Demissão de Robles gera reações para todos os gostos

30-07-2018
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CDS quer saber se acordo PS-Bloco se vai manter na Câmara de Lisboa. Já o PCP, acha que o problema é mesmo a especulação imobiliária na cidade

O vereador comunista na Câmara de Lisboa, João Ferreira, afirmou esta segunda-feira ser relevante para o PCP, não a demissão do vereador do Bloco, Ricardo Robles, mas o combate à dinâmica de especulação imobiliária em Lisboa.

A demissão "é uma decisão que decorre de uma escolha feita pelo próprio, uma decisão determinada por uma escolha, que resulta de uma avaliação que o próprio fez e da qual teria resultado a conclusão de que não teria condições para continuar em funções”, afirmou.

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Para nós, a questão relevante não é o caso individual, mas é o facto de este caso evidenciar, tal como muitos outros, a dinâmica de especulação em que a cidade está mergulhada. É uma realidade que este caso deixou evidente, como muitos outros - sublinho -, e é esta realidade que torna necessárias medidas para combater esta dinâmica de especulação", acrescentou o vereador comunista.

João Ferreira sublinhou que o tema tem estado entre as preocupações do PCP nos últimos anos, levando o partido "a apresentar um conjunto de iniciativas, quer na Câmara de Lisboa quer no parlamento".

É esta realidade que nos preocupa, que tem justificado a nossa iniciativa. Quanto ao resto, não vou destacar este ou aquele exemplo, muito menos fazer julgamento sobre condutas individuais", acrescentou.

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"Enorme incoerência"

À direita, o vereador do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa, João Gonçalves Pereira, considera que a renúncia do bloquista Ricardo Robles deixa em aberto se o acordo de governação da cidade firmado entre PS e BE se mantém.

Esta saída de Ricardo Robles vem confirmar, vem demonstrar e confirmar, a enorme incoerência em que todo este processo político foi conduzido, foi gerido”, disse João Gonçalves Pereira, em declarações à agência Lusa.

Na opinião do centrista, “o Bloco de Esquerda fica aqui condicionado para o futuro a falar de matérias de habitação”.

Mas, para o vereador do CDS-PP, importa agora “que Fernando Medina venha clarificar se o acordo coligatório que tinha com o Bloco de Esquerda sempre se vai manter ou não".

Era importante essa clarificação aos lisboetas” por parte do presidente da Câmara Municipal de Lisboa e deve ser feita “tão rápido quanto possível”, afirmou.

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Apontando que durante todo este processo “não se ouviu uma palavra” por parte de Medina, João Gonçalves Pereira salientou que faz também parte da equação “saber se o Bloco de Esquerda quer manter esse acordo” daqui para a frente.

Gonçalves Pereira lembrou que “houve de Fernando Medina uma opção quando chegou à Câmara, que foi falar com todos os partidos à exceção do CDS”, tendo chegado depois a um acordo de governação da cidade com o BE, que atribuiu a Ricardo Robles os pelouros da Educação e Direitos Sociais, e permitiu que o executivo tivesse maioria.

“Sanar contradições graves”

Já o PAN, partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), evitou comentar o caso de Ricardo Robles, mas assinalou que a demissão do vereador da câmara de Lisboa é uma forma de “sanar contradições graves” e foi uma opção diferente de outros partidos.

A posição do PAN foi expressa pelo deputado André Silva, no final de uma rápida audiência de menos de 15 minutos com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, destinada a avaliar o próximo ano político, após as férias.

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Por três vezes, André Silva afirmou que o PAN não comentava nem fazia “uma avaliação política” deste caso que levou à demissão de Ricardo Robles, mas anotou que foi uma opção diferente “de outros partidos”.

Há várias formas de sanar contradições graves ou patentes ou que causam bastante incómodo social. O BE entendeu reagir desta forma, ao contrário do que outros partidos fazem”, assinalou.

"Problema do BE"

Poucas palavras dedicou também o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) sobre a demissão do vereador do BE na câmara de Lisboa, Ricardo Robles, afirmando que “esse é um problema do Bloco de Esquerda”.

Não nos pronunciamos. Isso não é um problema dos Verdes. É um problema do Bloco de Esquerda. Os Verdes continuam empenhados no combate à especulação imobiliária”, afirmou a deputada Heloísa Apolónia no final de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Ricardo Robles anunciou esta segunda-feira a sua renúncia como vereador do BE da Câmara de Lisboa, afirmando ser "uma decisão pessoal" com o "objetivo de criar as melhores condições para o prosseguimento da luta do Bloco pelo direito à cidade".

Em causa está uma notícia avançada na edição de sexta-feira do Jornal Económico, que dá conta que em 2014 o autarca adquiriu um prédio em Alfama por 347 mil euros, que foi reabilitado e posto à venda em 2017 avaliado em 5,7 milhões de euros.

