Alterações climáticas: Portugal é dos países que mais pode sofrer

09-10-2019
marcar artigo

As alterações climáticas são já uma realidade. Desde a era industrial até ao final de 2015, os cientistas do Met Office británico estimam que a temperatura média global no Planeta subiu um grau Celsius (1ºC). Ou seja subiu muito mais em 150 anos do que ao longo dos milhares de anos que precederam a última Era Glaciar (mais 5ºC), segundo dados do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).

Este aumento das temperaturas tem já reflexos nos padrões de precipitação, no degelo dos glaciares e na subida do nível médio do mar. Mas em 2100 os cenários projetados mostram uma situação muito mais gravosa a nível planetário.

Há ilhas do Pacífico e do Índico que irão submergir com a subida do nível do mar; a neve nas zonas montanhosas da Europa vai desaparecer, afetando o turismo de inverno; os riscos de desertificação e de perda de fluxo de água nos rios vai afetar o abastecimento de água e alimentos; os fogos florestais no verão ou as inundações no inverno vão agravar-se, tal como se agudizará a mortalidade devido a ondas de calor. A tudo isto acrescenta-se a perda de biodiversidade a nível planetário.

Os cenários para Portugal

E "Portugal é um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas", têm-no lembrado cientistas e governantes como o ex-ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, ou o geofísico, Filipe Duarte Santos.

As pessoas lembram-se das alterações climáticas quando o mar lhes entra pelas casas adentro, destruindo bens e deixando praias sem areia, como aconteceu no inverno de 2014. Ou quando chuvas torrenciais transformam ruas em rios que antes eram ribeiros, como aconteceu em Albufeira recentemente. Claro que a culpa não é só das alterações climáticas. O facto de o homem ter construído em leito de cheia ou demasiado perto do mar são as principais razões para que o risco aumente.

Chuva e calor

Mas "estes fenomenos extremos vão agravar-se no futuro", garantem os cientistas. As chuvas podem vir a baixar mais de 50% no verão ou na primavera, mas aumentar 20% no Inverno, estima um estudo do projeto ClimaAdaPT. Local, que envolve 26 municípios portugueses. O estudo, liderado pelo centro de investigação climática (CCIAM) da Faculdade de Ciências de Lisboal também alerta para a necessidade de os municípios se prepararem para enfrentar ondas de calor que se podem prolongar por mais 50 dias, com temperaturas acima dos 35 graus. E estas ondas podem vir a ser até 12 vezes mais frequentes em alguns concelhos.

Doenças e mortalidade

O aumento das ondas de calor agrava também a mortalidade a elas devida, afetando sobretudo as pessoas mais vulneráveis. Outro dos riscos que o aumento das temperaturas traz é o de aparecimento de insectos transportadores de doenças como o dengue ou a malária.

Perda de Território

Cerca de dois terços da costa portuguesa sofre risco de erosão e a subida do nível médio do mar vem acentuar esse perigo e a necessidade de recuar populações ou de proteger pessoas e bens. A plataforma online "sealevels.info", por exemplo, mostra como a praça do Comércio em Lisboa se pode assemelhar á praça de S. Marco em Veneza, se nada for feito para evitá-lo ou proteger este território nos próximos anos.

Incêndios e perdas agrícolas

O risco de aumento de incêndios florestais é outro dos cenários apresentados pelo aquecimento global. Se, até agora, sempre que o Verão é mais quente se atibuem as culpas ao S. Pedro, no futuro, os dias de tempo quente e seco vão aumentar. E, como tal potenciar maior frequência de incêndios se nada for feito para preparar a floresta para travá-los

Por outro lado, as alterações climáticas vão obrigar a mudar plantações e cultivos de zonas. Os sobreiros do Alentejo poderão ter de migrar mais para norte.

Perda de Biodiversidade

Os anfíbios e os répteis são os mais vulneráveis a pequenas alterações no ecossistema. Mas a redução dos caudais dos rios também provocará eutrofização e afetará espécies de peixes fluviais. No mar, o aumento de acidificação das águas e a alteração de PH afetará o fitoplancton e toda a cadeia alimentar até ao nosso prato.

... e de turismo

Com a subida das temperaturas globais, países europeus mais a norte podem tornar-se mais amenos e atraentes para os turistas, o que pode afetar grandemente este setor em Portugal.

