FÓRUM GALAICO TRANSMONTANO

14-04-2019
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Com este título na capa e
contracapa e com o símbolo do Fórum Galaico transmontano – círculo de
Estudos e divulgação- foi distribuído pelos seus associados, convivas e
técnicos dos serviços culturais da região, o volume nº 5 da Revista que dá
nome, sentido e cobertura a este grupo de intelectuais da fronteira norte, nas
áreas de influência de Chaves e de Verin. Mais ampla do que a antiga fronteira
dos Povos promíscuos, da  velha Galiza que
tem hoje a juventude do primitivo Reino Galego, esta ampla região
luso-transmontana nunca se desentendeu, apesar dos artificialismos fronteiriços
que nenhum convénio desfaz, quando a Terra é a mesma e a alma humana se funde e
confunde por cada geração que passa. Há oito anos, como há oito séculos, a
geração que preside aos destinos desta aldeia global, criou o Fórum
Luso-Galaico. Tem hoje 120 pessoas de lá e de cá que se identificam pelos usos
e costumes, pela gastronomia, pela região, pela ancestralidade e também pela
esperança de mais oito séculos, tão unidos como hoje. Essa gente de ambos os
sexos, velhos e novos, escolarizados e candidatos a todas as artes e ofícios
que a Região extrai da terra que pisa e das fragas em que descansa, cultiva o
gosto de viver em comunhão, troca experiências, saberes e culturas, numa
espécie de lusofonia agalegada, que robustece os dois idiomas novilatinos.

 
Esta sã e multi-secular
convivência que remonta ao Condado Portucalense e se fundiu em 1096 com o
casamento do Conde de D. Henrique com D. Teresa Afonso, em Entre os Rios Minho
e Douro, reforça-se ao longo da Fronteira entre de  La Guardia e Zamora, através de associações
que visam a junção de culturas, de saberes, de gostos e de vontades.

 O Fórum
que é fruto da forte vontade de estreitar essas relações, deve-se a Fernando
Rua Castro que há seis anos criou uma publicação anual, que condensa ideias,
projetos e realizações comuns entre os de cá e os de lá e vice-versa. Por cada
encontro que realiza, apresenta uma espécie de ata que faz a recolha e a leitura
dos acontecimentos de ambos os lados. Assim foi o VI Encontro que já se fizera
em Montalegre, em Valpaços, em Boticas, em Verín e em Chaves, concelhos que
pertencem à região do Alto Tâmega.

 
A confraternização sócio-cultural
abriu na Sexta-Feira, (29), ao início da Tarde no Ecomuseu Espaço Padre Fontes
com a distribuição do V número da Revista Fórum Galaico- Transmontano. No dia
30 invocaram-se memórias vivas que se apagaram com a morte, mas permanecem
entre nós como referenciais a seguir. Dessas memórias fala a revista. E aqui
ficam citadas pela ordem em que alguns vivos, falam daqueles que conheceram,
mas já partiram: Francisco Añón, Álvaro de Carvalhal, Ramón Otero Pedrayo,
Miguel Torga, Fernão de Magalhães Gonçalves, Bento da Cruz e Sampaio Marinho.

A publicação  mudou de grafismo, de formato e de papel, deu
guarida a colaboradores de vários tipos de formação e de notabilidade
literária, desde o catedrático Telmo Verdelho, ao tribuno galego Ramón Otero
Pedrayo, desde o laureado Pires Cabral, ao monógrafo António Mosca, desde o
biógrafo José António Silva à poetisa Manuela Morais. A António Chaves e Maria
José Afonso coube a tarefa maior e mais aprofundada sobre Bento da Cruz.

 
Telmo Verdelho teve o cuidado
científico, como linguista profissional da Universidade de Aveiro, de
publicitar, traduzir e expor «os mais antigos documentos em galego-português».
Começa por dizer que «são já passados oito séculos desde que D. Afonso II
entendeu fazer um testamento com a preocupação confessada de assegurar a sucessão
pacífica e acautelar o sufrágio da sua alma». Longo no ponto 1 afirma que  «o texto então redigido nos chegou,
relativamente isolado, como o primeiro documento régio escrito em Língua
Portuguesa e, durante muitos anos foi considerado o primeiro texto conhecido em
que se iniciava a escrita em vernáculo português». Adianta, entretanto que se
tornaram ultimamente conhecidos documentos privados que antecipam em cerca de
40 anos, a data das primeiras tentativas até agora conservadas para dar
expressão escrita ao vernáculo galego-português. Pelo que podemos dizer que a
«Língua Portuguesa já tem cerca de oito séculos e meio de memória escrita». E
que o ensaio da escrita em «latim vulgar» (dita por oposição à língua latina),
pode ter começado algum tempo antes, durante o reinado de Afonso Henriques.

Da página 7 à 23 delicia
Telmo Verdelho os leitores deste exemplar número um, da Revista do Fórum
Galaico- Trasmontano. Mesmo que o Padre Lourenço Fontes venha a seguir com
cinco páginas, onde demonstra que «Palavras as leva o vento» a Direção do
Fórum  promoveu um excelente fim de
semana cultural nas Terras de Barroso.

