ABNEGADO: O PARTIDO QUE NÃO MUDA

11-07-2018
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Em entrevista concedida ao jornal Público e à Rádio Renascença, o afável líder do PCP discorreu sobre a importância da boa imagem que, no seu entender, “ ajuda a compreender uma mensagem ”.

O que talvez escape ao simpático líder é que a mensagem constitui, efectivamente, o problema.

Jerónimo de Sousa pode aparecer incensado, sorridente, apresentado carinhosamente como o “Jerónimo”, pode exibir os seus dotes de dançarino, mas a sua expressão cândida não elimina a dureza das opiniões do partido. E essas mantêm-se, tristemente, as mesmas.

Quando, na mesma entrevista, Jerónimo de Sousa nos garante que “ em Cuba existe um processo revolucionário escolhido pelos próprios cubanos ”, quando interroga “ quem sou eu para dizer que a minha democracia é melhor do que a deles? ”, está, afinal, a seguir o mesmo raciocínio do líder parlamentar dos comunistas, Bernardino Soares, que garantiu, em entrevista ao DN há precisamente 3 anos, ter “ muitas dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia ”.

Por mais maviosa que seja a voz, há coisas que não mudam.

Em entrevista concedida ao jornal Público e à Rádio Renascença, o afável líder do PCP discorreu sobre a importância da boa imagem que, no seu entender, “ ajuda a compreender uma mensagem ”.

O que talvez escape ao simpático líder é que a mensagem constitui, efectivamente, o problema.

Jerónimo de Sousa pode aparecer incensado, sorridente, apresentado carinhosamente como o “Jerónimo”, pode exibir os seus dotes de dançarino, mas a sua expressão cândida não elimina a dureza das opiniões do partido. E essas mantêm-se, tristemente, as mesmas.

Quando, na mesma entrevista, Jerónimo de Sousa nos garante que “ em Cuba existe um processo revolucionário escolhido pelos próprios cubanos ”, quando interroga “ quem sou eu para dizer que a minha democracia é melhor do que a deles? ”, está, afinal, a seguir o mesmo raciocínio do líder parlamentar dos comunistas, Bernardino Soares, que garantiu, em entrevista ao DN há precisamente 3 anos, ter “ muitas dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia ”.

Por mais maviosa que seja a voz, há coisas que não mudam.

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