Jerónimo explica teoria do mal menor

07-03-2016
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A Aula Magna da reitoria da Universidade de Lisboa encheu para o comício que assinalou os 95 anos de vida do PCP. Jerónimo de Sousa encerrou, naturalmente, a sessão, com um longo discurso onde a “posição conjunta” assinada com o PS teve sempre lugar de destaque e, claro, onde o apoio dado pelos comunistas ao Orçamento de Estado para 2016 foi motivo de justificação.

Graças ao voto da bancada parlamentar do PCP, o OE passou na generalidade e terá igual destino na especialidade. Jerónimo deixou essa garantia quando afirmou sem margem para duvidas que “seguiremos o caminho de honrar a palavra dada e, acima de tudo, honraremos o nosso compromisso com os trabalhadores e o povo”. A votação do OE na especialidade parece, assim, estar garantida.

O aval comunista a um Orçamento que, apesar de tudo, “contém medidas que não acompanhamos” e que “não ilude contradições e limitações” aquilo que o PCP sempre reclamou, precisa de ser bem justificado perante os militantes. Jerónimo de Sousa sabe bem disso e, por isso, mesmo fez questão de sublinhar as distancias, mas também de explicar as vantagens da aproximação com os socialistas.

É uma espécie de teoria do mal menor. Se é certo que “este não é o nosso Orçamento” e até que ele contem “elementos que marcam as nossas preocupações e discordância”, é também um facto que “este é um Orçamento diferente daquele que PSD e CDS apresentariam se fossem Governo”.

Diz o líder comunista, então, que “é justo olhar para este orçamento não só pelo que vale, mas também pelo que impede”. Ou seja, as contas do Governo Costa ainda continuam “marcadas pela matriz essencial das opções dos seus autores”, mas também é verdade que o OE se “atreve a devolver salários e atreve a devolver direitos” o que já são “sinais de inversão de um rumo que não se pode subestimar”

O PCP olha, agora, para o copo meio cheio das medidas negociadas com o PS. Mas não deixa de assinalar o copo meio vazio que ficou por preencher. Não será, por isso, um mero acaso, que levou Jeronimo de Sousa a elencar perante as centenas de militantes comunistas que encheram a sala da Aula Magna algumas das matérias em que PCP e PS continuam a divergir face a um Orçamento que ambos os partidos se preparam para aprovar.

Para memoria futura ficam assim registados que os comunistas estão contra o aumento do imposto sobre os combustíveis, tal como acham “insuficiente” a tributação sobre o grande património mobiliário e discordam do não aumento “real” das pensões.

Mais difícil de sanar é a discordância face à renegociação da dívida, sobre a qual os socialistas rejeitam falar e o PCP insiste. Aliás, como Jeronimo de Sousa recordou, os comunistas “orgulham-se” de ter “previsto e prevenido que a integração de Portugal na CEE, na Uniao Europeia e no euro seria contraria aos interesses nacionais”. “30 anos passados, aí está a realidade a dar razão ao PCP”, conclui Jerónimo.

A Aula Magna da reitoria da Universidade de Lisboa encheu para o comício que assinalou os 95 anos de vida do PCP. Jerónimo de Sousa encerrou, naturalmente, a sessão, com um longo discurso onde a “posição conjunta” assinada com o PS teve sempre lugar de destaque e, claro, onde o apoio dado pelos comunistas ao Orçamento de Estado para 2016 foi motivo de justificação.

Graças ao voto da bancada parlamentar do PCP, o OE passou na generalidade e terá igual destino na especialidade. Jerónimo deixou essa garantia quando afirmou sem margem para duvidas que “seguiremos o caminho de honrar a palavra dada e, acima de tudo, honraremos o nosso compromisso com os trabalhadores e o povo”. A votação do OE na especialidade parece, assim, estar garantida.

O aval comunista a um Orçamento que, apesar de tudo, “contém medidas que não acompanhamos” e que “não ilude contradições e limitações” aquilo que o PCP sempre reclamou, precisa de ser bem justificado perante os militantes. Jerónimo de Sousa sabe bem disso e, por isso, mesmo fez questão de sublinhar as distancias, mas também de explicar as vantagens da aproximação com os socialistas.

É uma espécie de teoria do mal menor. Se é certo que “este não é o nosso Orçamento” e até que ele contem “elementos que marcam as nossas preocupações e discordância”, é também um facto que “este é um Orçamento diferente daquele que PSD e CDS apresentariam se fossem Governo”.

Diz o líder comunista, então, que “é justo olhar para este orçamento não só pelo que vale, mas também pelo que impede”. Ou seja, as contas do Governo Costa ainda continuam “marcadas pela matriz essencial das opções dos seus autores”, mas também é verdade que o OE se “atreve a devolver salários e atreve a devolver direitos” o que já são “sinais de inversão de um rumo que não se pode subestimar”

O PCP olha, agora, para o copo meio cheio das medidas negociadas com o PS. Mas não deixa de assinalar o copo meio vazio que ficou por preencher. Não será, por isso, um mero acaso, que levou Jeronimo de Sousa a elencar perante as centenas de militantes comunistas que encheram a sala da Aula Magna algumas das matérias em que PCP e PS continuam a divergir face a um Orçamento que ambos os partidos se preparam para aprovar.

Para memoria futura ficam assim registados que os comunistas estão contra o aumento do imposto sobre os combustíveis, tal como acham “insuficiente” a tributação sobre o grande património mobiliário e discordam do não aumento “real” das pensões.

Mais difícil de sanar é a discordância face à renegociação da dívida, sobre a qual os socialistas rejeitam falar e o PCP insiste. Aliás, como Jeronimo de Sousa recordou, os comunistas “orgulham-se” de ter “previsto e prevenido que a integração de Portugal na CEE, na Uniao Europeia e no euro seria contraria aos interesses nacionais”. “30 anos passados, aí está a realidade a dar razão ao PCP”, conclui Jerónimo.

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