Viver na Alta de Lisboa: Eleições Viciadas?, de João Ramos de Almeida

21-07-2018
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Por um voto se ganha, por um voto se perde. As eleições autárquicas de 2001 representaram o fim de um ciclo político. Por uma vantagem de 856 votos na noite eleitoral, o PSD foi a principal força política na capital e Pedro Santana Lopes tornou-se presidente da Câmara Municipal, no lugar do socialista João Soares, contribuindo para a demissão do primeiro-ministro António Guterres. As suspeitas de fraude eleitoral levaram o Ministério Público a investigar e, por fim, a encontrar indícios, «se não de uma conduta intencionalmente falseadora da verdade eleitoral, pelo menos grosseiramente negligente do desempenho das funções de membro da assembleia de apuramento geral».Este livro é o resultado de uma análise exaustiva dos documentos eleitorais dessa votação e d recolha de depoimentos de autarcas e pessoas ligadas à campanha de Lisboa. Da sua leitura, sobressairão numerosas discrepâncias reveladoras de um processo de escrutínio eleitoral – desde o recenseamento até à publicação dos resultados em Diário da República – significativamente permeável a erros, à adulteração, intrusão ou intenção dolosa de alterar o sentido de voto dos eleitores, eventuais actos que tornam impossível afirmar com segurança quem, efectivamente, ganhou as eleições de 2001 em Lisboa.Texto da contracapa do livro Eleições Viciadas? – O frágil destino dos votos – Autárquicas de 2001 em Lisboa, de João Ramos de Almeida, publicado pela D. Quixote em Junho de 2007.Opinião de José Pacheco Pereira, aqui.


Por um voto se ganha, por um voto se perde. As eleições autárquicas de 2001 representaram o fim de um ciclo político. Por uma vantagem de 856 votos na noite eleitoral, o PSD foi a principal força política na capital e Pedro Santana Lopes tornou-se presidente da Câmara Municipal, no lugar do socialista João Soares, contribuindo para a demissão do primeiro-ministro António Guterres. As suspeitas de fraude eleitoral levaram o Ministério Público a investigar e, por fim, a encontrar indícios, «se não de uma conduta intencionalmente falseadora da verdade eleitoral, pelo menos grosseiramente negligente do desempenho das funções de membro da assembleia de apuramento geral».Este livro é o resultado de uma análise exaustiva dos documentos eleitorais dessa votação e d recolha de depoimentos de autarcas e pessoas ligadas à campanha de Lisboa. Da sua leitura, sobressairão numerosas discrepâncias reveladoras de um processo de escrutínio eleitoral – desde o recenseamento até à publicação dos resultados em Diário da República – significativamente permeável a erros, à adulteração, intrusão ou intenção dolosa de alterar o sentido de voto dos eleitores, eventuais actos que tornam impossível afirmar com segurança quem, efectivamente, ganhou as eleições de 2001 em Lisboa.Texto da contracapa do livro Eleições Viciadas? – O frágil destino dos votos – Autárquicas de 2001 em Lisboa, de João Ramos de Almeida, publicado pela D. Quixote em Junho de 2007.Opinião de José Pacheco Pereira, aqui.

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