A rede laranjinha da 'Operação Tutti-frutti'

30-07-2018
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E os boletins de voto voaram pela janela. O “Serginho” começou assim na política, na escola dos ‘jotas’, vítima de uma chapelada eleitoral da primeira vez que concorreu a um cargo partidário, daquelas que faziam a normalidade na JSD nos anos 90. Aos 15 anos, Sérgio Azevedo, hoje deputado — investigado na ‘Operação Tutti-Frutti’ e alvo de buscas domiciliárias a 27 de junho —, era candidato a coordenador distrital da JSD de Lisboa para o ensino secundário. Como de costume, quando havia golpada, os cadernos eleitorais estavam manipulados: neste caso pelos seus adversários, apoiados pela direção nacional da ‘jota’ (então liderada por Jorge Moreira da Silva, futuro ministro do Ambiente no Governo de Passos Coelho). Corria o ano de 1996 ou 1997, Marcelo Rebelo de Sousa liderava o partido. Lição da escola do caciquismo: quando uma eleição martelada está perdida, a única hipótese é escalar o nível e usar a força física. Com a derrota à vista, um ‘jota’ mais velho promotor da candidatura do “Serginho” entrou na sala da sede distrital do partido, na Rua da Junqueira, agarrou na urna, atirou os boletins pela janela, meteu a caixa de cartão onde estavam os votos na cabeça, ameaçou os membros da mesa e pôs um ponto final na eleição.

A eleição foi impugnada. “Serginho” seria derrotado numa segunda ronda, mas tornou-se uma promessa: “O Sérgio era um dos meus delfins, um dos nossos projetos de liderança”, recorda, 20 anos depois, Carlos Reis (não confundir com Carlos Eduardo Reis, outro protagonista desta história, que entra em cena mais à frente), nessa época líder distrital da JSD de Lisboa e uma das fontes que recordou este episódio ao Expresso. Sérgio Azevedo foi crescendo politicamente no ambiente de guerra permanente entre fações em que vive o PSD em Lisboa há mais de uma década. Aos 16 anos estava na direção distrital da JSD e aos 19 já liderava os ‘jotinhas’ lisboetas (da sua direção fez parte Rui Caeiro, que viria a ser um dos atores secundários na novela da direção do Sporting com Bruno de Carvalho). Havia de entrar para a Comissão Política da JSD, presidida por Pedro Duarte, como coordenador nacional do ensino secundário. Tinha um futuro auspicioso pela frente.

Leia o artigo na íntegra AQUI.

E os boletins de voto voaram pela janela. O “Serginho” começou assim na política, na escola dos ‘jotas’, vítima de uma chapelada eleitoral da primeira vez que concorreu a um cargo partidário, daquelas que faziam a normalidade na JSD nos anos 90. Aos 15 anos, Sérgio Azevedo, hoje deputado — investigado na ‘Operação Tutti-Frutti’ e alvo de buscas domiciliárias a 27 de junho —, era candidato a coordenador distrital da JSD de Lisboa para o ensino secundário. Como de costume, quando havia golpada, os cadernos eleitorais estavam manipulados: neste caso pelos seus adversários, apoiados pela direção nacional da ‘jota’ (então liderada por Jorge Moreira da Silva, futuro ministro do Ambiente no Governo de Passos Coelho). Corria o ano de 1996 ou 1997, Marcelo Rebelo de Sousa liderava o partido. Lição da escola do caciquismo: quando uma eleição martelada está perdida, a única hipótese é escalar o nível e usar a força física. Com a derrota à vista, um ‘jota’ mais velho promotor da candidatura do “Serginho” entrou na sala da sede distrital do partido, na Rua da Junqueira, agarrou na urna, atirou os boletins pela janela, meteu a caixa de cartão onde estavam os votos na cabeça, ameaçou os membros da mesa e pôs um ponto final na eleição.

A eleição foi impugnada. “Serginho” seria derrotado numa segunda ronda, mas tornou-se uma promessa: “O Sérgio era um dos meus delfins, um dos nossos projetos de liderança”, recorda, 20 anos depois, Carlos Reis (não confundir com Carlos Eduardo Reis, outro protagonista desta história, que entra em cena mais à frente), nessa época líder distrital da JSD de Lisboa e uma das fontes que recordou este episódio ao Expresso. Sérgio Azevedo foi crescendo politicamente no ambiente de guerra permanente entre fações em que vive o PSD em Lisboa há mais de uma década. Aos 16 anos estava na direção distrital da JSD e aos 19 já liderava os ‘jotinhas’ lisboetas (da sua direção fez parte Rui Caeiro, que viria a ser um dos atores secundários na novela da direção do Sporting com Bruno de Carvalho). Havia de entrar para a Comissão Política da JSD, presidida por Pedro Duarte, como coordenador nacional do ensino secundário. Tinha um futuro auspicioso pela frente.

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