Líder da JS manda calar ministro da Defesa por falar em serviço militar obrigatório

05-08-2018
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Forças Armadas

Líder da JS manda calar ministro da Defesa por falar em serviço militar obrigatório

Ivan Gonçalves diz que reactivar o serviço obrigatório seria um "retrocesso civilizacional" e uma "visão passadista". Se não está no programa do Governo, Azeredo devia "abster-se" de falar no tema.

Maria Lopes

3 de Agosto de 2018, 23:07

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O deputado Ivan Gonçalves atacou o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por este ter admitido a possibilidade de se estudar o retorno ao serviço militar obrigatório, algo que o secretário-geral da Juventude Socialista classifica como um “verdadeiro retrocesso civilizacional” e uma visão “passadista”.

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Em comunicado, a Juventude Socialista praticamente manda calar Azeredo Lopes, realçando que a questão não faz parte do programa de Governo. Como esse documento “não prevê o regresso a um modelo de serviço militar obrigatório, nem revela a necessidade de retomar este debate, a Juventude Socialista entende que o ministro da Defesa Nacional se deveria abster de introduzir esta questão no espaço público”.Azeredo Lopes visitou no passado fim-de-semana o contingente nacional de 140 fuzileiros que se encontra na região leste da Lituânia, numa missão de quatro meses, no quadro das medidas de tranquilização da NATO naquele território. E pegando no exemplo lituano, que teve que reintroduzir o serviço militar obrigatório, o ministro admitiu que essa pode ser uma “medida interessante” e que Portugal poderá estudar essa opção a curto prazo.

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“Não só não nos revemos nesta visão passadista do que deve ser o estado ou o sentimento de nacionalidade, como ela nos remete para um tempo ao qual Portugal não deve voltar”, aponta Ivan Gonçalves.

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A estrutura liderada por Ivan Gonçalves lembra que teve um papel importante na eliminação do serviço militar obrigatório (SMO) “num tempo em que a paz social e política permitiu ao Estado dar efectiva liberdade de escolha aos jovens portugueses”. E defende que o serviço militar obrigatório “não contribui para resolver nenhum dos actuais ou futuros problemas das Forças Armadas, da sua atractividade aos olhos da juventude, nem para que a condição militar saia valorizada”.Para o líder da JS não existe neste momento qualquer “razão substantiva” para considerar “que esta deva ser uma matéria passível de ser revertida” e “voltar a obrigar os jovens a cumprirem o serviço militar”.Ivan Gonçalves defende que o serviço militar obrigatório “não só não é uma solução para os eventuais problemas de falta de efectivos nas Forças Armadas, o que aliás é amplamente reconhecido pelas chefias militares”. E acrescenta que “a formação cívica e a transmissão de um conjunto e de uma hierarquia de valores aos jovens portugueses não deve estar à mercê da reposição deste regime de carácter militarista”, devendo, pelo contrário, ser “incrementada pelo fomento da participação cidadã nas escolas e na sociedade”.

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Em comunicado, a Juventude Socialista praticamente manda calar Azeredo Lopes, realçando que a questão não faz parte do programa de Governo. Como esse documento “não prevê o regresso a um modelo de serviço militar obrigatório, nem revela a necessidade de retomar este debate, a Juventude Socialista entende que o ministro da Defesa Nacional se deveria abster de introduzir esta questão no espaço público”.Azeredo Lopes visitou no passado fim-de-semana o contingente nacional de 140 fuzileiros que se encontra na região leste da Lituânia, numa missão de quatro meses, no quadro das medidas de tranquilização da NATO naquele território. E pegando no exemplo lituano, que teve que reintroduzir o serviço militar obrigatório, o ministro admitiu que essa pode ser uma “medida interessante” e que Portugal poderá estudar essa opção a curto prazo.

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