As alterações climáticas são já uma realidade. Desde a era industrial até ao final de 2015, os cientistas do Met Office británico estimam que a temperatura média global no Planeta subiu um grau Celsius (1ºC). Ou seja subiu muito mais em 150 anos do que ao longo dos milhares de anos que precederam a última Era Glaciar (mais 5ºC), segundo dados do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).

Este aumento das temperaturas tem já reflexos nos padrões de precipitação, no degelo dos glaciares e na subida do nível médio do mar. Mas em 2100 os cenários projetados mostram uma situação muito mais gravosa a nível planetário.

Há ilhas do Pacífico e do Índico que irão submergir com a subida do nível do mar; a neve nas zonas montanhosas da Europa vai desaparecer, afetando o turismo de inverno; os riscos de desertificação e de perda de fluxo de água nos rios vai afetar o abastecimento de água e alimentos; os fogos florestais no verão ou as inundações no inverno vão agravar-se, tal como se agudizará a mortalidade devido a ondas de calor. A tudo isto acrescenta-se a perda de biodiversidade a nível planetário.

Os cenários para Portugal

E "Portugal é um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas", têm-no lembrado cientistas e governantes como o ex-ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, ou o geofísico, Filipe Duarte Santos.

As pessoas lembram-se das alterações climáticas quando o mar lhes entra pelas casas adentro, destruindo bens e deixando praias sem areia, como aconteceu no inverno de 2014. Ou quando chuvas torrenciais transformam ruas em rios que antes eram ribeiros, como aconteceu em Albufeira recentemente. Claro que a culpa não é só das alterações climáticas. O facto de o homem ter construído em leito de cheia ou demasiado perto do mar são as principais razões para que o risco aumente.

Chuva e calor

Mas "estes fenomenos extremos vão agravar-se no futuro", garantem os cientistas. As chuvas podem vir a baixar mais de 50% no verão ou na primavera, mas aumentar 20% no Inverno, estima um estudo do projeto ClimaAdaPT. Local, que envolve 26 municípios portugueses. O estudo, liderado pelo centro de investigação climática (CCIAM) da Faculdade de Ciências de Lisboal também alerta para a necessidade de os municípios se prepararem para enfrentar ondas de calor que se podem prolongar por mais 50 dias, com temperaturas acima dos 35 graus. E estas ondas podem vir a ser até 12 vezes mais frequentes em alguns concelhos.

Doenças e mortalidade

O aumento das ondas de calor agrava também a mortalidade a elas devida, afetando sobretudo as pessoas mais vulneráveis. Outro dos riscos que o aumento das temperaturas traz é o de aparecimento de insectos transportadores de doenças como o dengue ou a malária.

Perda de Território

Cerca de dois terços da costa portuguesa sofre risco de erosão e a subida do nível médio do mar vem acentuar esse perigo e a necessidade de recuar populações ou de proteger pessoas e bens. A plataforma online "sealevels.info", por exemplo, mostra como a praça do Comércio em Lisboa se pode assemelhar á praça de S. Marco em Veneza, se nada for feito para evitá-lo ou proteger este território nos próximos anos.

Incêndios e perdas agrícolas

O risco de aumento de incêndios florestais é outro dos cenários apresentados pelo aquecimento global. Se, até agora, sempre que o Verão é mais quente se atibuem as culpas ao S. Pedro, no futuro, os dias de tempo quente e seco vão aumentar. E, como tal potenciar maior frequência de incêndios se nada for feito para preparar a floresta para travá-los

Por outro lado, as alterações climáticas vão obrigar a mudar plantações e cultivos de zonas. Os sobreiros do Alentejo poderão ter de migrar mais para norte.

Perda de Biodiversidade

Os anfíbios e os répteis são os mais vulneráveis a pequenas alterações no ecossistema. Mas a redução dos caudais dos rios também provocará eutrofização e afetará espécies de peixes fluviais. No mar, o aumento de acidificação das águas e a alteração de PH afetará o fitoplancton e toda a cadeia alimentar até ao nosso prato.

... e de turismo

Com a subida das temperaturas globais, países europeus mais a norte podem tornar-se mais amenos e atraentes para os turistas, o que pode afetar grandemente este setor em Portugal.

marcar artigo