“Escabroso, maquiavélico, bárbaro, animalesco”: como o Ministério Público pediu 25 anos de prisão para Diana Fialho e Iúri Mata

13-07-2019
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O Ministério Público (MP) pediu esta sexta-feira a pena máxima de 25 anos de prisão para Diana Fialho e Iúri Mata, o casal acusado de matar a mãe adotiva da arguida a 1 setembro de 2018, no Montijo. Nas alegações finais do julgamento, que decorreram no Tribunal de Almada, no distrito de Setúbal, o procurador do MP, Jorge Moreira da Silva, defendeu que os arguidos sejam condenados em coautoria pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.

Para o procurador ficou provado que os arguidos cometeram o homicídio de Amélia Fialho, de 59 anos, de uma forma "frívola e animalesca", tendo induzido a vítima ao sono e "desferido inúmeras pancadas com um objeto contundente". Este facto ficou provado, na visão do MP, devido a vários indícios, como o relatório de autópsia que identifica dois medicamentos no corpo da vítima, um deles um antidepressivo e outro utilizado para distúrbios de sono grave, os quais não foram prescritos a Amélia Fialho por nenhum médico.

Não foi encontrada a arma do crime, no entanto, segundo Jorge Moreira da Silva, as "fraturas múltiplas" na cabeça da vítima, descritas na autópsia, identificam a utilização de um objeto contundente, como um martelo. Além disso, existe a reconstituição do crime com a Polícia Judiciária, durante a qual Iúri Mata descreveu todo o percurso efetuado, o qual "começa no Montijo, passando pela bomba de gasolina e terminando em Pegões [onde foi encontrado o corpo carbonizado]", explicou.

Outras das provas são os vários "vestígios hemáticos" (sangue), encontrados no segundo piso da residência dos arguidos, que "chegavam a atingir o tecto", assim como outros na bagageira da viatura utilizada para transportar o cadáver.

Nesta sessão, Jorge Moreira da Silva criticou a estratégia dos advogados de Diana Fialho e Iúri Mata, por tentarem que "um deles ficasse na penumbra", ou seja, que só um dos arguidos tinha cometido o crime, contudo, frisou que "o caso é muito diferente". "Nas imagens da bomba de gasolina entraram separadamente, o que mostra o calculismo com que ambos funcionaram. Também estacionaram o carro longe da bomba e não trocaram diálogos", referiu.

Apesar de não se ter apurado "quem desenhou o crime", para o procurador ficou explícito que ambos participaram, cometendo o ato de forma "escabrosa e maquiavélica, com requintes de barbaridade", ainda para mais "tendo em conta a relação de proximidade dos arguidos à vítima".

O julgamento iniciou-se a 4 de julho e ambos os arguidos remeteram-se ao silêncio, apesar de o advogado de Iúri Mata ter esclarecido que o seu cliente não estava em condições de falar "por estar sob efeito de forte medicação". A leitura do acórdão ficou marcada para 19 de julho, pelas 14h, no Tribunal de Almada.

Diana Fialho encontra-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto Iúri Mata está no do Montijo desde 7 de setembro, quando ambos foram detidos.

O Ministério Público (MP) pediu esta sexta-feira a pena máxima de 25 anos de prisão para Diana Fialho e Iúri Mata, o casal acusado de matar a mãe adotiva da arguida a 1 setembro de 2018, no Montijo. Nas alegações finais do julgamento, que decorreram no Tribunal de Almada, no distrito de Setúbal, o procurador do MP, Jorge Moreira da Silva, defendeu que os arguidos sejam condenados em coautoria pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.

Para o procurador ficou provado que os arguidos cometeram o homicídio de Amélia Fialho, de 59 anos, de uma forma "frívola e animalesca", tendo induzido a vítima ao sono e "desferido inúmeras pancadas com um objeto contundente". Este facto ficou provado, na visão do MP, devido a vários indícios, como o relatório de autópsia que identifica dois medicamentos no corpo da vítima, um deles um antidepressivo e outro utilizado para distúrbios de sono grave, os quais não foram prescritos a Amélia Fialho por nenhum médico.

Não foi encontrada a arma do crime, no entanto, segundo Jorge Moreira da Silva, as "fraturas múltiplas" na cabeça da vítima, descritas na autópsia, identificam a utilização de um objeto contundente, como um martelo. Além disso, existe a reconstituição do crime com a Polícia Judiciária, durante a qual Iúri Mata descreveu todo o percurso efetuado, o qual "começa no Montijo, passando pela bomba de gasolina e terminando em Pegões [onde foi encontrado o corpo carbonizado]", explicou.

Outras das provas são os vários "vestígios hemáticos" (sangue), encontrados no segundo piso da residência dos arguidos, que "chegavam a atingir o tecto", assim como outros na bagageira da viatura utilizada para transportar o cadáver.

Nesta sessão, Jorge Moreira da Silva criticou a estratégia dos advogados de Diana Fialho e Iúri Mata, por tentarem que "um deles ficasse na penumbra", ou seja, que só um dos arguidos tinha cometido o crime, contudo, frisou que "o caso é muito diferente". "Nas imagens da bomba de gasolina entraram separadamente, o que mostra o calculismo com que ambos funcionaram. Também estacionaram o carro longe da bomba e não trocaram diálogos", referiu.

Apesar de não se ter apurado "quem desenhou o crime", para o procurador ficou explícito que ambos participaram, cometendo o ato de forma "escabrosa e maquiavélica, com requintes de barbaridade", ainda para mais "tendo em conta a relação de proximidade dos arguidos à vítima".

O julgamento iniciou-se a 4 de julho e ambos os arguidos remeteram-se ao silêncio, apesar de o advogado de Iúri Mata ter esclarecido que o seu cliente não estava em condições de falar "por estar sob efeito de forte medicação". A leitura do acórdão ficou marcada para 19 de julho, pelas 14h, no Tribunal de Almada.

Diana Fialho encontra-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto Iúri Mata está no do Montijo desde 7 de setembro, quando ambos foram detidos.

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