CDS quer saber se acordo PS-Bloco se vai manter na Câmara de Lisboa. Já o PCP, acha que o problema é mesmo a especulação imobiliária na cidade

O vereador comunista na Câmara de Lisboa, João Ferreira, afirmou esta segunda-feira ser relevante para o PCP, não a demissão do vereador do Bloco, Ricardo Robles, mas o combate à dinâmica de especulação imobiliária em Lisboa.

A demissão "é uma decisão que decorre de uma escolha feita pelo próprio, uma decisão determinada por uma escolha, que resulta de uma avaliação que o próprio fez e da qual teria resultado a conclusão de que não teria condições para continuar em funções”, afirmou.

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Para nós, a questão relevante não é o caso individual, mas é o facto de este caso evidenciar, tal como muitos outros, a dinâmica de especulação em que a cidade está mergulhada. É uma realidade que este caso deixou evidente, como muitos outros - sublinho -, e é esta realidade que torna necessárias medidas para combater esta dinâmica de especulação", acrescentou o vereador comunista.

João Ferreira sublinhou que o tema tem estado entre as preocupações do PCP nos últimos anos, levando o partido "a apresentar um conjunto de iniciativas, quer na Câmara de Lisboa quer no parlamento".

É esta realidade que nos preocupa, que tem justificado a nossa iniciativa. Quanto ao resto, não vou destacar este ou aquele exemplo, muito menos fazer julgamento sobre condutas individuais", acrescentou.

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"Enorme incoerência"

À direita, o vereador do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa, João Gonçalves Pereira, considera que a renúncia do bloquista Ricardo Robles deixa em aberto se o acordo de governação da cidade firmado entre PS e BE se mantém.

Esta saída de Ricardo Robles vem confirmar, vem demonstrar e confirmar, a enorme incoerência em que todo este processo político foi conduzido, foi gerido”, disse João Gonçalves Pereira, em declarações à agência Lusa.

Na opinião do centrista, “o Bloco de Esquerda fica aqui condicionado para o futuro a falar de matérias de habitação”.

Mas, para o vereador do CDS-PP, importa agora “que Fernando Medina venha clarificar se o acordo coligatório que tinha com o Bloco de Esquerda sempre se vai manter ou não".

Era importante essa clarificação aos lisboetas” por parte do presidente da Câmara Municipal de Lisboa e deve ser feita “tão rápido quanto possível”, afirmou.

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Apontando que durante todo este processo “não se ouviu uma palavra” por parte de Medina, João Gonçalves Pereira salientou que faz também parte da equação “saber se o Bloco de Esquerda quer manter esse acordo” daqui para a frente.

Gonçalves Pereira lembrou que “houve de Fernando Medina uma opção quando chegou à Câmara, que foi falar com todos os partidos à exceção do CDS”, tendo chegado depois a um acordo de governação da cidade com o BE, que atribuiu a Ricardo Robles os pelouros da Educação e Direitos Sociais, e permitiu que o executivo tivesse maioria.

“Sanar contradições graves”

Já o PAN, partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), evitou comentar o caso de Ricardo Robles, mas assinalou que a demissão do vereador da câmara de Lisboa é uma forma de “sanar contradições graves” e foi uma opção diferente de outros partidos.

A posição do PAN foi expressa pelo deputado André Silva, no final de uma rápida audiência de menos de 15 minutos com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, destinada a avaliar o próximo ano político, após as férias.

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Por três vezes, André Silva afirmou que o PAN não comentava nem fazia “uma avaliação política” deste caso que levou à demissão de Ricardo Robles, mas anotou que foi uma opção diferente “de outros partidos”.

Há várias formas de sanar contradições graves ou patentes ou que causam bastante incómodo social. O BE entendeu reagir desta forma, ao contrário do que outros partidos fazem”, assinalou.

"Problema do BE"

Poucas palavras dedicou também o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) sobre a demissão do vereador do BE na câmara de Lisboa, Ricardo Robles, afirmando que “esse é um problema do Bloco de Esquerda”.

Não nos pronunciamos. Isso não é um problema dos Verdes. É um problema do Bloco de Esquerda. Os Verdes continuam empenhados no combate à especulação imobiliária”, afirmou a deputada Heloísa Apolónia no final de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Ricardo Robles anunciou esta segunda-feira a sua renúncia como vereador do BE da Câmara de Lisboa, afirmando ser "uma decisão pessoal" com o "objetivo de criar as melhores condições para o prosseguimento da luta do Bloco pelo direito à cidade".

Em causa está uma notícia avançada na edição de sexta-feira do Jornal Económico, que dá conta que em 2014 o autarca adquiriu um prédio em Alfama por 347 mil euros, que foi reabilitado e posto à venda em 2017 avaliado em 5,7 milhões de euros.

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