                                                                                                
Barroso da Fonte

Com este título na capa e
contracapa e com o símbolo do Fórum Galaico transmontano – círculo de
Estudos e divulgação- foi distribuído pelos seus associados, convivas e
técnicos dos serviços culturais da região, o volume nº 5 da Revista que dá
nome, sentido e cobertura a este grupo de intelectuais da fronteira norte, nas
áreas de influência de Chaves e de Verin. Mais ampla do que a antiga fronteira
dos Povos promíscuos, da  velha Galiza que
tem hoje a juventude do primitivo Reino Galego, esta ampla região
luso-transmontana nunca se desentendeu, apesar dos artificialismos fronteiriços
que nenhum convénio desfaz, quando a Terra é a mesma e a alma humana se funde e
confunde por cada geração que passa. Há oito anos, como há oito séculos, a
geração que preside aos destinos desta aldeia global, criou o Fórum
Luso-Galaico. Tem hoje 120 pessoas de lá e de cá que se identificam pelos usos
e costumes, pela gastronomia, pela região, pela ancestralidade e também pela
esperança de mais oito séculos, tão unidos como hoje. Essa gente de ambos os
sexos, velhos e novos, escolarizados e candidatos a todas as artes e ofícios
que a Região extrai da terra que pisa e das fragas em que descansa, cultiva o
gosto de viver em comunhão, troca experiências, saberes e culturas, numa
espécie de lusofonia agalegada, que robustece os dois idiomas novilatinos.

 
Esta sã e multi-secular
convivência que remonta ao Condado Portucalense e se fundiu em 1096 com o
casamento do Conde de D. Henrique com D. Teresa Afonso, em Entre os Rios Minho
e Douro, reforça-se ao longo da Fronteira entre de  La Guardia e Zamora, através de associações
que visam a junção de culturas, de saberes, de gostos e de vontades.

 O Fórum
que é fruto da forte vontade de estreitar essas relações, deve-se a Fernando
Rua Castro que há seis anos criou uma publicação anual, que condensa ideias,
projetos e realizações comuns entre os de cá e os de lá e vice-versa. Por cada
encontro que realiza, apresenta uma espécie de ata que faz a recolha e a leitura
dos acontecimentos de ambos os lados. Assim foi o VI Encontro que já se fizera
em Montalegre, em Valpaços, em Boticas, em Verín e em Chaves, concelhos que
pertencem à região do Alto Tâmega.

 
A confraternização sócio-cultural
abriu na Sexta-Feira, (29), ao início da Tarde no Ecomuseu Espaço Padre Fontes
com a distribuição do V número da Revista Fórum Galaico- Transmontano. No dia
30 invocaram-se memórias vivas que se apagaram com a morte, mas permanecem
entre nós como referenciais a seguir. Dessas memórias fala a revista. E aqui
ficam citadas pela ordem em que alguns vivos, falam daqueles que conheceram,
mas já partiram: Francisco Añón, Álvaro de Carvalhal, Ramón Otero Pedrayo,
Miguel Torga, Fernão de Magalhães Gonçalves, Bento da Cruz e Sampaio Marinho.

A publicação  mudou de grafismo, de formato e de papel, deu
guarida a colaboradores de vários tipos de formação e de notabilidade
literária, desde o catedrático Telmo Verdelho, ao tribuno galego Ramón Otero
Pedrayo, desde o laureado Pires Cabral, ao monógrafo António Mosca, desde o
biógrafo José António Silva à poetisa Manuela Morais. A António Chaves e Maria
José Afonso coube a tarefa maior e mais aprofundada sobre Bento da Cruz.

 
Telmo Verdelho teve o cuidado
científico, como linguista profissional da Universidade de Aveiro, de
publicitar, traduzir e expor «os mais antigos documentos em galego-português».
Começa por dizer que «são já passados oito séculos desde que D. Afonso II
entendeu fazer um testamento com a preocupação confessada de assegurar a sucessão
pacífica e acautelar o sufrágio da sua alma». Longo no ponto 1 afirma que  «o texto então redigido nos chegou,
relativamente isolado, como o primeiro documento régio escrito em Língua
Portuguesa e, durante muitos anos foi considerado o primeiro texto conhecido em
que se iniciava a escrita em vernáculo português». Adianta, entretanto que se
tornaram ultimamente conhecidos documentos privados que antecipam em cerca de
40 anos, a data das primeiras tentativas até agora conservadas para dar
expressão escrita ao vernáculo galego-português. Pelo que podemos dizer que a
«Língua Portuguesa já tem cerca de oito séculos e meio de memória escrita». E
que o ensaio da escrita em «latim vulgar» (dita por oposição à língua latina),
pode ter começado algum tempo antes, durante o reinado de Afonso Henriques.

Da página 7 à 23 delicia
Telmo Verdelho os leitores deste exemplar número um, da Revista do Fórum
Galaico- Trasmontano. Mesmo que o Padre Lourenço Fontes venha a seguir com
cinco páginas, onde demonstra que «Palavras as leva o vento» a Direção do
Fórum  promoveu um excelente fim de
semana cultural nas Terras de Barroso.

                                                                                                
Barroso da Fonte

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