Jean Wyllys saiu do Brasil "porque acha um desperdício lutar sem viver"

22-05-2019
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O ativista e ex-deputado brasileiro Jean Wyllys esteve, esta quarta-feira, na Assembleia da República onde foi recebido pela maioria dos partidos portugueses com representação parlamentar.

De acordo com deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro, apenas CDS, CDU e PAN não estiveram presentes na sessão que contou com a presença do antigo deputado federal do Rio de Janeiro que desistiu do mandato e abandonou o Brasil depois de receber constantes ameaças de morte.

Na mesma publicação, partilhada no Facebook, Tiago Barbosa Ribeiro afirma que Jean Wyllys foi “forçado a abandonar o país pelo clima de ameaças de morte, intimidação e violência política que grassa no Brasil após o golpe institucional contra Dilma Rousseff e subsequente vitória eleitoral da extrema-direita”, ou seja, depois da eleição de Jair Bolsonaro, e recorda que “não é preciso concordarmos com todas as posições de Jean Wyllys para percebermos a gravidade do que está a acontecer”.

O parlamentar conta ainda que Willys anda sempre acompanhado de segurança pessoal e vai instalar-se na Europa. Já em Portugal, apesar de ter sido alvo de uma tentativa de agressão com ovos, durante uma conferência, em Coimbra, Tiago Barbosa Ribeiro, diz que o encontrou reafirmou “o exemplo de tolerância e pluralismo que o nosso país continua a ser”.

Mas não foi só Barbosa Ribeiro que reagiu à presença do ativista brasileiro no Facebook. A também deputada socialista Isabel Moreira e a deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua fizeram questão de registar o momento nas redes sociais.

Isabel Moreira partilhou várias fotos com Jean Wyllys e na legenda das mesmas sublinhou a importância de receber o ativista brasileiro “na casa da Democracia”.

“Perceber a importância de receber Jean Willys na casa da Democracia. Testemunhar a sua coragem, ouvir do Brasil e do avanço de uma extrema-direita que lá se tornou hegemónica, ouvir do perigo das fake news para a democracia. Ouvir de nós”, escreveu a parlamentar do PS no Facebook.

Já Joana Mortágua relembra que Jean Wyllys saiu do Brasil “porque acha um desperdício lutar sem viver” e porque “as ameaças roubaram-lhe a liberdade na sua cidade, no seu país”. A bloquista garante que o político brasileiro será “sempre bem recebido em Portugal”.

No final da partilha, a deputada do BE confessa ainda que se Jean Wyllys tivesse sido morto “o mundo perderia um ativista dos melhores que há” e ela perderia “um amigo”.

Recorde-se que Jean Wyllys foi deputado federal do Rio de Janeiro mas, a 24 de janeiro, anunciou que ia desistir do novo mandato e deixar o Brasil, por receber ameaças de morte constantes desde o homicídio da vereadora Marielle Franco, que também pertencia ao partido de Wyllys, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

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Na mesma publicação, partilhada no Facebook, Tiago Barbosa Ribeiro afirma que Jean Wyllys foi “forçado a abandonar o país pelo clima de ameaças de morte, intimidação e violência política que grassa no Brasil após o golpe institucional contra Dilma Rousseff e subsequente vitória eleitoral da extrema-direita”, ou seja, depois da eleição de Jair Bolsonaro, e recorda que “não é preciso concordarmos com todas as posições de Jean Wyllys para percebermos a gravidade do que está a acontecer”.

O parlamentar conta ainda que Willys anda sempre acompanhado de segurança pessoal e vai instalar-se na Europa. Já em Portugal, apesar de ter sido alvo de uma tentativa de agressão com ovos, durante uma conferência, em Coimbra, Tiago Barbosa Ribeiro, diz que o encontrou reafirmou “o exemplo de tolerância e pluralismo que o nosso país continua a ser”.

Mas não foi só Barbosa Ribeiro que reagiu à presença do ativista brasileiro no Facebook. A também deputada socialista Isabel Moreira e a deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua fizeram questão de registar o momento nas redes sociais.

Isabel Moreira partilhou várias fotos com Jean Wyllys e na legenda das mesmas sublinhou a importância de receber o ativista brasileiro “na casa da Democracia”.

“Perceber a importância de receber Jean Willys na casa da Democracia. Testemunhar a sua coragem, ouvir do Brasil e do avanço de uma extrema-direita que lá se tornou hegemónica, ouvir do perigo das fake news para a democracia. Ouvir de nós”, escreveu a parlamentar do PS no Facebook.

Já Joana Mortágua relembra que Jean Wyllys saiu do Brasil “porque acha um desperdício lutar sem viver” e porque “as ameaças roubaram-lhe a liberdade na sua cidade, no seu país”. A bloquista garante que o político brasileiro será “sempre bem recebido em Portugal”.

No final da partilha, a deputada do BE confessa ainda que se Jean Wyllys tivesse sido morto “o mundo perderia um ativista dos melhores que há” e ela perderia “um amigo”.

Recorde-se que Jean Wyllys foi deputado federal do Rio de Janeiro mas, a 24 de janeiro, anunciou que ia desistir do novo mandato e deixar o Brasil, por receber ameaças de morte constantes desde o homicídio da vereadora Marielle Franco, que também pertencia ao partido de Wyllys, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

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