Jerónimo em Coimbra: “As paixões do PS são como as de Verão: dão forte, mas passam depressa”

23-10-2015
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Em Coimbra, Jerónimo falou de educação e de cultura. Mas, claro, não perdeu a oportunidade de atacar a intenção dos socialistas de regressarem à paixão guterrista pela educação. “Qual paixão?”, perguntou o líder comunista, desfiando o rosário dos “ataques à escola pública” cometidos por Lurdes Rodrigues. A CDU não esquece, nem perdoa. E reforça que é a única que “não semeia promessas para ganhar votos”

“Em Roma, sê romano” é uma máxima que se aplica mesmo à campanha da CDU. Na cidade dos doutores, os comícios são na escadaria monumental que dão acesso à universidade e fala-se, sobretudo, de educação e cultura. Já foi assim há quatro anos. As tradições ainda são o que eram.

Jerónimo de Sousa foi o último a falar, num comício que, estando composto, esteve muito longe de transbordar de público. A educação é, aqui, quem mais ordena, e se António Costa aproveitou a campanha para retomar o lema da paixão da educação, o líder do PCP não é homem para fugir ao contra-ataque, ou como ele prefere dizer “de virar a cara à luta”.

E, foi sem dúvida, com um Governo socialista - o de José Sócrates - e com uma ministra socialista - Maria de Lurdes Rodrigues - que os comunistas travaram uma das mais duras e prolongadas batalhas políticas. Mário Nogueira, o líder da Fenprof e membro do Comité Central do PCP estava na assistência como testemunha. Jerónimo fez questão de reavivar a memória. "O dr. António Costa já devia saber que as paixões de verão são fortes mas passam depressa" e segue-se a lista completa dos "ataques à escola pública" cometidos por Governos do PS.

Há para quase todos os gostos: o encerramento de 1100 escolas básicas, o congelamento de salários e carreiras, os cortes no ensino especial e até a criação de uma prova de competência para acesso à docência. Uma herança pesada "que PSD e CDS agradeceram e aproveitaram", disse o secretário-geral comunista.

O líder acusa o toque

Os outros prometem, a CDU cumpre. É esta a mensagem política com que a coligação de esquerda pretende vencer o voto útil no PS e chamar os abstencionistas e os desiludidos da política. Por isso, palavras como "seriedade" ou "honestidade" fazem parte do refrão de todo e qualquer dos discursos proferidos na campanha.

Jerónimo não se cansa de as repetir. Como não se cansa do combate eleitoral, garante. Acusando o toque "de certa comunicação social" (leia-se a última edição do Expresso) que vê a campanha da CDU mais light, porque centrada num líder desgastado por demasiado tempo no terreno e 68 anos de vida, Jerónimo reagiu: "Não substimem um facto: a campanha não está sobre os ombros do secretário-geral. Até ao fim, está em milhares de dirigentes e militantes da CDU".

O público gostou e aplaudiu a prova de força do líder. "Ah, ganda Jerónimo", gritou-se na assistência. Encerrou em tom de glória, e tocou-se o hino, que nestas alturas é sempre o "Venceremos".

Em Coimbra, Jerónimo falou de educação e de cultura. Mas, claro, não perdeu a oportunidade de atacar a intenção dos socialistas de regressarem à paixão guterrista pela educação. “Qual paixão?”, perguntou o líder comunista, desfiando o rosário dos “ataques à escola pública” cometidos por Lurdes Rodrigues. A CDU não esquece, nem perdoa. E reforça que é a única que “não semeia promessas para ganhar votos”

“Em Roma, sê romano” é uma máxima que se aplica mesmo à campanha da CDU. Na cidade dos doutores, os comícios são na escadaria monumental que dão acesso à universidade e fala-se, sobretudo, de educação e cultura. Já foi assim há quatro anos. As tradições ainda são o que eram.

Jerónimo de Sousa foi o último a falar, num comício que, estando composto, esteve muito longe de transbordar de público. A educação é, aqui, quem mais ordena, e se António Costa aproveitou a campanha para retomar o lema da paixão da educação, o líder do PCP não é homem para fugir ao contra-ataque, ou como ele prefere dizer “de virar a cara à luta”.

E, foi sem dúvida, com um Governo socialista - o de José Sócrates - e com uma ministra socialista - Maria de Lurdes Rodrigues - que os comunistas travaram uma das mais duras e prolongadas batalhas políticas. Mário Nogueira, o líder da Fenprof e membro do Comité Central do PCP estava na assistência como testemunha. Jerónimo fez questão de reavivar a memória. "O dr. António Costa já devia saber que as paixões de verão são fortes mas passam depressa" e segue-se a lista completa dos "ataques à escola pública" cometidos por Governos do PS.

Há para quase todos os gostos: o encerramento de 1100 escolas básicas, o congelamento de salários e carreiras, os cortes no ensino especial e até a criação de uma prova de competência para acesso à docência. Uma herança pesada "que PSD e CDS agradeceram e aproveitaram", disse o secretário-geral comunista.

O líder acusa o toque

Os outros prometem, a CDU cumpre. É esta a mensagem política com que a coligação de esquerda pretende vencer o voto útil no PS e chamar os abstencionistas e os desiludidos da política. Por isso, palavras como "seriedade" ou "honestidade" fazem parte do refrão de todo e qualquer dos discursos proferidos na campanha.

Jerónimo não se cansa de as repetir. Como não se cansa do combate eleitoral, garante. Acusando o toque "de certa comunicação social" (leia-se a última edição do Expresso) que vê a campanha da CDU mais light, porque centrada num líder desgastado por demasiado tempo no terreno e 68 anos de vida, Jerónimo reagiu: "Não substimem um facto: a campanha não está sobre os ombros do secretário-geral. Até ao fim, está em milhares de dirigentes e militantes da CDU".

O público gostou e aplaudiu a prova de força do líder. "Ah, ganda Jerónimo", gritou-se na assistência. Encerrou em tom de glória, e tocou-se o hino, que nestas alturas é sempre o "Venceremos".

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