Corta-fitas: De fachada

18-03-2019
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Curiosas companhias, as do novo ministro da Cultura de José Sócrates no Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim. José António Pinto Ribeiro, de seu nome. Apesar de tudo, a remodelação neste caso só pode ser para um bocadinho melhor, porque Isabel Pires de Lima estava condenada há meses, mais concretamente desde que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse publicamente que não concordava com o afastamento de Dalila Rodrigues da direcção do Museu Nacional de Arte Antiga. Se ela já estava em maus lençóis por outros motivos, esse acabou por ser o seu fim.Quanto à saída de Correia de Campos, mais do que o dedo de Cavaco Silva (que também houve), vejo ali o dedo muito comprido do PS. Contestado dentro do partido, foi Manuel Alegre quem há dias veio dizer que o ministro tinha perdido o pé. Já João Amaral Tomás, saiu porque tinha pedido. Pediu há muito. Sai agora, depois do infeliz episódio de ir à Assembleia da República no dia em que se confirmou que estava demissionário. Curiosamente, segundo consta, Correia de Campos ia amanhã à AR. Já não irá, foi demitido a tempo.Mas o que espanta nesta mini-remodelação para inglês ver é a resistência do primeiro-ministro em remodelar quem precisa de ser remodelado. Mário Lino à cabeça, Luís Amado (que terá pedido para sair, por motivos pessoais), Jaime Silva ou a ministra da Educação são ministros a prazo. A curto prazo. Já para não falar de Alberto Costa, que não teve nos últimos dias uma reacção decente às polémicas declarações do novo bastonário, António Marinho Pinto.É por isso que esta remodelação é de fachada e já não esconde o óbvio. Desde que António Costa deixou o executivo para ir para a Câmara de Lisboa que Sócrates não tem um número dois político à altura. Um conselheiro e um estratega. Silva Pereira é verde para isso, Teixeira dos Santos é um técnico. Os outros são todos bons rapazes.


Curiosas companhias, as do novo ministro da Cultura de José Sócrates no Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim. José António Pinto Ribeiro, de seu nome. Apesar de tudo, a remodelação neste caso só pode ser para um bocadinho melhor, porque Isabel Pires de Lima estava condenada há meses, mais concretamente desde que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse publicamente que não concordava com o afastamento de Dalila Rodrigues da direcção do Museu Nacional de Arte Antiga. Se ela já estava em maus lençóis por outros motivos, esse acabou por ser o seu fim.Quanto à saída de Correia de Campos, mais do que o dedo de Cavaco Silva (que também houve), vejo ali o dedo muito comprido do PS. Contestado dentro do partido, foi Manuel Alegre quem há dias veio dizer que o ministro tinha perdido o pé. Já João Amaral Tomás, saiu porque tinha pedido. Pediu há muito. Sai agora, depois do infeliz episódio de ir à Assembleia da República no dia em que se confirmou que estava demissionário. Curiosamente, segundo consta, Correia de Campos ia amanhã à AR. Já não irá, foi demitido a tempo.Mas o que espanta nesta mini-remodelação para inglês ver é a resistência do primeiro-ministro em remodelar quem precisa de ser remodelado. Mário Lino à cabeça, Luís Amado (que terá pedido para sair, por motivos pessoais), Jaime Silva ou a ministra da Educação são ministros a prazo. A curto prazo. Já para não falar de Alberto Costa, que não teve nos últimos dias uma reacção decente às polémicas declarações do novo bastonário, António Marinho Pinto.É por isso que esta remodelação é de fachada e já não esconde o óbvio. Desde que António Costa deixou o executivo para ir para a Câmara de Lisboa que Sócrates não tem um número dois político à altura. Um conselheiro e um estratega. Silva Pereira é verde para isso, Teixeira dos Santos é um técnico. Os outros são todos bons rapazes.

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