João Soares: Quatro meses marcados por várias polémicas

09-04-2016
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Lisboa, 08 abr (Lusa) – João Soares foi ministro da Cultura durante pouco mais de quatro meses, ocupando uma pasta que, publicamente, ficou marcada por uma polémica demissão do presidente do CCB e por um périplo pelo país, de contacto com agentes culturais.

João Soares tomou posse com ministro da Cultura a 26 de novembro e demitiu-se hoje, um dia depois de ter ameaçado dar “salutares bofetadas” a Vasco Pulido Valente e a Augusto M. Seabra, por causa de artigos de opinião que estes escreveram no jornal Público.

Para o dia 19, João Soares tinha agendada uma audiência parlamentar onde prestaria esclarecimentos precisamente sobre um dos temas polémicos do seu curto mandato na Cultura: A demissão de António Lamas da administração do Centro Cultural de Belém, por causa do projeto de gestão integrada do chamado “eixo Belém-Ajuda”.

Nestes quatro meses à frente do Ministério da Cultura, no qual assumiu também a tutela da comunicação social, João Soares desdobrou-se em contactos com estruturas e agentes culturais pelo país e defendeu um projeto político para a Cultura “para além da análise das ‘finançazinhas'”, em diálogo com a administração central e regional e num lógica de solidariedade inter-ministerial.

Em fevereiro, na discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2016 no Parlamento, João Soares dizia que o setor cultural tinha de ser encarado para lá de uma “análise de contabilidade” orçamental e que gostaria de ter mais recursos financeiros para aplicar no setor.

Além da polémica no CCB – para onde nomeou Elísio Summavielle para o lugar de António Lamas -, João Soares deixou claro que queria manter em Portugal “para todo o sempre” o acervo de obras de Joan Miró, que pertencia ao antigo BPN, que queria expôr em Serralves, mas não chegou a anunciar qualquer decisão.

Também defendeu a permanência em Portugal das obras da pintora Maria Helena Vieira da Silva, pertencentes ao colecionador Jorge de Brito, propondo uma permuta das obras por terrenos pertencentes ao Estado.

Reconduziu Luísa Taveira na direção artística da Companhia Nacional de Bailado, nomeou Isabel Cordeiro para a administração do CCB, Paula Silva e David Santos para a Direção-Geral do Património Cultural e Carlos Vargas para presidente da administração do OPart – Organismo de Produção Artística.

No Porto, João Soares nomeou Ana Pinho Macedo Silva para presidir o conselho de administração da Fundação Serralves.

Nascido em Lisboa em 1949, filho de Mário Soares e Maria de Jesus Barroso, João Soares era editor, foi deputado na Assembleia da República entre 1987 e 1990, presidente da câmara de Lisboa entre 1995 e 2002 e a partir de então novamente deputado.

Membro da sociedade maçónica Grande Oriente Lusitano desde 1974, João Soares integrou ainda o Conselho de Estado de 1998 a 2002 e foi membro do Parlamento Europeu em 1994 e 1995.

No Ministério da Cultura, João Soares contava com Isabel Botelho Leal como secretária de Estado.

com Lusa

Lisboa, 08 abr (Lusa) – João Soares foi ministro da Cultura durante pouco mais de quatro meses, ocupando uma pasta que, publicamente, ficou marcada por uma polémica demissão do presidente do CCB e por um périplo pelo país, de contacto com agentes culturais.

João Soares tomou posse com ministro da Cultura a 26 de novembro e demitiu-se hoje, um dia depois de ter ameaçado dar “salutares bofetadas” a Vasco Pulido Valente e a Augusto M. Seabra, por causa de artigos de opinião que estes escreveram no jornal Público.

Para o dia 19, João Soares tinha agendada uma audiência parlamentar onde prestaria esclarecimentos precisamente sobre um dos temas polémicos do seu curto mandato na Cultura: A demissão de António Lamas da administração do Centro Cultural de Belém, por causa do projeto de gestão integrada do chamado “eixo Belém-Ajuda”.

Nestes quatro meses à frente do Ministério da Cultura, no qual assumiu também a tutela da comunicação social, João Soares desdobrou-se em contactos com estruturas e agentes culturais pelo país e defendeu um projeto político para a Cultura “para além da análise das ‘finançazinhas'”, em diálogo com a administração central e regional e num lógica de solidariedade inter-ministerial.

Em fevereiro, na discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2016 no Parlamento, João Soares dizia que o setor cultural tinha de ser encarado para lá de uma “análise de contabilidade” orçamental e que gostaria de ter mais recursos financeiros para aplicar no setor.

Além da polémica no CCB – para onde nomeou Elísio Summavielle para o lugar de António Lamas -, João Soares deixou claro que queria manter em Portugal “para todo o sempre” o acervo de obras de Joan Miró, que pertencia ao antigo BPN, que queria expôr em Serralves, mas não chegou a anunciar qualquer decisão.

Também defendeu a permanência em Portugal das obras da pintora Maria Helena Vieira da Silva, pertencentes ao colecionador Jorge de Brito, propondo uma permuta das obras por terrenos pertencentes ao Estado.

Reconduziu Luísa Taveira na direção artística da Companhia Nacional de Bailado, nomeou Isabel Cordeiro para a administração do CCB, Paula Silva e David Santos para a Direção-Geral do Património Cultural e Carlos Vargas para presidente da administração do OPart – Organismo de Produção Artística.

No Porto, João Soares nomeou Ana Pinho Macedo Silva para presidir o conselho de administração da Fundação Serralves.

Nascido em Lisboa em 1949, filho de Mário Soares e Maria de Jesus Barroso, João Soares era editor, foi deputado na Assembleia da República entre 1987 e 1990, presidente da câmara de Lisboa entre 1995 e 2002 e a partir de então novamente deputado.

Membro da sociedade maçónica Grande Oriente Lusitano desde 1974, João Soares integrou ainda o Conselho de Estado de 1998 a 2002 e foi membro do Parlamento Europeu em 1994 e 1995.

No Ministério da Cultura, João Soares contava com Isabel Botelho Leal como secretária de Estado.

com Lusa

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