Depois Falamos: Autárquicas 2017

21-09-2019
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O meu artigo de hoje no Duas Caras

Sem que se
dê muito por elas, pelo menos em termos mediáticos, as eleições autárquicas
vão-se aproximando pé ante pé e pouco tarda para que os partidos estejam a
apresentar as suas listas de candidatos.

Quando se
fala em autárquicas, em leitura dos seus resultados, no quem ganha e quem perde
a leitura nacional das mesmas é de cariz “futebolístico” porque parece que o
que conta são as grandes câmaras do Porto e de Lisboa enquanto o resto do país
parece ser apenas uma soma de belas paisagens.

A mim, que
noutros tempos também já andei por esses “guerras, interessam-me hoje
particularmente as câmaras do nosso distrito e muito especialmente a de
Guimarães como é bom de ver.

E no que a
câmaras do distrito concerne qual é a situação a pouco mais de seis meses das
eleições?

Muito melhor
para o PSD que para o PS.

Porque em
catorze câmaras, liderando o PSD sete e o PS as outras sete, a situação é
claramente mais favorável ao PSD que aos socialistas por razões que adiante
explicarei e que se prendem com a estabilidade de um lado e as divisões no
outro.

O PSD tem a
franca expectativa de manter as suas sete renovando as maiorias (nalguns casos
em coligação com o CDS) em Braga, Famalicão, Vieira do Minho, Vila Verde, Celorico
de Basto, Esposende e Póvoa de Lanhoso contando para isso com a recandidatura
dos actuais presidentes nas primeiras seis e apenas tendo de mudar na última
dado Manuel Batista atingir o limite de mandatos.

Em condições
normais manterá as sete.

E depois
olha com ambição ganhadora para as do PS.

PS esse que
se encontra profundamente dividido em quase todas as câmaras do distrito a que
preside o que não deixa de ser profundamente reveladora das razões últimas que
movem as suas secções onde o poder a qualquer preço parece ter tirado o discernimento,
bom senso e pudor aos dirigentes socialistas.

Em Amares de
há muito que PS e o presidente por ele eleito estão desavindo o que leva
inclusive a que este se vá candidatar pelo PSD praticamente assegurando para os
social-democratas a reconquista de um município que já lideraram por várias
vezes.

Barcelos,
outrora um bastião laranja, é o retrato da mais mediática divisão socialista
entre o actual presidente (e recandidato) e a secção do partido liderada pelo
deputado Domingos Pereira que se candidatará como independente.

Se o PSD
fizer as coisas bem feitas e souber escolher o melhor candidato pode
perfeitamente vencer.

Cabeceiras
de Basto, onde o fim do longo reinado de Joaquim Barreto deixou feridas longe
de cicatrizarem, assistirá pela segunda vez a eleições com duas listas
socialistas; a oficial, liderada pelo actual presidente Francisco Alves e a
oficiosa liderada pelo ex vice presidente de Barreto, Jorge Machado, novamente
em representação do movimento “Independentes por Cabeceiras”.

Concelho de
largas maiorias PSD em eleições legislativas e europeias “exige” ao partido uma
solução eleitoral que permita por fim a vinte e quatro anos de liderança do PS.

Fafe, onde o
PS está no poder desde 1979, é outra câmara em que socialistas estão
profundamente divididos entre o actual presidente, Raúl Cunha, que depois de
assegurar que não seria candidato se a concelhia caísse nas mãos de José
Ribeiro (antigo presidente da câmara) deu uma enorme pirueta e é novamente
candidato numa estranhíssima aliança com os “Independentes por Fafe” a quem em
2013 derrotou por apenas 15 votos.

Também em
Fafe haverá outra lista socialista, afecta à concelhia liderada por José
Ribeiro, o que abre ao PSD, no mínimo, a expectativa de voltar a ser o fiel da
balança como foi desde 2013 até à passada semana quando os seus vereadores
entregaram os pelouros que detinham em protesto contra a deslealdade de que
foram alvo pelo líder dos independentes Parcidio Sumavielle.

Mas pode ser
que haja condições para ambicionar a mais que ser o fiel da balança…

Vizela, como
Fafe, Cabeceiras e Barcelos também terá duas listas socialistas fruto das
divisões entre Dinis Costa o actual presidente e Vítor Hugo seu ex vice-presidente
que concorrerá como independente ao que tudo indica.

É um
município em que o PSD acalenta francas hipóteses de vencer pela primeira vez.

Terras de
Bouro, o mais pequeno município do distrito em termos eleitorais, assistirá a
uma recandidatura do actual presidente sem que este tenha a “sorte” de colegas
seus de ter uma lista concorrente do próprio partido.

Embora ainda
não anunciada tudo indica que o PSD terá uma candidatura forte e face à pequena
dimensão eleitoral tudo é possível numa câmara que os social-democratas já
ganharam imensas vezes.

Resta
Guimarães.

Que como
Terras de Bouro também escapou, há quem diga que por pouco, a ter duas listas
oriundas do PS e em que o actual presidente é recandidato depois de um primeiro
mandato em que não encantou ninguém a começar pelos seus próprios apoiantes.

Mas de
Guimarães falaremos mais detalhadamente noutra oportunidade.

Em suma
creio que o PSD, se fizer as coisas bem feitas (e não é difícil) pode
perfeitamente ambicionar passar de sete para nove ou dez presidências.

