisão conjunta das comissões coordenadoras autárquicas dos dois partidos". As estruturas locais já começaram a negociar. Com Lusa

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