Forças Armadas
Líder da JS manda calar ministro da Defesa por falar em serviço militar obrigatório
Ivan Gonçalves diz que reactivar o serviço obrigatório seria um "retrocesso civilizacional" e uma "visão passadista". Se não está no programa do Governo, Azeredo devia "abster-se" de falar no tema.
Maria Lopes
3 de Agosto de 2018, 23:07
Partilhar notícia
1876 partilhas
Partilhar no Facebook
Partilhar no Twitter
Partilhar no WhatsApp
Partilhar no Messenger
Partilhar no LinkedIn
Partilhar no Pinterest
Enviar por email
Imprimir
Guardar
101 Comentários
Foto
LUSA/ANTÓNIO COTRIM
PUB
O deputado Ivan Gonçalves atacou o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por este ter admitido a possibilidade de se estudar o retorno ao serviço militar obrigatório, algo que o secretário-geral da Juventude Socialista classifica como um “verdadeiro retrocesso civilizacional” e uma visão “passadista”.
PUB
Em comunicado, a Juventude Socialista praticamente manda calar Azeredo Lopes, realçando que a questão não faz parte do programa de Governo. Como esse documento “não prevê o regresso a um modelo de serviço militar obrigatório, nem revela a necessidade de retomar este debate, a Juventude Socialista entende que o ministro da Defesa Nacional se deveria abster de introduzir esta questão no espaço público”.Azeredo Lopes visitou no passado fim-de-semana o contingente nacional de 140 fuzileiros que se encontra na região leste da Lituânia, numa missão de quatro meses, no quadro das medidas de tranquilização da NATO naquele território. E pegando no exemplo lituano, que teve que reintroduzir o serviço militar obrigatório, o ministro admitiu que essa pode ser uma “medida interessante” e que Portugal poderá estudar essa opção a curto prazo.
PUB
“Não só não nos revemos nesta visão passadista do que deve ser o estado ou o sentimento de nacionalidade, como ela nos remete para um tempo ao qual Portugal não deve voltar”, aponta Ivan Gonçalves.
O melhor do Público no email
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público.
Subscrever
×
A estrutura liderada por Ivan Gonçalves lembra que teve um papel importante na eliminação do serviço militar obrigatório (SMO) “num tempo em que a paz social e política permitiu ao Estado dar efectiva liberdade de escolha aos jovens portugueses”. E defende que o serviço militar obrigatório “não contribui para resolver nenhum dos actuais ou futuros problemas das Forças Armadas, da sua atractividade aos olhos da juventude, nem para que a condição militar saia valorizada”.Para o líder da JS não existe neste momento qualquer “razão substantiva” para considerar “que esta deva ser uma matéria passível de ser revertida” e “voltar a obrigar os jovens a cumprirem o serviço militar”.Ivan Gonçalves defende que o serviço militar obrigatório “não só não é uma solução para os eventuais problemas de falta de efectivos nas Forças Armadas, o que aliás é amplamente reconhecido pelas chefias militares”. E acrescenta que “a formação cívica e a transmissão de um conjunto e de uma hierarquia de valores aos jovens portugueses não deve estar à mercê da reposição deste regime de carácter militarista”, devendo, pelo contrário, ser “incrementada pelo fomento da participação cidadã nas escolas e na sociedade”.
PUB
Continuar a ler
tp.ocilbup@sepol.airam
Tópicos
Política
Forças Armadas
Juventude Socialista
Azeredo Lopes
Defesa
PS
Governo
JS
Demografia
Partilhar notícia
1876 partilhas
Partilhar no Facebook
Partilhar no Twitter
Partilhar no WhatsApp
Partilhar no Messenger
Partilhar no LinkedIn
Partilhar no Pinterest
Enviar por email
Imprimir
Guardar
101 Comentários
Sugerir correcção
×
101 comentários
Aprovados
101
Pendentes 0
Não há comentários
Seja o primeiro a comentar.