E não é
pedir muito…

O meu artigo de hoje no Duas Caras

Sem que se
dê muito por elas, pelo menos em termos mediáticos, as eleições autárquicas
vão-se aproximando pé ante pé e pouco tarda para que os partidos estejam a
apresentar as suas listas de candidatos.

Quando se
fala em autárquicas, em leitura dos seus resultados, no quem ganha e quem perde
a leitura nacional das mesmas é de cariz “futebolístico” porque parece que o
que conta são as grandes câmaras do Porto e de Lisboa enquanto o resto do país
parece ser apenas uma soma de belas paisagens.

A mim, que
noutros tempos também já andei por esses “guerras, interessam-me hoje
particularmente as câmaras do nosso distrito e muito especialmente a de
Guimarães como é bom de ver.

E no que a
câmaras do distrito concerne qual é a situação a pouco mais de seis meses das
eleições?

Muito melhor
para o PSD que para o PS.

Porque em
catorze câmaras, liderando o PSD sete e o PS as outras sete, a situação é
claramente mais favorável ao PSD que aos socialistas por razões que adiante
explicarei e que se prendem com a estabilidade de um lado e as divisões no
outro.

O PSD tem a
franca expectativa de manter as suas sete renovando as maiorias (nalguns casos
em coligação com o CDS) em Braga, Famalicão, Vieira do Minho, Vila Verde, Celorico
de Basto, Esposende e Póvoa de Lanhoso contando para isso com a recandidatura
dos actuais presidentes nas primeiras seis e apenas tendo de mudar na última
dado Manuel Batista atingir o limite de mandatos.

Em condições
normais manterá as sete.

E depois
olha com ambição ganhadora para as do PS.

PS esse que
se encontra profundamente dividido em quase todas as câmaras do distrito a que
preside o que não deixa de ser profundamente reveladora das razões últimas que
movem as suas secções onde o poder a qualquer preço parece ter tirado o discernimento,
bom senso e pudor aos dirigentes socialistas.

Em Amares de
há muito que PS e o presidente por ele eleito estão desavindo o que leva
inclusive a que este se vá candidatar pelo PSD praticamente assegurando para os
social-democratas a reconquista de um município que já lideraram por várias
vezes.

Barcelos,
outrora um bastião laranja, é o retrato da mais mediática divisão socialista
entre o actual presidente (e recandidato) e a secção do partido liderada pelo
deputado Domingos Pereira que se candidatará como independente.

Se o PSD
fizer as coisas bem feitas e souber escolher o melhor candidato pode
perfeitamente vencer.

Cabeceiras
de Basto, onde o fim do longo reinado de Joaquim Barreto deixou feridas longe
de cicatrizarem, assistirá pela segunda vez a eleições com duas listas
socialistas; a oficial, liderada pelo actual presidente Francisco Alves e a
oficiosa liderada pelo ex vice presidente de Barreto, Jorge Machado, novamente
em representação do movimento “Independentes por Cabeceiras”.

Concelho de
largas maiorias PSD em eleições legislativas e europeias “exige” ao partido uma
solução eleitoral que permita por fim a vinte e quatro anos de liderança do PS.

Fafe, onde o
PS está no poder desde 1979, é outra câmara em que socialistas estão
profundamente divididos entre o actual presidente, Raúl Cunha, que depois de
assegurar que não seria candidato se a concelhia caísse nas mãos de José
Ribeiro (antigo presidente da câmara) deu uma enorme pirueta e é novamente
candidato numa estranhíssima aliança com os “Independentes por Fafe” a quem em
2013 derrotou por apenas 15 votos.

Também em
Fafe haverá outra lista socialista, afecta à concelhia liderada por José
Ribeiro, o que abre ao PSD, no mínimo, a expectativa de voltar a ser o fiel da
balança como foi desde 2013 até à passada semana quando os seus vereadores
entregaram os pelouros que detinham em protesto contra a deslealdade de que
foram alvo pelo líder dos independentes Parcidio Sumavielle.

Mas pode ser
que haja condições para ambicionar a mais que ser o fiel da balança…

Vizela, como
Fafe, Cabeceiras e Barcelos também terá duas listas socialistas fruto das
divisões entre Dinis Costa o actual presidente e Vítor Hugo seu ex vice-presidente
que concorrerá como independente ao que tudo indica.

É um
município em que o PSD acalenta francas hipóteses de vencer pela primeira vez.

Terras de
Bouro, o mais pequeno município do distrito em termos eleitorais, assistirá a
uma recandidatura do actual presidente sem que este tenha a “sorte” de colegas
seus de ter uma lista concorrente do próprio partido.

Embora ainda
não anunciada tudo indica que o PSD terá uma candidatura forte e face à pequena
dimensão eleitoral tudo é possível numa câmara que os social-democratas já
ganharam imensas vezes.

Resta
Guimarães.

Que como
Terras de Bouro também escapou, há quem diga que por pouco, a ter duas listas
oriundas do PS e em que o actual presidente é recandidato depois de um primeiro
mandato em que não encantou ninguém a começar pelos seus próprios apoiantes.

Mas de
Guimarães falaremos mais detalhadamente noutra oportunidade.

Em suma
creio que o PSD, se fizer as coisas bem feitas (e não é difícil) pode
perfeitamente ambicionar passar de sete para nove ou dez presidências.

E não é
pedir muito…

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