Cartas à Directora

29-10-2015
marcar artigo

As desculpas do sr. Tony Blair

Ouvi, no telejornal, o pedido de desculpas de Tony Blair pela sua intervenção activa na invasão do Iraque que depôs Sadam Hussein do poder e desencadeou uma série de acontecimentos mundiais que ainda estamos a viver e a que não se vê o fim. Ouvi-o, olhei-lhe a cara e só me ocorre dizer: que grande e tratante actor! Mas mais do que isso: para quem é tão esperto, que lenta é a sua tomada de consciência! Todos estes anos para fazer um mea culpa que logo torneia e adoça ao dizer que mesmo assim... foi bom ter derrubado Saddam!

Poderia ficar por aqui, mas homens como este merecem que se lhes lembre alguma coisa, a eles e aos seus acólitos. E o primeiro é o "mordomo" Durão Barroso a quem pergunto: que diz a isto? Também vai "bater no peito" pelo papel que fez ao receber Bush, Blair e o espanhol? E José Manuel Fernandes, ex-director do PÚBLICO e actual do Observador, estrénuo defensor da invasão e seguidor atento e elogioso do seu "desenrolar"? Imagino-os, coitados, também contritos e espantados por terem engolido a mentira das armas escondidas que até Colin Powell defendeu na ONU, embora a sua cara patética desdissesse "o sapo que estava a engolir".

Regresso a Tony Balir e com ele termino. Então o senhor andou estes anos todos para pedir desculpa, mas, entretanto, porque não ficou com a "cara tapada", em casa, em vez de andar a "vender peixe podre" em conferências pagas a peso de ouro? Vai pedir desculpa também por isso? Daqui a quantos anos e com quanto dinheiro nos bolsos? Então, se está tão arrependido, porque não se cala de vergonha, em vez de, como fez há dias, sugerir que Jeremy Corbin, vai "atirar o Partido Trabalhista britânico para o abismo" (sic)? É que este homem pode ser parolo no vestir, andar de bicicleta e ter tantos outros "defeitos", mas tem coluna vertebral que desperta a simpatia de gente séria e coerente na ideologia. Sou um banal cidadão português, mas digo-lhe, Tony Blair: eu não o desculpo. E, já agora, "vá passear" com a sua "terceira via" que, felizmente, começa a dar sinais de agonia bem merecida...

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto

Jorge Falcato Simões

A Assembleia da República, o órgão legislativo do Estado português, não estava preparada para receber Jorge Falcato Simões, de 61 anos, paraplégico desde os 24. O deputado eleito como independente nas listas do Bloco de Esquerda vai fazer ouvir a voz de milhares de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A acessibilidade e mobilidade são direitos que não podem ficar nos Passos Perdidos da casa da democracia. O Parlamento unicameral português situado no Palácio de S. Bento vai assistir a intervenções do arquitecto Jorge Manuel Torres Falcato Soares na defesa dos mais desfavorecidos. Confio nas qualidades humanas deste homem. Com o deputado bloquista, a luta das pessoas com deficiência vai subir as escadarias da Assembleia da República. Quero ver Falcato a discursar no púlpito da AR. Parabéns!

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

O PÚBLICO ERROU

No texto intitulado “Mais do que taxar carnes, deve estimular-se o consumo de vegetais”, publicado a 28 de Outubro, escreve-se que "um consumo superior a 500 gramas por dia [de carne processada] é um risco", informação que está errada. A informação correcta, divulgada pela Organização Mundial de Saúde, é de que por "por cada 50 gramas de carne processada comida diariamente o risco de cancro colorrectal aumenta em cerca de 18%". Pelo lapso, pedimos desculpa aos nossos leitores.

As desculpas do sr. Tony Blair

Ouvi, no telejornal, o pedido de desculpas de Tony Blair pela sua intervenção activa na invasão do Iraque que depôs Sadam Hussein do poder e desencadeou uma série de acontecimentos mundiais que ainda estamos a viver e a que não se vê o fim. Ouvi-o, olhei-lhe a cara e só me ocorre dizer: que grande e tratante actor! Mas mais do que isso: para quem é tão esperto, que lenta é a sua tomada de consciência! Todos estes anos para fazer um mea culpa que logo torneia e adoça ao dizer que mesmo assim... foi bom ter derrubado Saddam!

Poderia ficar por aqui, mas homens como este merecem que se lhes lembre alguma coisa, a eles e aos seus acólitos. E o primeiro é o "mordomo" Durão Barroso a quem pergunto: que diz a isto? Também vai "bater no peito" pelo papel que fez ao receber Bush, Blair e o espanhol? E José Manuel Fernandes, ex-director do PÚBLICO e actual do Observador, estrénuo defensor da invasão e seguidor atento e elogioso do seu "desenrolar"? Imagino-os, coitados, também contritos e espantados por terem engolido a mentira das armas escondidas que até Colin Powell defendeu na ONU, embora a sua cara patética desdissesse "o sapo que estava a engolir".

Regresso a Tony Balir e com ele termino. Então o senhor andou estes anos todos para pedir desculpa, mas, entretanto, porque não ficou com a "cara tapada", em casa, em vez de andar a "vender peixe podre" em conferências pagas a peso de ouro? Vai pedir desculpa também por isso? Daqui a quantos anos e com quanto dinheiro nos bolsos? Então, se está tão arrependido, porque não se cala de vergonha, em vez de, como fez há dias, sugerir que Jeremy Corbin, vai "atirar o Partido Trabalhista britânico para o abismo" (sic)? É que este homem pode ser parolo no vestir, andar de bicicleta e ter tantos outros "defeitos", mas tem coluna vertebral que desperta a simpatia de gente séria e coerente na ideologia. Sou um banal cidadão português, mas digo-lhe, Tony Blair: eu não o desculpo. E, já agora, "vá passear" com a sua "terceira via" que, felizmente, começa a dar sinais de agonia bem merecida...

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto

Jorge Falcato Simões

A Assembleia da República, o órgão legislativo do Estado português, não estava preparada para receber Jorge Falcato Simões, de 61 anos, paraplégico desde os 24. O deputado eleito como independente nas listas do Bloco de Esquerda vai fazer ouvir a voz de milhares de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A acessibilidade e mobilidade são direitos que não podem ficar nos Passos Perdidos da casa da democracia. O Parlamento unicameral português situado no Palácio de S. Bento vai assistir a intervenções do arquitecto Jorge Manuel Torres Falcato Soares na defesa dos mais desfavorecidos. Confio nas qualidades humanas deste homem. Com o deputado bloquista, a luta das pessoas com deficiência vai subir as escadarias da Assembleia da República. Quero ver Falcato a discursar no púlpito da AR. Parabéns!

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

O PÚBLICO ERROU

No texto intitulado “Mais do que taxar carnes, deve estimular-se o consumo de vegetais”, publicado a 28 de Outubro, escreve-se que "um consumo superior a 500 gramas por dia [de carne processada] é um risco", informação que está errada. A informação correcta, divulgada pela Organização Mundial de Saúde, é de que por "por cada 50 gramas de carne processada comida diariamente o risco de cancro colorrectal aumenta em cerca de 18%". Pelo lapso, pedimos desculpa aos nossos leitores.

marcar artigo