Parlamento. Paulo Trigo Pereira (PS) é o deputado mais desalinhado

26-07-2018
marcar artigo

O socialista Paulo Trigo Pereira lidera o top dos deputados desalinhados: foram 127 as ocasiões em que não votou lado do partido nesta legi...

O socialista Paulo Trigo Pereira lidera o top dos deputados desalinhados: foram 127 as ocasiões em que não votou lado do partido nesta legislatura. Os dados foram reunidos pelo site Hemiciclo, que contabiliza a atividade parlamentar – com base na informação disponível no portal da Assembleia da República – e a transforma em estatísticas.
Só na última maratona de votações antes das férias do parlamento, que aconteceu no dia 20 de julho, Paulo Trigo Pereira votou mais de uma dezena de vezes desalinhado com o PS. Principalmente, na questão da descentralização, peça mestre da reforma do líder socialista António Costa. 
“Sinto um grande desconforto em relação a este processo da descentralização, pela forma como está a ser conduzido. Votei contra a lei de finanças locais, votei contra a criação da comissão independente, votei a favor da lei-quadro da descentralização. Só votei contra na especialidade o artigo 44 e frisei que o considero inconstitucional”, explicou o parlamentar ao i na altura.
O deputado sentiu-se desconfortável com a falta de tempo que o parlamento teve. “Não é razoável que o governo negoceie com o PSD, com a ANMP e a ANAFRE durante sete a oito meses uma lei finanças locais e nós tenhamos cerca de duas semanas para analisar o diploma final em Comissão de Orçamento e Finanças (COFMA). Fui o coordenador da equipa técnica que preparou a lei de 2007 e ter cerca de duas semanas para apreciar uma lei desta complexidade é antes de mais menorizar o parlamento e cada um dos deputados. Isto causou-me bastante desconforto”, referiu.
Sobre o facto de votar tantas vezes desalinhado com o PS, Trigo Pereira disse apenas que segue a disciplina de voto em matérias de programa de governo. “Voto em consciência, em liberdade em  função dos diplomas e analiso os diplomas. Avalio os diplomas e sigo a disciplina de voto em matérias específicas que resultam do programa de Governo”, afirmou o deputado socialista. 
Recorde-se que os deputados do PS não estão obrigados à disciplina de voto, à exceção de documentos fundamentais como o Orçamento do Estado ou a votação em moções de censura ou confiança.
Mas do lado dos socialistas não é apenas Paulo Trigo Pereira que vota desalinhado. No top 5, seguem-se as deputadas Helena Roseta e Isabel Santos, com 51 votações dissonantes, Pedro Bacelar Vasconcelos e Wanda Guimarães com 41 e Isabel Moreira, com 39.
É preciso descer na lista até ao oitavo lugar para encontrar o primeiro deputado do PSD: Teresa Leal Coelho por 34 vezes que não votou ao lado da sua bancada. A segunda social-democrata mais desalinhada é a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz com 29.
À direita, no CDS-PP, João Rebelo foi o que mais vezes votou de forma diferente (26). No Bloco, registou-se um voto desalinhado do deputado Carlos Matias que, numa votação feita há umas semanas sobre o banco de terras, optou por um sentido de voto diferente do partido.
Já no PCP e o PEV não se assinalou qualquer voto desalinhado.

by Beatriz Martinho via Jornal i

O socialista Paulo Trigo Pereira lidera o top dos deputados desalinhados: foram 127 as ocasiões em que não votou lado do partido nesta legi...

O socialista Paulo Trigo Pereira lidera o top dos deputados desalinhados: foram 127 as ocasiões em que não votou lado do partido nesta legislatura. Os dados foram reunidos pelo site Hemiciclo, que contabiliza a atividade parlamentar – com base na informação disponível no portal da Assembleia da República – e a transforma em estatísticas.
Só na última maratona de votações antes das férias do parlamento, que aconteceu no dia 20 de julho, Paulo Trigo Pereira votou mais de uma dezena de vezes desalinhado com o PS. Principalmente, na questão da descentralização, peça mestre da reforma do líder socialista António Costa. 
“Sinto um grande desconforto em relação a este processo da descentralização, pela forma como está a ser conduzido. Votei contra a lei de finanças locais, votei contra a criação da comissão independente, votei a favor da lei-quadro da descentralização. Só votei contra na especialidade o artigo 44 e frisei que o considero inconstitucional”, explicou o parlamentar ao i na altura.
O deputado sentiu-se desconfortável com a falta de tempo que o parlamento teve. “Não é razoável que o governo negoceie com o PSD, com a ANMP e a ANAFRE durante sete a oito meses uma lei finanças locais e nós tenhamos cerca de duas semanas para analisar o diploma final em Comissão de Orçamento e Finanças (COFMA). Fui o coordenador da equipa técnica que preparou a lei de 2007 e ter cerca de duas semanas para apreciar uma lei desta complexidade é antes de mais menorizar o parlamento e cada um dos deputados. Isto causou-me bastante desconforto”, referiu.
Sobre o facto de votar tantas vezes desalinhado com o PS, Trigo Pereira disse apenas que segue a disciplina de voto em matérias de programa de governo. “Voto em consciência, em liberdade em  função dos diplomas e analiso os diplomas. Avalio os diplomas e sigo a disciplina de voto em matérias específicas que resultam do programa de Governo”, afirmou o deputado socialista. 
Recorde-se que os deputados do PS não estão obrigados à disciplina de voto, à exceção de documentos fundamentais como o Orçamento do Estado ou a votação em moções de censura ou confiança.
Mas do lado dos socialistas não é apenas Paulo Trigo Pereira que vota desalinhado. No top 5, seguem-se as deputadas Helena Roseta e Isabel Santos, com 51 votações dissonantes, Pedro Bacelar Vasconcelos e Wanda Guimarães com 41 e Isabel Moreira, com 39.
É preciso descer na lista até ao oitavo lugar para encontrar o primeiro deputado do PSD: Teresa Leal Coelho por 34 vezes que não votou ao lado da sua bancada. A segunda social-democrata mais desalinhada é a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz com 29.
À direita, no CDS-PP, João Rebelo foi o que mais vezes votou de forma diferente (26). No Bloco, registou-se um voto desalinhado do deputado Carlos Matias que, numa votação feita há umas semanas sobre o banco de terras, optou por um sentido de voto diferente do partido.
Já no PCP e o PEV não se assinalou qualquer voto desalinhado.

by Beatriz Martinho via Jornal i

marcar artigo