Costa tem mandato para negociar... com todos. E não apoia nenhum candidato presidencial

11-11-2015
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Secretário-geral do PS levou documento de estratégia à reunião da Comissão Política Nacional onde pedia mandato para poder negociar quer à direita e à esquerda. O texto foi aprovado com 63 votos a favor, três abstenções e apenas quatro votos contra, um deles de Álvaro Beleza

António Costa não se compromete... por enquanto. A Comissão Política do PS aprovou esta noite um documento que confere à direção do partido um mandato para que esta possa negociar com todas as forças políticas, quer à direita, quer à esquerda.

Da reunião - que terminou já perto das duas da manhã desta quarta-feira - saiu ainda a decisão de dar liberdade de voto aos militantes na primeira volta das presidenciais ( "a forma mais saudável de cada um poder apoiar o candidato da sua preferência", justificou o líder socialista) e o adiamento da convocação do Congresso para depois da eleição do sucessor de Cavaco Silva em Belém.

O posicionamento do PS é a chave para a governabilidade do país na próxima legislatura - o próprio Presidente da República o deu a entender na mensagem que leu aos portugueses na noite de terça-feira - mas, perante a divisão que o tema encontra dentro dos socialistas, Costa entendeu relegitimar-se. E a verdade é que o conseguiu ainda que depois de uma longa discussão de quase quatro horas.

Álvaro Beleza foi de poucas palavras e não voltou a mencionar a hipótese de poder avançar com uma candidatura à liderança do partido. À entrada dissera apenas querer saber qual a estratégia de António Costa e da direção do PS para "ganhar as presidenciais"; à saída, reiterou que uma vez não tendo vencido as legislativas, o PS não pode agora ir para o Governo, seja com a direita, seja com a esquerda.

Vera Jardim, por sua vez, defendeu que o PS só deverá negociar com a coligação de direita, excluindo quaisquer entendimentos com BE ou PCP. “PS e Bloco de Esquerda não têm maioria face à coligação Portugal à Frente e, quanto a mim, uma coligação com o Partido Comunista seria coligação antinatura.”

Já João Soares, pelo contrário, afirmou que o PS deve lutar por "uma maioria absoluta de esquerda. Todos enfatizaram, porém, que o lugar de secretário-geral não está em causa neste momento.

A reunião da Comissão Política do PS iniciou-se já passava das 22h, depois de Costa ter reunido com os presidentes das federações e com a quase totalidade dos deputados eleitos no domingo.

Secretário-geral do PS levou documento de estratégia à reunião da Comissão Política Nacional onde pedia mandato para poder negociar quer à direita e à esquerda. O texto foi aprovado com 63 votos a favor, três abstenções e apenas quatro votos contra, um deles de Álvaro Beleza

António Costa não se compromete... por enquanto. A Comissão Política do PS aprovou esta noite um documento que confere à direção do partido um mandato para que esta possa negociar com todas as forças políticas, quer à direita, quer à esquerda.

Da reunião - que terminou já perto das duas da manhã desta quarta-feira - saiu ainda a decisão de dar liberdade de voto aos militantes na primeira volta das presidenciais ( "a forma mais saudável de cada um poder apoiar o candidato da sua preferência", justificou o líder socialista) e o adiamento da convocação do Congresso para depois da eleição do sucessor de Cavaco Silva em Belém.

O posicionamento do PS é a chave para a governabilidade do país na próxima legislatura - o próprio Presidente da República o deu a entender na mensagem que leu aos portugueses na noite de terça-feira - mas, perante a divisão que o tema encontra dentro dos socialistas, Costa entendeu relegitimar-se. E a verdade é que o conseguiu ainda que depois de uma longa discussão de quase quatro horas.

Álvaro Beleza foi de poucas palavras e não voltou a mencionar a hipótese de poder avançar com uma candidatura à liderança do partido. À entrada dissera apenas querer saber qual a estratégia de António Costa e da direção do PS para "ganhar as presidenciais"; à saída, reiterou que uma vez não tendo vencido as legislativas, o PS não pode agora ir para o Governo, seja com a direita, seja com a esquerda.

Vera Jardim, por sua vez, defendeu que o PS só deverá negociar com a coligação de direita, excluindo quaisquer entendimentos com BE ou PCP. “PS e Bloco de Esquerda não têm maioria face à coligação Portugal à Frente e, quanto a mim, uma coligação com o Partido Comunista seria coligação antinatura.”

Já João Soares, pelo contrário, afirmou que o PS deve lutar por "uma maioria absoluta de esquerda. Todos enfatizaram, porém, que o lugar de secretário-geral não está em causa neste momento.

A reunião da Comissão Política do PS iniciou-se já passava das 22h, depois de Costa ter reunido com os presidentes das federações e com a quase totalidade dos deputados eleitos no domingo.

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