Jerónimo de Sousa ganha mais de 56 mil euros pela sua atividade de deputado? (COM VÍDEO)

07-09-2019
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“Sabem quanto ganha Jerónimo de Sousa?” Este é o título (sob a forma de pergunta) de um texto publicado na página “Direita Política”, com largos milhares de partilhas nos últimos dois anos, através de sucessivas republicações. A resposta surge logo no primeiro parágrafo: “A sua declaração de 2015 é uma das mais concisas. Nela, o secretário-geral do PCP apresenta-se como afinador de máquinas e declara 56.727,32 euros pela sua atividade de deputado. Leram bem, mais de 56 mil euros!”

Ora, a remuneração total ilíquida de um deputado à Assembleia da República, em regime de exclusividade, é de cerca de 4 mil euros por mês (sim, pode conferir aqui). Pelo que o rendimento total anual perfaz os cerca de 56 mil euros indicados no texto. É uma informação verdadeira, conferida na declaração de rendimentos de Jerónimo de Sousa, deputado e secretário-geral do PCP. Embora o texto em causa não refira que se trata de um valor total anual, podendo dar a ideia de que é um salário mensal de 56 mil euros.

A regra que vigora no PCP é que os deputados retenham apenas o valor do salário que auferiam antes de serem eleitos. No caso de Jerónimo de Sousa, por diversas vezes já foi noticiado que fica apenas com 700 euros mensais do salário de deputado

Por outro lado, como o próprio texto em causa indica, “sabemos que a justificação dos membros do PCP em relação aos seus rendimentos é quase sempre a mesma, dizendo que dão um valor do seu salário ao partido”. Ou seja, Jerónimo de Sousa (tal como os restantes deputados comunistas) não fica com a totalidade do salário de deputado, entregando uma parte do mesmo ao PCP. Trata-se de uma prática corrente no partido, desde há décadas.

A regra que vigora no PCP é que os deputados retenham apenas o valor do salário que auferiam antes de serem eleitos. No caso de Jerónimo de Sousa, por diversas vezes já foi noticiado que fica apenas com 700 euros mensais do salário de deputado (de um total de cerca de 4 mil euros brutos), valor correspondente ao que auferida quando exercia a sua profissão: operário metalúrgico.

Esse remanescente dos salários dos deputados que é entregue ao partido está, aliás, registado nas contas oficiais do PCP. Em 2015, no total, o partido recebeu mais de um milhão de euros através dessa forma.

Em suma, a publicação em causa recorre a um número verdadeiro, mas não refere que se trata de um valor anual, com o objetivo de extrapolar o rendimento de Jerónimo de Sousa. E no meio do texto, com muito menor destaque, indica-se que “os membros do PCP” dão uma parte do salário ao partido, mas não se especifica que, no caso de Jerónimo de Sousa, é uma parte substancial do salário: o secretário-geral do PCP, afinal, fica apenas com 700 euros por mês.

Avaliação do Polígrafo:

“Sabem quanto ganha Jerónimo de Sousa?” Este é o título (sob a forma de pergunta) de um texto publicado na página “Direita Política”, com largos milhares de partilhas nos últimos dois anos, através de sucessivas republicações. A resposta surge logo no primeiro parágrafo: “A sua declaração de 2015 é uma das mais concisas. Nela, o secretário-geral do PCP apresenta-se como afinador de máquinas e declara 56.727,32 euros pela sua atividade de deputado. Leram bem, mais de 56 mil euros!”

Ora, a remuneração total ilíquida de um deputado à Assembleia da República, em regime de exclusividade, é de cerca de 4 mil euros por mês (sim, pode conferir aqui). Pelo que o rendimento total anual perfaz os cerca de 56 mil euros indicados no texto. É uma informação verdadeira, conferida na declaração de rendimentos de Jerónimo de Sousa, deputado e secretário-geral do PCP. Embora o texto em causa não refira que se trata de um valor total anual, podendo dar a ideia de que é um salário mensal de 56 mil euros.

A regra que vigora no PCP é que os deputados retenham apenas o valor do salário que auferiam antes de serem eleitos. No caso de Jerónimo de Sousa, por diversas vezes já foi noticiado que fica apenas com 700 euros mensais do salário de deputado

Por outro lado, como o próprio texto em causa indica, “sabemos que a justificação dos membros do PCP em relação aos seus rendimentos é quase sempre a mesma, dizendo que dão um valor do seu salário ao partido”. Ou seja, Jerónimo de Sousa (tal como os restantes deputados comunistas) não fica com a totalidade do salário de deputado, entregando uma parte do mesmo ao PCP. Trata-se de uma prática corrente no partido, desde há décadas.

A regra que vigora no PCP é que os deputados retenham apenas o valor do salário que auferiam antes de serem eleitos. No caso de Jerónimo de Sousa, por diversas vezes já foi noticiado que fica apenas com 700 euros mensais do salário de deputado (de um total de cerca de 4 mil euros brutos), valor correspondente ao que auferida quando exercia a sua profissão: operário metalúrgico.

Esse remanescente dos salários dos deputados que é entregue ao partido está, aliás, registado nas contas oficiais do PCP. Em 2015, no total, o partido recebeu mais de um milhão de euros através dessa forma.

Em suma, a publicação em causa recorre a um número verdadeiro, mas não refere que se trata de um valor anual, com o objetivo de extrapolar o rendimento de Jerónimo de Sousa. E no meio do texto, com muito menor destaque, indica-se que “os membros do PCP” dão uma parte do salário ao partido, mas não se especifica que, no caso de Jerónimo de Sousa, é uma parte substancial do salário: o secretário-geral do PCP, afinal, fica apenas com 700 euros por mês.

Avaliação do Polígrafo:

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