Mais comentários
Não há comentários pendentes
Categorias
Entidades
Forças Armadas
Líder da JS manda calar ministro da Defesa por falar em serviço militar obrigatório
Ivan Gonçalves diz que reactivar o serviço obrigatório seria um "retrocesso civilizacional" e uma "visão passadista". Se não está no programa do Governo, Azeredo devia "abster-se" de falar no tema.
Maria Lopes
3 de Agosto de 2018, 23:07
Partilhar notícia
1876 partilhas
Partilhar no Facebook
Partilhar no Twitter
Partilhar no WhatsApp
Partilhar no Messenger
Partilhar no LinkedIn
Partilhar no Pinterest
Enviar por email
Imprimir
Guardar
101 Comentários
Foto
LUSA/ANTÓNIO COTRIM
PUB
O deputado Ivan Gonçalves atacou o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por este ter admitido a possibilidade de se estudar o retorno ao serviço militar obrigatório, algo que o secretário-geral da Juventude Socialista classifica como um “verdadeiro retrocesso civilizacional” e uma visão “passadista”.
PUB
Em comunicado, a Juventude Socialista praticamente manda calar Azeredo Lopes, realçando que a questão não faz parte do programa de Governo. Como esse documento “não prevê o regresso a um modelo de serviço militar obrigatório, nem revela a necessidade de retomar este debate, a Juventude Socialista entende que o ministro da Defesa Nacional se deveria abster de introduzir esta questão no espaço público”.Azeredo Lopes visitou no passado fim-de-semana o contingente nacional de 140 fuzileiros que se encontra na região leste da Lituânia, numa missão de quatro meses, no quadro das medidas de tranquilização da NATO naquele território. E pegando no exemplo lituano, que teve que reintroduzir o serviço militar obrigatório, o ministro admitiu que essa pode ser uma “medida interessante” e que Portugal poderá estudar essa opção a curto prazo.
PUB
“Não só não nos revemos nesta visão passadista do que deve ser o estado ou o sentimento de nacionalidade, como ela nos remete para um tempo ao qual Portugal não deve voltar”, aponta Ivan Gonçalves.
O melhor do Público no email
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público.
Subscrever
×
A estrutura liderada por Ivan Gonçalves lembra que teve um papel importante na eliminação do serviço militar obrigatório (SMO) “num tempo em que a paz social e política permitiu ao Estado dar efectiva liberdade de escolha aos jovens portugueses”. E defende que o serviço militar obrigatório “não contribui para resolver nenhum dos actuais ou futuros problemas das Forças Armadas, da sua atractividade aos olhos da juventude, nem para que a condição militar saia valorizada”.Para o líder da JS não existe neste momento qualquer “razão substantiva” para considerar “que esta deva ser uma matéria passível de ser revertida” e “voltar a obrigar os jovens a cumprirem o serviço militar”.Ivan Gonçalves defende que o serviço militar obrigatório “não só não é uma solução para os eventuais problemas de falta de efectivos nas Forças Armadas, o que aliás é amplamente reconhecido pelas chefias militares”. E acrescenta que “a formação cívica e a transmissão de um conjunto e de uma hierarquia de valores aos jovens portugueses não deve estar à mercê da reposição deste regime de carácter militarista”, devendo, pelo contrário, ser “incrementada pelo fomento da participação cidadã nas escolas e na sociedade”.
PUB
Continuar a ler
tp.ocilbup@sepol.airam
Tópicos
Política
Forças Armadas
Juventude Socialista
Azeredo Lopes
Defesa
PS
Governo
JS
Demografia
Partilhar notícia
1876 partilhas
Partilhar no Facebook
Partilhar no Twitter
Partilhar no WhatsApp
Partilhar no Messenger
Partilhar no LinkedIn
Partilhar no Pinterest
Enviar por email
Imprimir
Guardar
101 Comentários
Sugerir correcção
×
101 comentários
Aprovados
101
Pendentes 0
Não há comentários
Seja o primeiro a comentar.
Mais comentários
Não há comentários pendentes