Ladrões de Bicicletas: Lutas culturais sensatas

22-05-2019
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A cultura é demasiado importante para ficar à mercê da uniformização e da exclusão produzidas pelas lógicas puramente comerciais. Daí a importância do apoio e provisão públicas, ajudando a criar lógicas promotoras de uma enriquecedora diversidade artística e da democratização no acesso às actividades culturais.

Apesar da criação de um Ministério, como afirmou recentemente o Manifesto em Defesa da Cultura, “a política cultural do governo do PS não trouxe, no essencial, nenhuma viragem em relação ao desastroso percurso de décadas que nos conduziu até aqui.”

Para lá das questões orçamentais, mas com elas articulada, há também a questão da cultura política neoliberal que se difundiu e que está bem patente nas ofensivas declarações da Directora Regional da Cultura do Centro, ao considerar que os que requerem financiamento público são um “incómodo” para o Estado.

Como afirma Pedro Rodrigues, “talvez o mais sensato fosse deixar a notícia morrer naquele canto da página 20 do jornal de Sábado, mas apesar de tudo parece-me que se justifica que troquemos umas ideias sobre o assunto.” Realmente, insensato seria deixar alastrar este senso comum neoliberal com poder; sensata foi a mobilização, resultante da tal troca de ideias, que está bem patente nesta petição:

“É no mínimo inusitado que uma funcionária do Estado com estas responsabilidades profira tais declarações. Elas ofendem os profissionais que têm trabalhado no serviço público financiado pelo Estado, tentam criar uma clivagem entre estruturas ‘subsidiadas’ e ‘não subsidiadas’ e entre profissionais e não profissionais, amesquinham os próprios funcionários do Ministério e as personalidades convidadas para avaliar as candidaturas apresentadas, contradizem o espírito e a letra da Constituição e do programa do actual Governo e – sobretudo – insultam os cidadãos que são os principais beneficiários das políticas públicas de cultura no nosso país.”

A cultura é demasiado importante para ficar à mercê da uniformização e da exclusão produzidas pelas lógicas puramente comerciais. Daí a importância do apoio e provisão públicas, ajudando a criar lógicas promotoras de uma enriquecedora diversidade artística e da democratização no acesso às actividades culturais.

Apesar da criação de um Ministério, como afirmou recentemente o Manifesto em Defesa da Cultura, “a política cultural do governo do PS não trouxe, no essencial, nenhuma viragem em relação ao desastroso percurso de décadas que nos conduziu até aqui.”

Para lá das questões orçamentais, mas com elas articulada, há também a questão da cultura política neoliberal que se difundiu e que está bem patente nas ofensivas declarações da Directora Regional da Cultura do Centro, ao considerar que os que requerem financiamento público são um “incómodo” para o Estado.

Como afirma Pedro Rodrigues, “talvez o mais sensato fosse deixar a notícia morrer naquele canto da página 20 do jornal de Sábado, mas apesar de tudo parece-me que se justifica que troquemos umas ideias sobre o assunto.” Realmente, insensato seria deixar alastrar este senso comum neoliberal com poder; sensata foi a mobilização, resultante da tal troca de ideias, que está bem patente nesta petição:

“É no mínimo inusitado que uma funcionária do Estado com estas responsabilidades profira tais declarações. Elas ofendem os profissionais que têm trabalhado no serviço público financiado pelo Estado, tentam criar uma clivagem entre estruturas ‘subsidiadas’ e ‘não subsidiadas’ e entre profissionais e não profissionais, amesquinham os próprios funcionários do Ministério e as personalidades convidadas para avaliar as candidaturas apresentadas, contradizem o espírito e a letra da Constituição e do programa do actual Governo e – sobretudo – insultam os cidadãos que são os principais beneficiários das políticas públicas de cultura no nosso país.”

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