Minoria relativa: Professor Galamba

12-11-2018
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Diz ele assim:É preciso deixar uma coisa bem clara: não pode haver direitos adquiridos sem atender às condições de possíbilidade dos mesmos - e isto não é uma opção ideológica, é uma fatalidade inultrapassável.Para além de usar brinco (palavra de honra) e de não saber escrever decentemente a palavra «possibilidade», João Galamba consegue condensar numa só frase toda a sua imbecilidade. Se lhe acrescentasse que os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas (coisa que ele insinua, mas isto tem de ser dito em modo lenga-lenga), então poderia dedicar-se à astrologia ou, como é mais ambicioso, teria argumento bastante para uma tese de mestrado em economia doméstica e seria um qualificado profissional liberal. Eu, que sou de esquerda, nunca lhe chamaria mulher-a-dias, antes aquela senhora que vai lá a casa de vez em quando. Mas adiante.Para o que aqui nos interessa, devo dizer que não me parece necessário chumbar a matemática ou partilhar todas estas visões da ciência económica para compreender coisinhas simples do quotidiano, como dormir, comer, beber e, por exemplo, que a economia política não é outra coisa que não a definição das condições de possibilidade. Tal como não é preciso ler Foucault para chegar à ideia conexa de regime de verdade. Se o truísmo lhe escapa convém voltar aos banquinhos da escola, até porque prefiro pagar-lhe a educação ao ordenado.Vem esta história a propósito do PEC e da alegada insustentabilidade financeira do subsídio de desemprego, ideia comercializada com a conhecida semântica da crise. O objectivo é reduzir-lhe - ao subsídio - a consistência, a abrangência e a acessibilidade. Preguiçoso da cabeça como sou, por agora só me lembro de uns problemas financeiros que houve há tempos e que, salvo erro, redundaram em política social para a banca. João Galamba chama a tudo isto uma tragédia. Eu, que sou de esquerda, chamo-lhe autoritarismo social.PS: Não sabia que o slogan «sejamos realistas, exijamos o impossível» era do Zizek. Muito me conta, João Galamba.


Diz ele assim:É preciso deixar uma coisa bem clara: não pode haver direitos adquiridos sem atender às condições de possíbilidade dos mesmos - e isto não é uma opção ideológica, é uma fatalidade inultrapassável.Para além de usar brinco (palavra de honra) e de não saber escrever decentemente a palavra «possibilidade», João Galamba consegue condensar numa só frase toda a sua imbecilidade. Se lhe acrescentasse que os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas (coisa que ele insinua, mas isto tem de ser dito em modo lenga-lenga), então poderia dedicar-se à astrologia ou, como é mais ambicioso, teria argumento bastante para uma tese de mestrado em economia doméstica e seria um qualificado profissional liberal. Eu, que sou de esquerda, nunca lhe chamaria mulher-a-dias, antes aquela senhora que vai lá a casa de vez em quando. Mas adiante.Para o que aqui nos interessa, devo dizer que não me parece necessário chumbar a matemática ou partilhar todas estas visões da ciência económica para compreender coisinhas simples do quotidiano, como dormir, comer, beber e, por exemplo, que a economia política não é outra coisa que não a definição das condições de possibilidade. Tal como não é preciso ler Foucault para chegar à ideia conexa de regime de verdade. Se o truísmo lhe escapa convém voltar aos banquinhos da escola, até porque prefiro pagar-lhe a educação ao ordenado.Vem esta história a propósito do PEC e da alegada insustentabilidade financeira do subsídio de desemprego, ideia comercializada com a conhecida semântica da crise. O objectivo é reduzir-lhe - ao subsídio - a consistência, a abrangência e a acessibilidade. Preguiçoso da cabeça como sou, por agora só me lembro de uns problemas financeiros que houve há tempos e que, salvo erro, redundaram em política social para a banca. João Galamba chama a tudo isto uma tragédia. Eu, que sou de esquerda, chamo-lhe autoritarismo social.PS: Não sabia que o slogan «sejamos realistas, exijamos o impossível» era do Zizek. Muito me conta, João Galamba.

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