Jerónimo quer EDP sob controlo público. Mas, do Estado português

27-07-2018
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À boleia da oferta de aquisição lançada sobre a EDP por um consórcio chinês, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, recuperou este sábado uma das propostas que o partido sempre defendeu: a nacionalização das empresas estratégicas que foram, entretanto, privatizadas.

O que deve ser determinante para o futuro da EDP "é a recuperação do controlo público da empresa elétrica nacional", diz Jerónimo de Sousa, após uma sessão partidária em Viana do Castelo.

A companhia elétrica, segundo o líder do PCP, "não pode estar sujeita à disputa por parte de grupos económicos ou de estados estrangeiros".

A EDP é "uma empresa que é estratégica para os interesses nacionais, da qual depende grande parte da economia portuguesa, tal como o conjunto de equipamentos e funções públicas e não pode estar sujeita à disputa por parte de grupos económicos ou de Estados estrangeiros sobre o seu controlo acionista", reagiu Jerónimo.

Ontem, a China Three Gorges, o maior acionistas da EDP lançou uma oferta de aquisição sobre a totalidade do capital da EDP, avaliando a elétrica em 11,9 mil milhões e euros.

Antes de Jerónimo, Já Vasco Cardoso, da Comissão Política do PCP, comentara que “a instabilidade a que a EDP está sujeita", agravada pelo efeito da OPA, "não garante os interesses do país.

Para os comunistas, “uma empresa estratégica para os interesses do país não pode estar sujeita a questões financeiras nem a países estrangeiros”.

PCP não assina orçamento de cruz

Na mesma sessão partidária de Viana do Castelo, Jerónimo de Sousa avisou o PS que o PCP não assinará "de cruz" o Orçamento do Estado para 2019. E lembrou que o governo minoritário não conta à partida com uma maioria parlamentar nem um acordo que lhe garanta a aprovação do documento.

O PCP "honrará a palavra dada", mas não está disponível para dar "uma palavra no escuro" . Os comunistas estarão sempre do lado da defesa dos "direitos laborais e dos salários - e isso que temos feito´". Mas não peçam ao PCP "para assinar de cruz seja o que for", advertiu Jerónimo.

A posição do PCP é uma resposta às referências do primeiro-ministro, António Costa, de que o chumbo do orçamento conduziria a eleições antecipadas.

CDS sobre a EDP: deixar o mercado funcionar

Em Évora, o dirigente do CDS-PP Nuno Melo comentou também a OPA sobre a EDP, dizendo que o tema é "do âmbito do mercado e não político".

Segundo Nuno Melo, "a única coisa que o poder político pode exigir é que todos os poderes reguladores e de supervisão estejam atentos e evitem que alguma coisa se possa processar à margem da lei“.

É uma questão de mercado, mas o CDS está atento "em relação a tudo o que tem que ver com empresas que são fundamentais e estratégica para Portugal”.

À boleia da oferta de aquisição lançada sobre a EDP por um consórcio chinês, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, recuperou este sábado uma das propostas que o partido sempre defendeu: a nacionalização das empresas estratégicas que foram, entretanto, privatizadas.

O que deve ser determinante para o futuro da EDP "é a recuperação do controlo público da empresa elétrica nacional", diz Jerónimo de Sousa, após uma sessão partidária em Viana do Castelo.

A companhia elétrica, segundo o líder do PCP, "não pode estar sujeita à disputa por parte de grupos económicos ou de estados estrangeiros".

A EDP é "uma empresa que é estratégica para os interesses nacionais, da qual depende grande parte da economia portuguesa, tal como o conjunto de equipamentos e funções públicas e não pode estar sujeita à disputa por parte de grupos económicos ou de Estados estrangeiros sobre o seu controlo acionista", reagiu Jerónimo.

Ontem, a China Three Gorges, o maior acionistas da EDP lançou uma oferta de aquisição sobre a totalidade do capital da EDP, avaliando a elétrica em 11,9 mil milhões e euros.

Antes de Jerónimo, Já Vasco Cardoso, da Comissão Política do PCP, comentara que “a instabilidade a que a EDP está sujeita", agravada pelo efeito da OPA, "não garante os interesses do país.

Para os comunistas, “uma empresa estratégica para os interesses do país não pode estar sujeita a questões financeiras nem a países estrangeiros”.

PCP não assina orçamento de cruz

Na mesma sessão partidária de Viana do Castelo, Jerónimo de Sousa avisou o PS que o PCP não assinará "de cruz" o Orçamento do Estado para 2019. E lembrou que o governo minoritário não conta à partida com uma maioria parlamentar nem um acordo que lhe garanta a aprovação do documento.

O PCP "honrará a palavra dada", mas não está disponível para dar "uma palavra no escuro" . Os comunistas estarão sempre do lado da defesa dos "direitos laborais e dos salários - e isso que temos feito´". Mas não peçam ao PCP "para assinar de cruz seja o que for", advertiu Jerónimo.

A posição do PCP é uma resposta às referências do primeiro-ministro, António Costa, de que o chumbo do orçamento conduziria a eleições antecipadas.

CDS sobre a EDP: deixar o mercado funcionar

Em Évora, o dirigente do CDS-PP Nuno Melo comentou também a OPA sobre a EDP, dizendo que o tema é "do âmbito do mercado e não político".

Segundo Nuno Melo, "a única coisa que o poder político pode exigir é que todos os poderes reguladores e de supervisão estejam atentos e evitem que alguma coisa se possa processar à margem da lei“.

É uma questão de mercado, mas o CDS está atento "em relação a tudo o que tem que ver com empresas que são fundamentais e estratégica para Portugal”.

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