Jerónimo “confiante” no resultado das europeias não poupa o PS

19-05-2019
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Depois de um desfile que reuniu mais de mil pessoas em Almada, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encerrou esta tarde o comício da CDU ao lado do cabeça de lista para as europeias João Ferreira. Garantindo que está confiante num bom resultado da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) nas eleições do próximo dia 26, o líder comunista fez ainda questão de distanciar o PCP da chamada 'geringonça', reclamando os avanços alcançados na atual legislatura ao nível da recuperação de rendimentos e direitos (apesar do PS). “Este grande comício dá-nos confiança. Confiança é a palavra ajustada. Mas coloca-nos um desafio: se não estamos satisfeitos vamos todos votar no dia 26. E para a construção tem que haver obreiros e não podem ser só os candidatos, têm que ser todos nós”, afirmou Jerónimo de Sousa, apelando ao voto, perante uma plateia que, por repetidas vezes, interrompeu o discurso para bater palmas ou gritar "CDU". Num palco em frente à câmara municipal de Almada - presidida desde 2017 por Inês de Medeiros (PS) que colocou fim a 40 anos de liderança comunista -, o secretário-geral do PCP não poupou críticas ao Governo socialista, sublinhando que se trata de um “Governo minoritário do PS e não um Governo de esquerdas" . “O PS e o seu Governo falam dos avanços que foram alcançados nesta nova fase da vida política nacional dizendo que são conquistas suas, mas a verdade é que muito do que se alcançou começou por ter o seu desacordo, resistência e oposição”, sustentou.

Ana Baião

Segundo o líder comunista, aquilo que se avançou só foi possível “porque o PS não tinha os votos para sozinho impor a política que ao longo de quatro décadas fez sozinho ou com o PSD e o CDS.” Mais: aquela que considera ser uma “obsessão” do partido socialista pelo défice constituiu um “enorme travão” para as questões sociais e económicas do país. Afirmando que a CDU é a “alternativa” e a “voz da esperança”, Jerónimo acusou o PS,PSD e CDS de aceitarem sem hesitar todas as orientações neoliberais da União Europeia, formando uma “irmandade” de submissão à UE . E que não estão interessados em discutir questões essenciais para o país. “É que quanto se decidiu na UE, os três juntinhos - PS, PSD e CDS - aceitaram tudo o que lhes quiseram impor e agora não têm lata para vir dizer que estão contra essa destruição das pescas ou do sector leiteiro”, insistiu. Sobre a proposta dos comunistas de subir o Salário Mínimo Nacional para os 850 euros, Jerónimo lembrou que os patrões considerarem a medida irrealista, mas que o PS preferiu nem se pronunciar sobre o caso. “O PS, o PSD e o CDS ficaram calados que nem ratos. Não souberam dizer que são contra o aumento do SMN”, acrescentou.

Ana Baião

Depois de um desfile que reuniu mais de mil pessoas em Almada, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encerrou esta tarde o comício da CDU ao lado do cabeça de lista para as europeias João Ferreira. Garantindo que está confiante num bom resultado da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) nas eleições do próximo dia 26, o líder comunista fez ainda questão de distanciar o PCP da chamada 'geringonça', reclamando os avanços alcançados na atual legislatura ao nível da recuperação de rendimentos e direitos (apesar do PS). “Este grande comício dá-nos confiança. Confiança é a palavra ajustada. Mas coloca-nos um desafio: se não estamos satisfeitos vamos todos votar no dia 26. E para a construção tem que haver obreiros e não podem ser só os candidatos, têm que ser todos nós”, afirmou Jerónimo de Sousa, apelando ao voto, perante uma plateia que, por repetidas vezes, interrompeu o discurso para bater palmas ou gritar "CDU". Num palco em frente à câmara municipal de Almada - presidida desde 2017 por Inês de Medeiros (PS) que colocou fim a 40 anos de liderança comunista -, o secretário-geral do PCP não poupou críticas ao Governo socialista, sublinhando que se trata de um “Governo minoritário do PS e não um Governo de esquerdas" . “O PS e o seu Governo falam dos avanços que foram alcançados nesta nova fase da vida política nacional dizendo que são conquistas suas, mas a verdade é que muito do que se alcançou começou por ter o seu desacordo, resistência e oposição”, sustentou.

Ana Baião

Segundo o líder comunista, aquilo que se avançou só foi possível “porque o PS não tinha os votos para sozinho impor a política que ao longo de quatro décadas fez sozinho ou com o PSD e o CDS.” Mais: aquela que considera ser uma “obsessão” do partido socialista pelo défice constituiu um “enorme travão” para as questões sociais e económicas do país. Afirmando que a CDU é a “alternativa” e a “voz da esperança”, Jerónimo acusou o PS,PSD e CDS de aceitarem sem hesitar todas as orientações neoliberais da União Europeia, formando uma “irmandade” de submissão à UE . E que não estão interessados em discutir questões essenciais para o país. “É que quanto se decidiu na UE, os três juntinhos - PS, PSD e CDS - aceitaram tudo o que lhes quiseram impor e agora não têm lata para vir dizer que estão contra essa destruição das pescas ou do sector leiteiro”, insistiu. Sobre a proposta dos comunistas de subir o Salário Mínimo Nacional para os 850 euros, Jerónimo lembrou que os patrões considerarem a medida irrealista, mas que o PS preferiu nem se pronunciar sobre o caso. “O PS, o PSD e o CDS ficaram calados que nem ratos. Não souberam dizer que são contra o aumento do SMN”, acrescentou.

Ana Baião

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