Ladrões de Bicicletas

23-05-2019
marcar artigo


A já conhecida vergonhosa despesa de mil milhões de euros dos submarinos irresponsavelmente comprados por um pequeno país pobre e periférico ao gigante rico europeu do armamento, levanta inevitavelmente a questão: é esta a Europa que queremos? De acordo com o que o João Rodrigues mostrou aqui, não está apenas em causa a imoralidade de um negócio sustentado por astronómicos fluxos de capitais, com as suas grandes feiras e exposições em grandes cidades europeias - eventos macabros e imorais a que já nem políticos nem ninguém prestam atenção, tamanha a opacidade mediática que nos mantém alienados da nossa própria humanidade, reféns da violência banalizada e da normopatia instituída. É muito mais do que isso. É, talvez, a própria possibilidade de nos sentirmos capazes de erguer a cabeça e acreditar que, para além de tudo o que nos separa, há causas que não deixam margem para dúvidas estéreis.Hoje, no dia em que João Cravinho foi ao Jornal das 9 da SIC dizer que o armamento é, a nível mundial, o sector que mais claramente se encontra identificado como o maior foco de corrupção, congratulo-me com o facto de termos um candidato à Presidência da República que, nessa matéria, é absolutamente inequívoco: de Fernando Nobre saberemos esperar uma firme oposição ao nuclear e à indústria da morte. Pessoalmente, confio inteiramente nele para dar voz às convicções que dão sentido à condição humana e, nessa mesma medida, dignidade à actuação política de quem se propõe representar a Nação.


A já conhecida vergonhosa despesa de mil milhões de euros dos submarinos irresponsavelmente comprados por um pequeno país pobre e periférico ao gigante rico europeu do armamento, levanta inevitavelmente a questão: é esta a Europa que queremos? De acordo com o que o João Rodrigues mostrou aqui, não está apenas em causa a imoralidade de um negócio sustentado por astronómicos fluxos de capitais, com as suas grandes feiras e exposições em grandes cidades europeias - eventos macabros e imorais a que já nem políticos nem ninguém prestam atenção, tamanha a opacidade mediática que nos mantém alienados da nossa própria humanidade, reféns da violência banalizada e da normopatia instituída. É muito mais do que isso. É, talvez, a própria possibilidade de nos sentirmos capazes de erguer a cabeça e acreditar que, para além de tudo o que nos separa, há causas que não deixam margem para dúvidas estéreis.Hoje, no dia em que João Cravinho foi ao Jornal das 9 da SIC dizer que o armamento é, a nível mundial, o sector que mais claramente se encontra identificado como o maior foco de corrupção, congratulo-me com o facto de termos um candidato à Presidência da República que, nessa matéria, é absolutamente inequívoco: de Fernando Nobre saberemos esperar uma firme oposição ao nuclear e à indústria da morte. Pessoalmente, confio inteiramente nele para dar voz às convicções que dão sentido à condição humana e, nessa mesma medida, dignidade à actuação política de quem se propõe representar a Nação.

marcar artigo